Mares
Que tuas águas me renovem e me regenerem. Que as marés de maldades não me afetem. Que o barco do meu ser navegue firme e forte.
E derrepente você apareceu... Tua grandeza tomou posse do meu ser e me conduziu a mares que eu nunca havia velejado antes.
Que as desesperanças do outro não paralisem os bons ventos,
nem esvaziem os mares de boas vindas que guardei pra hoje.
“Ah! Meu Deus quem sabe um dia eu possa estar cruzando os mares sentindo a doce brisa que o cerca. Quem sabe algum dia eu me case com uma linda mulher, que eu tenha filhos saudáveis e alegres, quem sabe...”.
- Livro: Preço de Diamante
Piciana é a exuberância dos setes mares, uma mulher que precisa viver momentos de falta de ar para que sua vida tenha sentido. Filha legitima da iemanja, irmã mais velha da compressão. É dela querer que o tempo siga conforme as estações, embora muitas das vezes, ela mesmo busque sair dos trilhos. Piscianas são palavras velejadas pelas atitudes, portanto, se os seus atos não condizem com que foi dito, serás sempre um naufrágio. Ela é o encontro dos abraços profundos com o seu sincero riso cristalino de beira, e é lá que as pessoas costumam afogar as suas mágoas quando se sentem vazias. Pisciana é mergulho sem volta nas aventuras, onde conta até três e vai, desde que não seja vista como um vão. Ela são olhos de maresia, sempre tão claros, bem expressivos como a lua cheia. Essa é pisciana, deusa da natureza, uma arte ancorada na perseverança, a moça que se diz amante da noite, mesmo sendo noiva do sol.
Tentei contar as estrelas
Fiquei a observar todas fases da lua
Por dias contei as mares
Por vezes nas pétalas da flores
bem me quer ou mal me quer.
Tentei calcular o tempo
Mas o tempo é meu inimigo.
Tentei correr contra o vento
Mas foi ele que correu comigo.
Tentei te escrever poemas
Mas vi que não nasci para isso.
Tentei roubar a cena
para ver se ganhava um sorriso.
Tentei matar a saudade
Mas ela que me mata por dentro.
Tentei disfarçar bem mal disfarçado
Que sem você já não vivo.
Por vezes tentei te dizer
Tudo que sinto no peito.
E de todas as vezes que tentei te dizer
eu falhei e isso só me traz sofrimento.
Por isso escrevi para você
Para dizer que te amo tanto.
Sei que você não quer mais me ouvi
Mas mesmo assim eu tento.
Tentei contar contos de amor
Mesmo sofrendo por dentro.
Mas saiba que conto de você
com orgulho e com todo amor que sinto
do lado esquerdo do peito.
Refugio
Certas pessoas são como : a uma ilha ,sempre a quando estamos em mares
revoltos ,es que elas nos surge ao
horizonte ,nos aportamos à ela e
recebemos o devido cuido naquilo a
que elas possam nos oferecer ,e muitas
e muitas vezes mesmo que exposto
à um furacão ,nem precisamos que
seja uma grande ilha ,pois uma simples
ilhota em estado acima ao nosso é
mais do que suficiente para nos salvar,
pois um simples gesto na sua precisa
atenção nos da muito e nos poem
em calmaria e nos devolve a paz.
Poema
Por mares turbulentos navegou.
Pela força de espírito guerreiro não naufragou... Lutou!
Por mares revoltos navegou.
Pela força de bravo valente, nas águas deslizou... Desbravou!
Por mares agitados navegou.
Pelo senso de justiça, seu destino guiou... Flutuou!
Depois de muito navegar, como rei do mar, com sua nau, pôs-se a rumar para em águas mansas ancorar ... Triunfar!
Limite-se a aprender e terá sua navegação restrita aos rios e mares, experimente a dimensão do conhecimento e o oceano será o limite de sua navegação e descoberta.
As tempestades estão em todos os mares, é difícil evitar as turbulências, só não esqueça que quem controla o barco é você.
Abra a vela e navegue por águas tranquilas e quando perceber que o vento está forte em vez de se desesperar utilize-o ao seu favor.
Vida pirata
Sou como um navio pirata que anda
a deriva pelos mares da vida sem rumo
sem ter um porto seguro para aportar.
Meu capitão é meu coração solitário
Que segue procurando histórias para
Sorrir, viver e sonhar sem saber ao
Certo o que é direito, tentando se livrar
Talvez da maldição da solidão
mas continua seguindo.
Lembrando daqueles lindos olhos que um
Dia o fizeram sonhar e sorrir.
Naveguei por águas quentes que deixaram
Meu coração em chamas, mas como sempre
Essa chama sumia, e depois de um tempo
Novamente estava em águas frias que
congelavam e fechavam novamente
meus sentimentos. Como um velho marujo
do mar nunca desisto, tenho minha
bússola, que indica meu norte, e sei
que ali esta a direção de meu DEUS, que me protege
e alimenta minha alma.
