Medo do Desconhecido
Medos contemporâneos,
Eu sinto medo. quem não sente? Medo do obscuro, do desconhecido. Medo de tudo não sair como eu quero - e nada sai - , medo de amar demais, amar de menos. Medo de me surpreender com as pessoas das quais apostaria todas minhas fichas, e medo surpreender pessoas que apostariam em mim. Medo de ser apenas mais ou nesse mundo que é de poucos. Sinto medo apenas de sentir mais medo...
O desconhecido gera a insegurança,
Que por sua vez produz o medo,
Que cria o terror,
Gerando o caos.
O caos é o estado de coisas aparentemente fora da ordem,
Que provoca o aparecimento da racionalidade,
Que produz o surgimento de idéias,
Alimentando o sistema.
O sistema é algo organizado,
Que foi feito para te defender do mal,
Que tem o objetivo de te deixar seguro.
Formando uma ideologia.
Ideologia é um pensamento de alguns,
Que conforta a massa de acomodados,
Que retoma a aparência de harmonia ao mundo.
E faz o interesse de um grupo dominar.
E por fim, nada disso rima para te provar que na verdade nem tudo na vida combina, a não ser o que gente queira combinar.
No apego, o hábito comanda a relação; é o medo do novo, do desconhecido, da solidão.
Muitas vezes preferimos o que não gostamos porque já o conhecemos,
e não nos arriscamos em busca
do que realmente poderíamos gostar.
Medo do desconhecido, parece ser tão normal, mas não é.
A vida parece ter mais sentido quando você consegue dizer ‘eu te amo’, e essa vontade só passa quando você tem alguém pra se apoiar, as vezes até acha uma pessoa errada para dizer essas palavras, não da certo, e você acaba se machucando de novo.
Meu conceito sobre sentimento nunca tem sido o melhor, cada vez eu tropeço e caio, mas o que é amar? Um sentimento tão inútil que nos faz viver as melhores experiencias da vida? Ou apenas um sentimento que damos a quem nos apegamos mais?
E se apaixonar? Não seria a mesma coisa?
Já não sei o que pensar, onde o mundo em que eu vivo se traduz em dizer eu te amo p/ todos que se aproximam, é inevitável criar um relacionamento no qual esse sentimento não pode ser manifestado.
Hoje em dia, o medo é maior. E com ele as esperanças se vão… Meu cansaço é ter que esperar saber qual dos dois eu devo sentir, e esperar que sintam o mesmo. Se amar é ser feliz, eu amo muitas pessoas, espero que isso não afete minha visão, e não me faça cair de novo.
Do livro PARTITURA SEM SOM (1983)
Tenho medo: inauguro o desconhecido
Se não me conheço
não me explico..."
O desconhecido nos leva a ter um sentimento de medo e incapacidade, assim devemos perseverar para conhecer cada dia mais.
Naturalmente, quando confrontado com o desconhecido, a maioria de nós prefere dar meia volta, o medo nos impede de escolher novos caminhos. Esperamos então, que outras pessoas nos empurrem para algo melhor, em momentos assim que encontramos apenas a dor e a solidão... A falta de coragem e a necessidade de seguir os próprios passos nos distanciam cada vez mas dos nossos sonhos... Então é nestes momentos que devemos nos recolher e entender que nossa coragem provém da força da fé que exercemos na nossa vida!
Não é covardia desistir quando as coisas estão difíceis, estão sugando sua energia e lhe fazendo infeliz. Isso é inteligência.
Covarde, penso eu, é aquele que não se deixa surpreender, não se abre para o novo pelo medo do desconhecido. É quando o medo de sofrer é maior que a coragem de ser feliz.
Meu maior medo, acredite, ainda é o de não sentir medo algum.
Quase sempre, quando estamos bloqueados em alguma área de nossa vida, é porque assim nos sentimos mais seguros. Talvez não sejamos felizes, mas ao menos sabemos o que somos – pessoas infelizes. Muito do medo de nossa criatividade tem a ver com o medo do desconhecido.
Mudar dá medo pois convida ao novo e faz parte da nossa natureza temer o desconhecido.
É por isso também que muitos de nós desenvolvemos a “Síndrome de Gabriela” - “eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim” e “quem quiser gostar de mim que seja assim!
Difícil, pois a vida nos convida constantemente às mudanças e quanto mais resistimos, mais pesado fica...
O desenvolvimento faz parte da nossa essência e viver não é apenas nascer, crescer e morrer...
"Conheça-te a ti mesmo" dizem que disse Sócrates.
É o desapego ao conhecido que nos leva a explorar o desconhecido, sem temer sua natureza incognoscível
Não devemos temer o desconhecido, todos nós estamos num processo de cura. Se o mundo não precisasse mudar, que sentido teriam as lutas que travamos contra aquilo que pensamos estar errado?
Viva! Lute! Transforme! Mude! Seja uma pessoa melhor! E acredite... TODOS NÓS SOMOS UMA PARTE DE DEUS.