Mãos
Só as noites
Só as noites sabem do nosso amor.
Elas vivem junto a mim, e vêm
os momentos fortes de um amor
infindo.
Quando comigo estas, o mundo diminui
o seu movimento, para melhor ouvir
nossos diálogos.
Nossos abraços calorosos entusiasmados,
as mãos procurando em nossos corpos as
partes sensíveis, vulneráveis.
Os lábios, estes percebem a pele, os deslizo
por teu rosto, acho tua boca e nela como em
um encontro bem profundo, lábios, línguas
entre si conversam segredos, que não
interessam ao mundo.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U B E
Considero as mãos uma extensão do coração e da mente: é com as mãos que ilustramos o que dizemos e sentimos de uma forma mais honesta do que as próprias palavras.
Estamos sempre com as nossas mãos estendidas; apenas o tempo dirá o que fazer diante das indecisões.
“Se a sua vida está realmente nas mãos de Deus, você não é mais e nem menos do que aquilo que Deus quer que você seja!”
Atraímos aquilo que pensamos e teremos uma vida digna, se assim o permitirmos. Construímos nosso castelo com o material que temos em mãos, porém só nós temos o poder de escolher o melhor.
"Aplaudi com as mãos, todos os povos; cantai a Deus com voz de triunfo." (Salmos 47.1) - Essa deveria ser a expressão física da nossa adoração espiritual.
Castelo de Sonhos
A menina até hoje brinca com a boneca de pano, e com seu sorriso indulgente desabrocha no Jardim da vida pétalas
em flor...
Em seu castelo pueril observa agora atentamente suas mãos enrugadas e as marcas de expressão em seu rosto que ficou...
Mas ela continua sonhando e acha que o tempo não passou...
Dá-me um abraço
Mãos que se envolve
Num abraço gostoso
Parece parar no tempo
Por um momento
Algo tão prazeroso
Tão simples
Dar e receber
Algo que deveríamos
Sempre fazer
Abraçar uns aos outros
Abraçar a vida
Envolver-nos
Nas coisas singelas
Simples e bela
Um abraço
Às vezes
Só isso
Que precisamos fazer
Mãos Dadas.
Caminhando a noite pelas ruas históricas da minha cidade, quero sentar com você na beira do lago, ouvir você cantar e depois se envergonhar. E te explicar, que o motivo de eu não falar muito, é que eu me senti completo ao seu lado, como se a sua presença já fosse o suficiente. Uma tranquilidade no meu coração, e a única coisa que eu não queria fazer aquela noite era ir pra casa, e voltar ao meu velho quarto sombrio.
As mãos que um dia foram feridas com pregos, hoje, me pegam no colo e me levam ao verdadeiro descanso, aonde um dia encontrarei sua plenitude, no envolver da Eternidade.
A intolerância é a arma jogada ao chão que o mocinho chuta para as mãos do inimigo porque não sabe atirar.
Talvez o pior medo seja aquele que te impede de lutar pelo que deseja. O silêncio não convém em tempos de luta, mãos atadas não servem pra guerra.
E num momento em que os nossos olhos se encontraram, a aproximação foi inevitável. Foi quando decidimos entrelaçar nossos dedos em um simples mas tão esperado pegar nas mãos. A conexão fez com que meu coração palpitasse mais rapidamente e muito mais rápido nossas mãos começaram a suar. Naquele instante, nada mais importava, ninguém ao nosso redor era notado. Para mim, aquele momento era único e precisava ser sentido em sua plenitude.