Frases sobre luta social e movimentos sociais
vista uma nova história
perfume-se dum novo amor
retoque maquiagem dos sonhos
tire amarras dos pés
calça a vida dentro de si
e lute feito Angela Davis.
Sem perdão
aqueles que lavam as mãos
de costas pro mal que se expande
não as lavam com água e sabão
mas sim numa tina de sangue
Está cada dia mais complicado agir de acordo com a lei, a moral e a ética, dada a insistência na intencionalidade e direcionalidade de alguns seres ao impedir o desenvolvimento sadio do trabalho alheio. Contudo (entretanto e entre tantos), embora difícil, eu opto pelo que é do bem e por quem é de bem. Lutar pelo justo nunca foi fácil - e talvez nunca seja, mas é o que me faz respirar fundo e continuar.
A cultura e a arte negra amadurecida e consciente, deve se separar dos modismos como oportuna expressão.
PREMONIÇÃO
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Em um dia de meio dia,
meus olhos, somente os olhos,
tiveram uma visão.
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Lembro-me que a luz me doía
como uma ponta de sabre
no corpo do coração.
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Lembro-me, sem muito assombro,
que tudo quedava incompleto,
como se as luzes buscassem em vão
o preenchimento das coisas.
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Na sintonia das imagens
dissecavam-se as paisagens
sem mistificação:
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Não obstante o colorido,
ficavam os homens repartidos
como se feitos de pão.
A uns: o ouro e a prata;
a outros: a fome e a crença;
a esses: a esperança;
para aqueles: quitutes em lata.
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Tanto sol doía
nos ombros da nação
(talvez não houvesse justiça
em sua distribuição).
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E talvez por ser evidente,
ficavam doídas e claras
as sombras dos coqueiros.
Ali, onde outrora era verde
espreitam crianças no desamparo.
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Desamparadas, porém livres,
querem construir a nação
– mas faltam-lhe os instrumentos:
os braços, e as mãos...
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Igualmente iluminados,
os andarilhos nas estradas:
pés descalços, chapéus de palha,
– ou capacetes e mãos de graxa –.
Todos, embora cansados,
querendo correr o chão.
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Mas falta-lhes segmento:
as pernas da multidão.
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Arre!
Tanto sol
arde como uma tarde
de Verão...
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BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Insurgências, 2024]
Nossa pretensão é de uma sociedade não racial... Estamos lutando por uma sociedade em que o povo deixará de pensar em termos de cor... Não é uma questão de raça; é uma questão de ideias.
É melhor viver uma vida marcada por lutas,
revoltas e indignação. Do que viver uma vida
fútil, inclinada para a escravidão do sistema
político e religioso...
Melhor é correr o risco de se ferir e até mesmo
morrer, do que viver escondido com covarde!
Querem chamar o anarquismo de desordem, porque o anarquismo é a luta contra o sistema, contra o governo opressor. Não há desordem maior do que a separação da sociedade em direita e esquerda, onde nos jogam um contra o outro constantemente!
Minha luta diária é para ser reconhecida como sujeito, impor minha existência numa sociedade que insiste em negá-la.
Todos os homens do mundo na medida em que se unem entre si em sociedade, trabalham, lutam e melhoram a si mesmos.
A gente luta por uma sociedade em que as mulheres possam ser consideradas pessoas, que elas não sejam violentadas pelo fato de serem mulheres. Quando as pessoas entendem que a gente está lutando por justiça social, por equiparação e por equidade, não tem motivo para não ser feminista. Se você é uma pessoa inconformada com as injustiças e com as desigualdades, você é uma pessoa feminista e talvez não saiba que seja. Não tem nenhum bicho de sete cabeças. O que a gente quer, na verdade, é uma sociedade livre de desigualdades e violência.
Sociedade marginal
a doença do espírito em conflito
encontra a cura na luta de um bem
indivíduo antes triste acha um motivo
na sociedade o esconderijo de alguém
aponto esse substantivo muito cruel
fome do desnutrido causa a desnutrição
os vermes que moram na casa da miséria
deforma a alma do baixinho cidadão
que futuro os olhinhos tristes prevêem
não pensam em nada,vive o momento
cada passo,ponto para sobrevivência
deixa amor de lado,perde a paciência
tolos não entendem o assassino adolescente
é a dor pela falta de carinho
maldade da sociedade entorpecente
que só reprime e não mostra caminhos.
Nos primórdios éramos animais que buscavam dominar terras, lutar com inimigos, caçar sua comida, reproduzir-se e morrer – até hoje, não deixamos de ser isso. A linguagem tornou-se ferramenta para a contínua estupidez; isto, pois, a primordial consciência, nunca teve espaço para se difundir.
A gripe não ataca apenas os pobres, ela ataca os ricos da mesma forma. Os pobres não conseguem lutar contra ela.
A sociedade tem que aprender a ter um senso crítico relevante e a se sobrepor diante da intolerância Racial e Religiosa.
O feminismo deve contemplar todas as mulheres, é necessário perceber que não dá pra lutar contra uma opressão e alimentar outra.