Loucos
"Quando somos gênios, nos chamam de loucos, pois saímos da realidade. Quando somos gêmeos, comparam a idade."
A falta de coerência daqueles que se dizem lúcidos faz-me falar como os loucos, quando estou minimamente lúcido.
Vivemos num tempo em que sentimos cada vez mais solidão e os loucos se sentem cada vez mais acompanhados.
A noite outonal pairou
na mente transformada
em um aldeamento
repleto de demônios,
e os loucos fantasmas
dançando ao som
do conjunto de cigarras,
Quem tem a ventura
de ver na vida in natura
a graça da beleza,
no abismo não pula
num mundo em transe
viciado em agressão
por mera repetição,...
A noite outonal inspira
para no céu da tua
mente ser a Lua fixa
mesmo com a minha
num estado de turbilhão,
da loucura do mundo
sou a eterna foragida,
Porque das loucuras
existentes prefiro viver
eternamente refugiada
na minha própria,
como quem vive
numa cidadela perdida
no meio do nada
e por antigos espíritos
há muito tempo ocupada.
Demétrio Sena - Magé
Os loucos trocam de ponta
com a própria identidade;
às vezes faço de conta
que sou quem sou de verdade...
Às Vezes
Às vezes me pego te fitando,
E admirando os teus olhos.
Sorrio sozinha pensando,
Queria ser a dona dos teus sonhos.
Esta sua cor que me atiça,
Que mexe com meus sentimentos,
Que aquece todo o meu corpo
E é a causa do meu tormento.
Estes teus lábios carnudos,
Que me provocam arrepios
Só de pensar em seus lábios
Beijando meu corpo macio.
Às vezes você se aproxima,
E escuto seus batimentos.
O meu coração palpita acelerado.
Louca em meus pensamentos.
Hoje por dentro, estremeço.
Desejando sentir sua mão me tocar.
Queria poder morder os teus lábios,
E o teu corpo todo molhar.
São loucos pensamentos,
Que passam pela minha cabeça.
Quando você vai embora,
Não é de admirar que a tristeza apareça.
Autora: Khenya Tathiany
Se um dia eu pudesse voar pra longe, esquecer os problemas, seguir sem rumo e sem pensar no dia de amanhã, eu faria.
Louca? Não, talvez uma sonhadora que se perca em devaneios. Ou uma fugitiva que não aguenta a realidade.
Será preciso perder,
Para aprender a dar valor?
Será preciso não mais me ter,
Para me mostrar seu amor?
O ser humano mostra-se tão imaturo,
Uma mente fraca, um coração duro.
Sinto-me perdido, em um escuro,
Já não se encontra mais alguém, de coração puro.
A cada dia, me sinto mais machucado,
Saio pelas ruas, e volto com o peito apedrejado.
Sem solução, me deito calado.
Onde fomos parar? Deixamos o real valor da vida, de lado.
É pela leveza da pena que se constrói a mais brava armadura. Pois a paz só é possível quando a guerra dos tempos, dos outros, dos loucos não nos atinge. E a minha guerra traz a leve pena afiada de uma paz redobrada.
E a moça foi taxada de louca por acreditar no amor. Mas a realidade é que tolos são os que não acreditam nessa maluca emoção, que é capaz de nos levar ao céu em fração de segundos, mesmo que a queda venha.
Tolos são aqueles que não sabem o que é sentir borboletas dançantes no estômago, um soco no pé do estômago e aquele nó na garganta.
Realmente, amar, com intensidade e de verdade são para os loucos, para os bobos.
Amar não é pra qualquer um, não é quem tenta entender, é pra quem esteja disposto a sentir e viver. Só. Sem explicações e sem regrinhas ridículas.
Deixa a moça te levar a dançar no ritmo.
Permita-se.
Sinta.
Fique.
Oloquecer sem saber o motivo é doença dos meigos, porque estes acabam por descobrir que paralém da sua loucura o mundo lhe reservou uma parte da felicidade e quando dão conta, acabam por ser as pessoas mais importantes, porque estes acabam por chamar atenção.
“Se alguém lhe perguntar alguma coisa: Pense, mas não responda. Só pergunta quem não sabe. Se não sabe como vai acreditar na sua resposta?”