Longe Daqui
Tudo parece tão longe daqui,já não há mais ninguém que se possa encontrar,tudo começa mostrando o seu fim,já não temos mais sonhos,nem planos pra amar,já não podemos dizer o que queremos falar,já não é mais normal sair de casa e voltar.
A gente não queria viver assim pra sempre,mas não podemos fazer nada,aqui ninguém escuta a gente.
Será que o brilho de uma estrela que vemos agora, mas que esta a 100.000 anos luz longe daqui, é o mesmo brilho que ela expele agora ou seria o brilho que ela expeliu a 1000.000 anos luz atrás?
No Circo
Muito longe d'aqui, nem eu sei quando,
Nem onde era esse mundo, em que eu vivia...
Mas tão longe... que até dizer podia
Que enquanto lá andei, andei sonhando...
Porque era tudo ali aéreo e brando,
E lúcida a existência amanhecia...
E eu... leve como a luz... até que um dia
Um vento me tomou, e vim rolando...
Caí e achei-me, de repente, involto
Em luta bestial, na arena fera,
Onde um bruto furor bramia solto.
Senti um monstro em mim nascer n'essa hora,
E achei-me de improviso feito fera...
— É assim que rujo entre leões agora!
Se amo você.
Como eu queria
Poder tê-la aqui
Mas sei que estaria
Bem longe daqui
Como eu gostaria
De ir até aí
Mas não o faria
Você mais sorrir
Mantenho em segredo
Aquilo que vivi
Mas tenho o desejo
De irresistir
Contar ao mundo
O que eu senti
Disfarçado conjunto
Que amiúde teci
Em uma só noite
Onde descobri
Que, se amo você
Tenho que partir
Sem você
Você.... sempre você
Lá... em algum lugar...
bem longe daqui.
Eu... sempre eu...
Aqui... no mesmo lugar...
bem perto daqui.
Você e eu
cada um com o que é seu...
você que não é meu,
meu coração que é só seu.
Ando na corda bamba,
procuro de cá pra lá,
não sei mais aonde buscar
um ponto de apoio pra me segurar.
Eu, perdida...
num canto esquecida,
desiludida...
só quero viver em paz minha vida.
Você, meu porto seguro,
meu céu, meu ar... meu tudo...
a batida do meu coração...
foi embora, tirou meu chão,
me deixou
completamente sem direção...
e, na partida, descoloriu minha vida.
Perdida e descolorida.
Olho no espelho
Não me vejo mais
(longe daqui)
Finjo que esqueci
E que tanto faz
(longe daqui)
Mas a realidade
Ninguém pode mudar
Continuo a te amar
Conversando com o céu....
Céus....
Como é os céus...?
Será se é longe daqui...?
Como é aí....?
Eu sei que tres forças Supremas tem aí...
Eles estão aqui....
Eles estão em todo lugar....
Paro....
Penso e viajo....
Apenas vejo....
Apenas sinto....
Apenas minha alma canta...
Ela chora...
Ela implora....
Oh Santo grandioso.....
Bom dia Pai...
Bom dia Jesus....
Bom dia Espirito Santo....
Bom dia luz....
Que a todos nós conduz.....
Amém.....
Autor:José Ricardo
Eu quero dormir
Me deixe em paz
Quero fechar meus olhos e não abrir mais
Quero ir longe daqui
Me esforçar para mudar
Ser quem eu pretendo ser
Mas ele me pressiona
O Olho não quer que eu vá
Em um mundo não muito longe daqui a morte caminhou sobre a terra, com sua pele pálida e seus cabelos negros que se confundiam com a noite, tudo que existia devia se encontrar com ele.
então, afastaram se dele.
Destinado a ficar sozinho, o pobre homem decidiu mudar seu destino.
Um belo dia estava a caminhar por uma linda floresta e adentra em uma cabana solitária, porém muito amigável, apreciando a modéstia casa com sua maravilhosa mobília de madeira, se depara com um menino abraçado ao pai no chão.
E em um momento de descuido, a morte se revela ao menino o qual ao invés de fugir como todos, enfrentou-a, em posse de um machado afiado, o mesmo que seu pai usava em seus dias bons.
-O que faz aqui? -perguntou o menino assustado.
-Estava apenas de passagem - replicou a morte calmamente.
O menino não pensa duas vezes e avança sobre a entidade encapuzada a sua frente erguendo seu machado ao alto.
A morte surpresa, resolveu fazer a coisa mais inimaginável possível, ao invés de desaparecer como sempre fazia, se manteve-a frente do menino, recebendo um golpe certeiro de seu machado, o dividindo-o em dois, bem ao meio.
Aos olhos do menino aquela entidade o qual ele acertará, desapareceu diante de seus olhos, e já a morte que agora estava dividida, resolveu se manifestar da melhor forma que achou apropriado, utilizando dois opostos, a ovelha e o lobo.
Tendo sido dividido igualmente, a morte que antes só, agora passa a ser duas.
A ovelha entendedora das emoções, contudo não as sente, e o lobo que as sente, porém não as compreende.
