Meia Idade
MEIA IDADE É QUANDO A PESSOA PASSA A ENTENDER QUE SER JOVEM É ACREDITAR NAS ILUSÕES DA VIDA E QUE SER SENIL É QUERER DESACREDITAR AS VERDADES DA MORTE!
Almany Sol - 23/06/2012
Docente...
Era ela uma senhora de meia idade
Trazia em si, sabedoria milenar
De tantos acontecimentos passados
Que eclodiram no tempo... cada fato
Tinha intimidade com pensadores
De Aristóteles a Carlos Drumond
Dos deuses gregos aos criados magos
Sabia tudo do que se podia haver no mundo
Recitava soneto, cantava poesia
Narrava prosa com rara maestria
Olhava nos olhos de quem lhe vinha
E ensinava sobre o que no mundo havia
Era ela uma senhora de meia idade
Dona de si e de toda consciência e razão
Era pessoa sensata, capaz e serena
Era simples, modesta, cheia de paixão
Tinha amor pelo ofício que optara
Reunir crianças de toda raça e cor
Para ensiná-las, numa mesma sala
Que a vida é arte que fica e nada apaga
Pensei que eu fosse morrer jovem. Me enganei.
Depois, pensei que fosse morrer na meia idade. Me enganei novamente.
Será que morrerei de velho
ou ficarei, inútil, pra semente,
dando vãs esperanças aos meus descendentes?
Tenho metade da idade de um adulto de meia-idade
Vivo no centro da cidade, no seio da maldade
Estudo na universidade, digo com dignidade
Frequento com regularidade participo de toda actividade
Fiz algumas amizades com colegas de carteira
Cultivei afinidades assim mesmo na brincadeira
Com diferentes realidades e a mesma financeira
Potenciais capacidades adormecidas na carteira
Na minha comunidade a situação é igual
Integrados na sociedade construindo o capital
Conformados pela mediocridade imposta pela Moral
E é trocada a sagacidade pelo maldito metical
A nossa honestidade é compensada pela pobreza
E os iníquos de verdade beneficiados pela riqueza
Onde está a tal divindade que criou a natureza?
Abandonou a humanidade e deixou-nos na incerteza
Eu não perdi a sanidade, não se juntei aos ateus
Retorqui com seriedade a existência de um deus
E como não é novidade, nem os cristãos e judeus
Mostraram plausibilidade e apedrejaram-me como Galileu
Com esta agressividade dei basta a religião
Passei a tomar responsabilidade de toda a acção
Hoje recorro a criatividade para auto-superação
Enfrentando dificuldades sem recorrer a oração.
Sei que a malícia é o bem que beneficia o mal
O mau é alguém que cogita o tal
O Homem é o ser que se diz racional
Mas é difícil perceber se esse dizer é geral
Somos feitos de defeitos, perfeitos imperfeitos
Somos todos sujeitos ao engano nos feitos
Sujeitos insatisfeitos, seres malfeitos
Parasitas já eleitos pelos nossos eitos
Somos a tal criação a imagem do criador
Será que merece veneração no seio de tanta dor?
A minha é que não, fartei-me deste impostor
Sem nenhuma compaixão, incapaz de exprimir amor
Anos e anos cegado pelo senso comum
Todos meus planos, não interveio em nenhum
Inúmeros humanos submetidos ao jejum
São os mesmos manos que caem um a um
Sem razão ou motivo nascido nesta desgraça
Como homem nocivo estrangulado pela própria raça
Digo: deus não está vivo, se está, é uma farsa
Sendo mais pejorativo nunca existiu Arca de aliança
Na Arquibancada Céptica que há tempos critiquei
Mas a cada dialética repenso o que falei
Não me leves a mal irmão se te decepcionei
Mas o Pai celestial morreu e eu o enterrei.
Na infância, tive um amigo que tinha o apelido de Pimpão. Agora, na meia-idade, é que atinei para o fato de que éramos todos pimpolhos, e o Pimpão também.
Último domingo do ano de 2021. Cenário: o homem de meia idade, está realizando as mesmas coisas, preocupado com os mesmos boletos, fumando aquele cigarro barato, o jovem ainda está exausto da festa de Natal, pois bebeu demais e se desentendeu com a namorada, a mulher adulta e mãe, segue sua rotina de tentar organizar a casa e cuidar das crianças, que inclusive, estarão em casa amanhã, pois já estão de férias , a vovó e o vovô jogam uma partida de dominó, derrubando peças no chão, desarrumando a mesa, enquanto a neta adolescente está estressada porque não tem uma roupa nova para a festa de Reveillon. Já os casais, em geral, em sua maioria, empurram com a barriga, com o bigode e com o bico do sapato os seus problemas, brigas e desentendimentos , afinal, a festa de virada já está marcada e separar nessa época seria um transtorno. E assim, todos aguardam um 2022 melhor, sem fazer absolutamente NADA, deitados eternamente em berço esplêndido .
Mulher valorosa
Uma mulher madura, meia-idade, inteligente, um encanto de mulher, o que me chama atenção é o seu charme e elegância, ela sabe exatamente o que quer.
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- As vezes nas consequências da vida, tens seus sentimentos machucados, carrega cicatrizes por dentro e por fora, de um passado distante, de um passado de outrora.
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- Feliz será o homem que pelo menos por um dia conseguir entender a alma de uma mulher.
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- Sua delicadeza define todo o seu amor e toda a atenção que ela merece ter.
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- Uma mulher Radiante, tem no encanto de seu olhar o brilho de um diamante.
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- Uma mulher virtuosa é muito mais preciosa que a mais bela da joias, feita pelas mãos de Deus uma mulher valorosa.
Myro Lopez
Eu acredito que os executivos de meia-idade sejam, sob um certo aspecto, pessoas doentes. E o que é pior: a agenda deles é contagiosa.
Quando Adolescentes, Jovens e Meia idade:
Queremos o mundo Todo nosso e Tudo nosso: "Nada" de paz interior... Somente sucesso, posses e ser o melhor... Selfies e mais selfies... Nada do espírito e do coração!... Mas a idade avança e percebemos, Todos, que esse tudo, era o "Nada": Muitos não se realizam... E passam a buscar o "Nada" desprezado. E quando o reencontram: porquê sempre esteve dentro de nós; Se realizam na vida e passam de verdade a sentir uma paz infinita!... Nao deixem para o futuro a felicidade do seu lindo presente: Sintam agora o seu verdadeiro amor!... Paz no 💞
ERAM SEUS OLHOS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Fui menino menino; jovem; meia idade,
porque tive um regaço que não viu limite,
faixa etária, censura, classificação
nem artrite na alma; o coração; a mente...
Fiz-me homem, senhor e dei asas aos passos,
construí meu caminho, fiz a minha história,
mas os braços de amor que mantinham meu ninho
não me viram além desse amor extremado...
Sempre tive seus olhos, cuidado irrestrito,
seu sussurro e seu grito de apelo por mim,
a canção de ninar do seu dom infalível...
Tenho muitas saudades de ser o menino
que o destino não tinha como envelhecer
nesse olhar de me ver que só seus olhos tinham...
Encontramo-nos diante do desafio similar ao enfrentado por "adolescentes de meia-idade", cuja busca por reinvenção pessoal se entrelaça com a complexa ponderação sobre o controle tecnológico que retarda a morte.
Tal reflexão nos conduz a uma sensação de desorientação, como se estivéssemos à deriva.
Urge, portanto, a emergência de novos paradigmas conceituais, pois as ideologias do passado mostram-se insuficientes para enfrentar as vicissitudes desta contemporaneidade.