Mato

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Se vai choramingar, mato-a eu mesmo. Só para me colocar fora de seus mistérios.

Você é minha crise existencial. Eu te mato ou não te mato?

E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos, suas mortes, seus espantos - eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aléia de um jardim noturno, foram passando você de mão em mão, de mão em mão até mim, cuspindo no seu rosto e enfeitando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre cantos, súplicas e vociferações - porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor.

Vinicius de Moraes
Para uma menina com uma flor

Nota: Trecho do texto "Para uma menina com uma flor"

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Colo, cafuné, vinho, lua, céu, cheiro de mato, músicas e sensações.

Não volte como vampira se não eu te mato. Não posso suportar a ideia de você me odiar para sempre.

Eu mato quem tiver que matar
Enfrento as chamas, queimo as flâmulas
A margem me chama
Odeio o mundo, só quero minha dama

Coração de cabana, alma de mato, personalidade de fogo. Jeito de menina. Vontade de mulher. Sonhos que não são de verão. Chuva de novas sensações. Trovoadas de desejos expostos a todo vapor. Temperamento totalmente explosivo...
assim como tudo que arde em mim.

As vezes eu acho,
Que todo preto como eu,
Só qué um terreno no mato,
Só seu,

Sem luxo, descalço, nadar num riacho,
Sem fome,
Pegando as fruta no cacho,

Ae truta, é o que eu acho,
Quero tambem,

olhos de gato
luz dos faróis na noite
pulo no mato

Quem não gosta da roça
Nem deve passar por aqui
Nóis vive no meio do mato
Bem mió que nessas cidades por aí.

Era fim de outubro, em ano resseco. Um cachorro soletrava, longe, um mesmo nome, sem sentido. E ia, no alto do mato, a lentidão da lua.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)

Vida que brota de energias verdejantes
Cheiro de mato que entorpece o meu ser
Em meio à natureza, minha fonte, me fortaleço
Lá, no coração arredio da mata
Meu espírito selvagem, enfim, encontra o seu berço

"Meu Pecado"

“Não Roubo...
Não Mato...

Não Cobiço...
Não Maltrato...

Não Devo
Ou Desacato...

Acaricio...
Às Vezes Bato...

E se “Amar” é Pecado...
Que “Deus” me Isente... Mas Peco...
Sem Nenhum Recato!”

Meu orgulho é tão forte
Meu amor, deficiente
Mas se diser que me quer
Mato o orgulho imediatamente!

Como não morrer suicida se me mato aos poucos todos os dias.

"Nem o mais sábio iria entender
Quando sem pressa o sorriso chegou
Cheiro de mato, a luz e o breu
E o seu silêncio por tudo falou
Não esconde o orgulho que é para ninguém ver
Que o pecado tem razão de ser
Inevitáveis a rosa e o mel
Sons do seu corpo em acordes do amor..."

Fui criado no mato e aprendi a gostar das coisinhas do chão.

O negro que antes era caçado no mato hoje é exterminado na favela.

Entre dor e revolta, não sei o que fazer... Se mato, se morro, ou se finjo viver.

Foi uma infância...
De brincar com
bolhas de sabão.
Vestir vestidos rodados.
Correr no mato.
Viver a liberdade!