A ovelha dá um abraço confortável a aqueles que aceitam a morte de bom grado, e o lobo com seus dentes afiados, dá uma morte lenta e dolorosa a aqueles que não os aceitam ou tentam engana-los.
Muitos anos se passaram desde aquele dia, e agora nossa dupla estava de passagem mais uma vez por aquele mesmo bosque, agora com menos árvores em volta da modesta casa, sobre um dos troncos embrenhado estava o machado que outrora havia o divido em dois. O menino havia se tornado um excelente lenhador.
Estranhando o porquê de o destino tê-los trazido até ali, encontram o menino que agora já é homem amarrando uma corda sobre uma árvore, a única que ele não cortou ao redor de sua casa.
O homem estava procurando uma fuga de seu sofrimento e quando atou o último nó, no meio de um suspiro e outro escutou uma voz em sua mente.
"Entendemos a sua solidão, mas... - disse a ovelha.
Fique longe. – Completou o lobo rosnando."
E então o homem olha para trás assustado e por segundos ele consegue ver os dois a sua frente o encarando, e de um piscar de olhos sumiram de sua vista.
Restando apenas barulhos de mato sendo pisoteado ao longo do bosque, decidiu correr atras do som, chegando até uma clareira, onde mais uma vez ele consegue ver as entidades que o visitaram, estavam a encarar uma rosa comum de jardim, ao se aproximar mais pode ouvir eles conversando.
"- a beleza definha, por isso que é bela. - falou calmamente a ovelha antes de desaparecerem por completo."
O homem então percebe que abraçar a vida é aceitar a morte, decidido a viver bem a sua vida pois o final será sempre o mesmo.
Retorna a sua casa, pega umas roupas, tirar umas tábuas do assoalho e pega as economias que ali havia guardado, na saída não esquece de empunhar seu machado, e assim o homem solitário vai ao mundo em busca de um lugar melhor.
Por fim o homem consegue um emprego na cidade como carpinteiro, conhece uma bela mulher com a qual tem belos filhos, vivendo uma vida próspera e feliz, poderia ficar horas citando o dia a dia deste homem que encontrou sua razão de viver, mas não é sobre a vida que se trata esse texto, então pularemos para uma tarde fria de outono, mais precisamente ao final da tarde, seu machado que sempre o levou a diante agora não tem mais vez, perdeu sua ponta de ferro e deu lugar a uma haste de apoio para seu braço, mas naquela tarde isso também não importava, O lenhador estava descansando na varanda em uma simples cadeira de balanço, seus filhos brincavam logo a frente, brincando com mascaras entalhadas por seu pai em madeira, um Lobo e uma Ovelha, um correndo atrás do outro, como uma caçada eterna. enquanto isso, o jovem lenhador tentava acender seu cachimbo com a mão um pouco tremula, devido a idade apenas, não por medo. Entre uma puxada de seu cachimbo e as risadas de seus filhos se divertindo, acaba por escutar um uivo muito característico, ele sabia, era um lobo. E com a noite chegando ele fala calmamente para suas crianças entrarem e acenderem a lareira, pois está noite será muito fria terminou por dizer.
As crianças entraram e ao fundo ele pode escutar o bater das lenhas ao piso de madeira, o qual possivelmente uma delas derrubou a pilha acidentalmente, entregou um sorriso rápido ao nada, e como se o mundo estivesse ficando mais lento, ele acaba por encontrar seus velhos amigos a frente. Estavam parados logo atrás das mascaras que anteriormente seus filhos estavam a brincar, intrigados as entidades olham curiosos para o lenhador.
O lenhador por sua vez se levanta com dificuldades de sua cadeira e caminha lentamente até as estranhas mas familiar figuras, sem o uso de sua bengala, chegando a poucos metros deles, se abaixa e pega as duas mascaras que estavam ao chão e entrega a mascara de lobo para a ovelha e mascará da ovelha para o lobo.
E com seu ultimo singelo sorriso ele diz.
- Kindred, significa parentes.
Dando um abraço nas duas entidades e os convidando para um passeio no bosque, um passeio que ele sabia que não teria volta.
-Está aí caro lobo? – perguntou a ovelha.
-Estou ovelinha.. – respondeu o lobo.
-Está triste?
-Sim, estou...
-E como é a sensação?
-De uma longa caçada sem mortes.
Hoje eu acordei, mas não me sinto acordada
É como se estivesse em um lugar bem longe daqui,
e meu coração não sente nada
Lamento todos os dias por não ser presente,
mas a verdade é que
nunca estive aqui ou lá
Eu estou perdida há muito tempo e não faço questão de voltar
Venta longe daqui
Vai, vento, vai... vai ventar longe daqui.
Vai e não volte... ou volte bem devagar...
Flores azuis na cortina a balançar
Quem me dera…
Quem me dera em quimeras… sonhos, fantasias, ilusões… acreditar
Que bem fariam ao meu coração.
Quem me dera… quem me dera.
Vai, vento, vai... vai ventar em outro lugar
Quem sabe... perto do mar?
Você vai amar, vento...
Fazer o mar em grandes ondas se demudar.