Meia-noite
O piado da coruja
Quase meia noite.
Quando criança, essa era uma hora de arrepiar,
Hoje, sinto saudades daquelas noites de arrepios, ouvindo uma coruja piar.
Agora, homem feito, barba na cara, brancos cabelos e pelos,
As lembranças das fases anteriores me fazem sentir com vitalidade de criança.
Sentir saudades me faz sentir vivo, talvez até mais ativo,
Não é ser saudosista, muito menos um escritor ou um artista,
Mas a certeza que valeu a pena da minha vida ser o próprio autor.
A. Cardoso
Naquela noite esfriou, ventou, choveu . Senti um amargor na boca. Ja era meia noite. Tranquei portas e janelas, puxei as cortinas apaguei as luzes e me em rolei nas cobertas. A vista escureceu, não tenho palavras para descrever. A noite com seus acordes encheu o ar de um ar pesado. Senti um vento soprar vi luzes acesas, não entendi mais aceitei . Uma voz serena meiga me disse : Quando o caminho ficar mais dificil e a esperança te parecer ter ido embora lembre-se a em você uma chama ardente que nunca morrerá. ! Sua alma . Não desista continue a lutar, sua estrela brilhante te aguarda nesse outro mundo lá você tambem brilhará para sempre .
Dádiva de um sonho
Flor Azul
Era meia noite...
E o céu brilhava entre as estrelas...
E no meu quarto...
Despi me e deitei me...
Confusa em meio a tantos devaneios...
De repente sinto um perfume no ar...
E como sempre...
Ele está lá...
Com uma Flor Azul em suas mãos...
A flor dos meus sonhos...
Olho assustada para a porta e ela continua trancada...
...Se aproxima de mansinho e já não sinto medo...
Me beija suavemente, enquanto coloca a flor em meus cabelos...
Acordo na manhã seguinte...
Nua, sozinha, com os lençóis em desalinho...
Meio atordoada...
Começo a acreditar...
Que tudo não passou de um lindo sonho...
Mas o cheiro da Flor Azul ainda está no ar...
Me cubro com um lençol...
Vou até a janela...
Olho para fora e nada vejo...
E nesse exato momento...
A Flor Azul cai do meu cabelo...
O tempo passa com rapidez...
Daquela noite não me esqueço...
Os sonhos são engraçados...
Pois, estão sempre a um passo da realidade...
Um dia abri a porta procurando uma saída...
E o encontro com a Flor Azul em mãos...
Novamente...
Invadindo a minha vida...
“No Vazio da Meia Noite”
No vazio da meia-noite já fiz de tudo, fiz poesias e deixei algumas sumirem no vazio de meus pensamentos, já joguei e perdi noites na raiva com algumas fases tanto dos jogos quanto da vida, ri bastante e tive crises absurdas.
No vazio da meia-noite já caí de sono ao chegar da faculdade ou ao fazer um trabalho no notebook, já perdi noites de sono ou por insônia própria ou por insônia imposta, muitos amores foram descobertos e perdidos ao silêncio de tais horas, no vazio da meia-noite escrevi esse poema e de repente escrevo mais dez ou perco o foco e vou ler algo, mas por algum motivo independente do Vazio dessa meia noites sempre tive algo em mente. Ela chegará, tenha calma, e aqui estou me deparo com tal promessa em mais uma meia-noite, espero que ela se cumpra, mas não tenho pressa, porque no Vazio da meia-noite eu lhe encontro nos meus sonhos.
Surtos da meia-noite
Não é meia-noite mas estou surtando
E continuo surtando
Os surtos da meia-noite não ocorrem na meia-noite
Ocorrem no meio-dia
Mas e os surtos do meio-dia
Ocorrem na meia-noite?
Quando a meia-noite do dia 31 bater, eu desejo que a gente aprenda a valorizar os abraços que a gente perdeu nos últimos anos. Que a gente entenda de vez que o tempo é hoje, que o agora é o nosso maior presente. Desejo que a gente saiba sorrir com os olhos, mesmo quando o coração estiver meio cansado. Quero que a gente tenha coragem. Coragem de dizer mais?eu te amo! De arriscar mais nos nossos sonhos, de pular mais alto, sabendo que o medo é só um degrau para o nosso crescimento. Eu desejo, do fundo do coração que em 2024 a gente não desista diante das primeiras dificuldades, que a gente tenha força para seguir em frente, com a esperança sempre guiando os nossos sonhos. "FELIZ ANO NOVO!"
Agora os cálculos foram exatos...
Exatamente à meia noite do dia 31, 2021 acabou...
Ao contrário do mundo, que teimosamente não acabou,
e tá querendo esperar até 21.12.2112, apesar de covid,
de omicron, e do que mais surgir...
Quem viver, verá...
FELIZ ANO NOVO 2022
Marcial Salaverry
Bem... 2022, nasceu e
está crescendo...
2021 está desaparecendo...
Aconteceram as mesmas coisas...
Guerras... Tragédias... Romances...
