Maneira de Falar Nordestino
Me chamaram de poeta
Me chamaram de poeta
Mas poeta eu não sou
Em outras ocasiões
Me chamaram de cantor
Que gosta de poesia
E canta versos de amor
Eu cantei a primavera
O outono e o verão
O inverno ficou frio
Eu fiquei sem opção
Mas pra completar a rima
Eu vou cantar o sertão
Canto o galo de campina
A coruja e o bem-te-vi
Admiro a seriema
O cancão e a juriti
Que canta na capoeira
Lá na Serra do Oiti
O canário gorjeando
No pé de jacarandá
Tem a graúna que canta
Lá no pé de jatobá
Fazendo a sua homenagem
À majestade o sabiá
A abelha italiana
O inxu e o inxuí
Capuxu, abelha branca
A Cupira e o jati
Maribondo e jandaíra
O breu e o munduri
Tem o peba de carrasco
O preá e o tatu
O veado que desfila
Lá na Serra do Ipu
Tem o gato macambira
E o porco caititu
O sertanejo que brilha
Vivendo nesse lugar
Colhendo os frutos da terra
Curtindo o raio solar
Admirando a riqueza
E a cultura popular
O vaqueiro nordestino
Que vive a se destacar
Tocando a sua boiada
Nem tem tempo pra sonhar
E um violeiro cantando
Num galope à beira mar
Na sombra do juazeiro
Eu paro pra descansar
Apreciando a beleza
Que mora nesse lugar
Se aqui eu tenho tudo
Para que me aventurar?
Vivo de agricultura
Meu amigo, o que qui há?
Já estou aposentado
Para que me preocupar?
Vou armar a minha rede
Depois vou me balançar
A cidade é muito boa
Eu aqui e ela lá
Não quero a proximidade
"Pra mode" não me estressar
Daqui para o fim do ano
Eu irei lhe visitar
Sou sertanejo "de vera"
Já dá pra você notar
Moro aqui no sertão
Nem preciso explicar
Por isso eu digo e repito
Esse aqui é meu lugar
Sou oriundo de um povo guerreiro,
cujo o espírito de luta é incansável,
contrariando seu sofrimento,
ignorando suas lágrimas
algumas vezes entrelaçadas
com seu suor,
o dissabor do preconceito,
mostrando assim
em vários momentosa sua garra, enfrentando a sua dor
com muita Fé em Deus,
agradecendo por cada pequena conquista,
expondo um sorriso estampado
no rosto,
um amor verdadeiro e acolhedor.
Possui muitas histórias,
uma cultura ricae um fervor distinto.
Portanto, graças ao Senhor,
sou nordestino, não sou de ferro,
mas sou de um barro bastente resistente
e deste Brasil amado,
sou do Reino chamado Nordeste.
Nada mais tão confortante
Nada mais de tanta raça
Que faça erguer esta taça
De valor tão fascinante
Ah que troféu retumbante
Suscitado em seu destino
Se é tudo tão cristalino
Hei de exaltar o feitio
Nada mais tão luzidio
Que o brio de ser nordestino.
No mês de outubro enalteço
A perseverança exata
E o dia oito é a data
Que consagrada ofereço
Esta data não tem preço
Realimenta o meu hino
Aprendi quando menino
Que o nordeste é varonil
Nada mais tão luzidio
Que o brio de ser nordestino.
Nada mais me reconforta
Nada mais tanto me encanta
Nada mais em minha planta
Neste nordeste me importa
Que um ser em si que comporta
Realce tão cristalino
Autêntico, genuíno
A merecer nota mil
Nada mais tão luzidio
Que o brio de ser nordestino.
BEBÊ CABRITO
Ele é muito inteligente,
não quer saber de atrito,
nem vacina ele toma,
não precisa estar inscrito,
é melhor que gente braba,
mama na teta da cabra,
esperto bebê cabrito.
Tenho orgulho em dizer
Que nasci nesse Nordeste:
Terra de gente educada,
Lugar de cabra da peste.
Fica bem na posição
Onde fica o coração,
Meio a norte, meio a leste.
O Nordeste é um país
Tem seu próprio dialeto
É difícil pro turista
Entender tudo correto
Mas se disser um oxente
Mesmo não muito fluente
Já pode passar discreto
O Nordeste é abençoado
É uma linda região
Tem o mar do litoral
Tem os rios do sertão
Tem cuscuz e forrozeiro
Tem um povo hospitaleiro
Com um grande coração
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