Meu barco sempre tem muita gente, mas são
Passageiros que contam suas histórias e sonhos,
Pedem ajuda e as vezes mostro uma direção,
Depois se erguem e refazem seus sonhos para
Voltarem a sorrir e partem, mas eu continuo no meu
Barco apenas com as lembranças e olhando
Os mapas da vida para achar um novo porto
Onde tenha uma cadeira, uma fogueira, uma mão
Amiga para sorrir por algum tempo e novamente
Seguir viagem na minha rota incerta.
Meu pequeno barco, acostumado a enfrentar os mares bravios e a superar distâncias pelo simples prazer da Aventura, um belo dia
sofreu uma avaria. Chocou-se com o Desânimo e eu o ancorei no Cais da Rotina.
E ele ficou lá, suportando a Inércia, e as águas rasas convidaram-no
a bailar no suave ondular da Apatia. Sem pressa e sem esperança. Depois de algum tempo, eu o emprestei para seres que se diziam portadores da Segurança e sabedores das grandes Verdades da Vida.
Prometeram levar o meu barquinho para novas águas onde, diziam eles, estava a Felicidade, de mãos dadas com a Realização. Mesmo temendo muito entregar o comando do meu barco, que apenas a mim pertencia, eu o fiz, mesmo assim.
E percebi que, em pouco tempo, estes provedores de Esperança nada mais eram que Aventureiros e, ao me devolver o barco, o casco dele sofrera os impactos da Desilusão.
As águas sempre mornas que acalentavam a Persistência foram se tornando turvas e antes que meu barco afundasse na Descrença, ou ficasse à deriva da Sorte, eu o amarrei com as grossas cordas do
Medo.
Estagnado e coberto pelo manto da Covardia, ele permaneceu assim, por muito tempo.
Já não importava se era noite ou se era dia. As horas se arrastavam
e eu pensei que o melhor seria carregá-lo até à margem, para que
nunca mais fosse machucado pelos Riscos.
Um belo dia uma gaivota, voando baixinho, viu o meu barco. Senti em seu olhar que o Fascínio lhe despertou um sorriso.
Nesta hora, um misto de vergonha tomou conta de mim. Afinal ele estava mal-cuidado e em toda sua extensão havia manchas escuras, causadas pela ausência total da Motivação.
Mas a Gaivota não olhou detalhes. Onde havia ausência de Beleza,
ela via Capacidade. Em meio aos escombros e às folhas secas que cobriam o fundo do barco, ela via Espaço para o Novo.
No sobrevôo dela, eu li as mensagens. Estavam claras e nítidas.
Um piado forte foi o que acendeu a Propulsão da Motivação, e eu percebi que dentro do Barco havia um par de remos. Esta constatação acordou a Ansiedade e eu soube que jamais seria a mesma pessoa, depois de saber que possuía a ferramenta necessária chamada Livre Arbítrio.
A Paz saiu de mim e uma fome gigante tomou conta do meu ser.
Entrei no meu Barco e fiz uma grande faxina.
Renovei as cores e, em instantes, ele parecia um grande Arco-Íris. Nesta hora as amarras se romperam e meu barco deslizou suavemente para dentro daquelas águas que, embora tão conhecidas, agora eram diferentes.
Muito rapidamente, com toda força da minha vontade, segurei os
remos. Eram pesados, e minhas mãos, há muito desacostumadas ao esforço, logo adquiriram calos. Senti dor.
Mas um piado bem forte me fez olhar para o alto, e lá estava o
Convite, nas asas da Gaivota, incentivando e estimulando. Sabia ela
que eu poderia fazer mais e melhor.
E fiz.
Superei o cansaço e venci as ondas, e, em pouco tempo, estava envolta
na Calmaria.
Meu barco, renovado pela grande Alegria de navegar, deu seu
máximo. Estava finalmente cumprindo seu destino.
Já não importava em qual porto chegaria.
Sou um homem do mar...
Não vou ficar chorando no porto
Se navegar mares distantes
Vai te fazer mais feliz do que eu.
Aquieto-me no cais,
Porque o teu desejo de partir
Cala-se nas correntes frias
E nas ondas bravias
Que te esperam longe de mim.
Portanto,
Se te sentes privada de aventuras e de encanto
Nesta terra que pisamos juntos até agora,
Iça tuas velas e se entregue ao vento:
Toma o teu barco e vá embora.
Deixaste minha alma livre
Para voar com o vento por
Sobre montanhas e mares...
Minhas alma livre e solta
Percorreu caminhos
E veredas distantes...
Vagou entre as estrelas
Visitou a lua cheia...
Povoada de sonhos era
Tecida de esperanças e luz...
Quis ganhar o mundo
Vencer amores e dissabores...
A mesma alma hoje volta
Desta longa jornada,
Não mais inveja o infinito
E se entrega a poesia
Como o verbo que voa livre
Porque livre não e minha alma
Mas os versos que faço....
"Companheirismo é a arte de navegar juntos pelos mares da vida.
É escolher ancorar no porto seguro do outro, sempre que as ondas ameaçarem."
Roberto Ikeda
Houve tanto desencanto que fui me deixando levar pelas solitárias mares, e ao mesmo tempo, lindas e sombrias ondas do desapego.