Pandemia...Covid...Omicron...
Morreu gente importante,
e também pessoas amigas...
Coisas envolvendo corações,
mexendo com emoções...
Mudanças que quase ocorreram,
mas que não aconteceram...
Muito se fez... nada se resolveu...
promessas muitas... algo se rompeu...
A Natureza sofreu...
Pessoas também sofreram...
Algumas riram... outras choraram...
Vamos ver o que neste Novo Ano acontecerá...
Algo de novo talvez surgirá...
Ou, quem sabe, nada mudará...
Amores nascendo, amores morrendo...
Pessoas sofrendo, pessoas vivendo...
Crianças nascendo... Poemas se escrevendo...
Enfim, o que sempre vem acontecendo...
Ano Novo, motivo de satisfação,
ou simplesmente mera ilusão...
Haverá novidade,
ou mera solução de continuidade?
Não houve a tradicional explosão dos fogos,
que poderia ser o rastilho
para uma explosão de amor no mundo,
que ficou apenas num sonho, mas era um desejo profundo...
Poetando, desejo a você apenas quatro pequenas
coisas para o Ano Novo, quais sejam,
AMIZADE, SAÚDE, PAZ E AMOR...
E a corrupção, como fica?
Parece que os corruptos estão todos voltando...
Marcial Salaverry
Palavras de mentira
Assim como ao sol da meia noite não posso enxergar em suas palavras de mentira não posso acreditar
Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã.
Me vejo querendo parar meus medos volta e meia vem me assombrar á meia noite é longa e quando eu paro para pensar, sei que não posso me deixar desistir, devo resistir, por mais que difícil seja, talvez eu deva insistir em sorrir, sei que essas não serão as últimas lágrimas, mas não me deixarei cair em lástimas, me afogar em mágoas, do mar de lágrimas eu irei imergir e não vou me afogar novamente tão facilmente, não importa oque aconteça, não irei parar de nadar, mesmo que as vezes eu pense que não posso alcançar aquilo que sonho tanto em almejar, não irei parar, pois o show da vida... ainda deve continuar.
Depois da meia noite
fascinado e encantado
diante do espelho me surpreendo:
"é, eu existo mesmo; mas já se passaram cinco séculos...
cinco séculos!
"Será que eu sou esse Deus de quem tanto falam..."
Daqui a pouco !
Daqui a pouco é meia noite,
Me preparo pra descansar,
deixando os meus status,
pra você bisbilhotar.
Se não existisse uma forma,
pra você me saudar,
eu até compreenderia, sem
me magoar.
Você olhou meu status,
Como fazem:
Os vizinhos fofoqueiros,
Nem se quer me deu um oi!
Mas que amigo, fuleiro.
Ano Novo
Meia-noite. Fim
de um ano, início
de outro. Olho o céu:
nenhum indício.
Olho o céu:
o abismo vence o
olhar. O mesmo
espantoso silêncio
da Via-Láctea feito
um ectoplasma
sobre a minha cabeça
nada ali indica
que um ano novo começa.
E não começa
nem no céu nem no chão
do planeta:
começa no coração.
Começa como a esperança
de vida melhor
que entre os astros
não se escuta
nem se vê
nem pode haver:
que isso é coisa de homem
esse bicho
estelar
que sonha
(e luta).
Passado da meia noite e eu aqui, sozinho, no mundo que crio, o universo paralelo que só tem eu como habitante.
AVE AGOURENTA:
Meia-Noite à hora em meu quarto insone!
Debruçado à lauda deste soneto espectro
Agourentas aves ao meu sonhar consome
Seria, o silêncio astuto de minha razão, é certo?
Por quê a mim tormento ínfima criatura horrenda?
Sob um fito olhar de sarcástico deboche
Numa afirmativa: Sou no íntimo vossa reprimenda!
Em um siso sentimento a aurora suplico à toda sorte.
Olho ao cume, vejo como homem criatura intolerante!
Seu olhar esbugalhado penetra meu quimérico sonho
Como, simples aspirante, subornar tua consciência errante?
Em um ímpeto de autodefesa brado à criatura insana
Retraia-se, por favor, ilusória criatura! ...Não vês! esta tua intolerância à humanidade emana.
Ainda posso sentir você nos meus sonhos
E lá tudo é mais simples.
Meia noite,
Te encontro no seu quarto
Uma cama pequena é o suficiente
Começando com beijos, bem comovente
Você me olha, já estando ciente
Eu encosto no seu corpo nu, quente
O meu está fervendo
Camisa pra lá, calcinha pra cá
Seguro suas pernas ao redor de mim
Eu desço beijando entre seus seios
Mãos deslizando no mesmo ritmo que desço
Seios,
Abdômen,
Mais um pouco.
E de repente,
Suas pernas ao redor da minha cabeça
Me apertam.
E suas mãos no meu cabelo
Me puxam.
Tudo no silêncio da noite,
Ninguém pode nos ouvir.
Ainda posso te sentir nos meus sonhos
E lá tudo é mais simples.