Mato
sou gato velho criado na telha, caço no mato, durmo verdejando o cintilar para alimentar o meu palpitar.
"No embaço do ato do homem fardado eu sou igual a você bicho do mato na selva de pedra eu sou igual a você debaixo do sol soldado de guerra."
sou do campo,
sou do mato e sou da terra.
sou do céu cristalino de estrelas
e pirilampo nas noites sem lua.
sou da roça, do fogão a lenha
e da vela alumiando a historia.
sou do sitio e arreio em madrugada,
e sou dos pés descalços na grama molhada.
dá-me flor
da caminhada matinal
arrancada do mato
dispenso a janta
naquele restaurante caro
dá-me beijo
na mão
no meu aniversário
dispenso as chaves
do hotel ou do carro
faz-me uma trança
lhe devo uma dança
lhe pago com gosto
no luau em agosto
ao redor da extravagante fogueira
qualquer noite é festa
todo lugar é lindo
se simples for
dá-me teu sorriso ao acordar
dou o meu sempre que possível
ao ir deitar.
não tenho limites
não me importo com o preço
preocupo-me mesmo com o real valor
Aqui todo pouco vale muito
Vida de mato.
Tem rio por entre a mata
tem galope no alazão
a colheita é sempre grata
com as delícias no fogão
não quero ouro nem prata
basta essa vida pacata
que tenho no meu sertão.
Menino índio
Menino tupi
Menino de roça
Menino guarani
Menino do arado
Menino do mato
Menino do samba
Menino que canta
Menino criança
Menino que ama
Menino sereno
Menino que chama a mo-re-na
Assim... "Mi-nha"
Queria
A simplicidade do Mato
Os braços acolhedores
De uma casinha
Na varanda
A magia da tarde
A euforia de passarinhos
Espeando o srriso da lua.
Eu, Você, a vastidão do Cerrado
Por aqui,
Eu quero o doce do fruto,
Eu quero o cheiro do mato,
As cores das flores,
Eu quero o barulho dos ventos,
Os cantos dos pássaros,
A paz corrente nas águas.
Neste Cerrado,
Quando eu passar
Por estes vastos caminhos,
Passarei em breve passagem,
Deixarei raízes,
Seguirei grato,
E por esta terra
Encantado.
Deixarei para você,
O conforto do meu abraço;
Pois o que é sagrado
Deve a todos
Ser com amor ofertado.
Marivaldo Pereira Souza (Mperza)
Gostoso mesmo é tá no meio do mato, é estar em contato com a natureza, é estar longe da civilização por algumas horas. Parar, pensar e repensar na vida, em tudo ao nosso redor. Mas bão mesmo é fazer tudo isso em boa companhia, com aquelas pessoas que a gente tanto ama.
Vida no mato.
O sertão tem liberdade
boa terra dá bom fruto
o respeito e a amizade
é qualidade do matuto
eu mesmo falo a verdade
quando eu piso na cidade
e pra vender o meu produto.
O Jogo Do Amor
O amor é um resto de mato
Que nasce, cresce e morre
Dentro da gente
Porque as vezes
Lhe falta quem rega
E até o olhar você se esconde
E pra ele você nega
O amor é um pouco de tudo
Guardado no fundo de um baú
As vezes ele parece que é mudo
E tem a cara pintada de cau
O amor parece cegueira
Visão perdida com a sua beleza
Quando caimos dentro desse fogo
Aceso com essa incerteza
E as regras que tem esse jogo
Queima mais do que a fogueira.
Gosto de caçá preá no banhado, sapecá uns pinhão e posá no meio do mato, e pesca uns bagrão, de noite no rio....De dia vo pescá traíra na batida, armá uns catuero e bebê uma pinga, meio caipira eu sou!
Ando de pés descalços, piso em pedregulhos..
E nos espinhos, pelo mato, em pequenas trilhas,
Arranho-me nos galhos, tropeço nos tocos.
Olha não gosto de almas que demonstram fraqueza.
Subo no topo das árvores, canto com os pássaros..
Fecho os olhos, abro as asas...
E sonho voar.
Gosto de gente guerreira, entusiasmada
E destemida
Prefiro as paixões os excessos.
Amo corações acelerados.
Sorrisos escancarados, e
Até altas horas de gargalhadas...
Sou uma mulher de abraços
De carne e beijos..!
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