Lord Byron
A Noite de Lord Byron -
Noite densa, obscura, um adeus,
esquecer-te para sempre, jamais,
que dor, sem ti - meu Deus -
não amarei nunca mais ...
Noite finda sem principio nem começo,
visses tu meu peito, desfeito eternamente
e voltarias sem demora! Saberias que pereço
e tornarias mansamente ...
Se cada fundo pensamento
que me assola nesta noite
pudesses conhecer levarias meu tormento ...
Mas ensurdeceste o Coração ...
... e deixaste que esta noite
me vestisse de solidão! Meu Amor ... em vão!
(Às Ultrarromânticas noites do Poeta Inglês Lord Byron e ao lado sombrio tão patente em seus versos)
Prólogo
Oh Lord!
Perdoai minha audácia
Perdoai meu atrevimento
Se não te atormento
Há de dar-me a permissão
Há de dar-me a consagração
Pelo uso de vossa nomeação
Vós que sois rei
Eu que sou
Pobre amador
Concede-me o título de poeta
Oh Senhor!
Vós que encantara o mundo
Com suas palavras
Eu que não encantara nem a mim mesmo
Na mesma tentativa
Comparar-me a ti
Seria uma ofensa
Perdoa-me a incompetência
Pois nada sou perante a vós
Falta-me a vossa elegância
Falta-me a vossa competência
Falta-me a vossa harmonia
Falta-me a vossa inteligência
Eu que a sete palmos estarei
Mas nunca serei
Lord George Gordon Byron
Da tumba o real nunca tornara, mas prepare-se a Inglaterra e o mundo, pois há de surgir um novo Lord, que se dera a audácia de autodenominar-se Byron.