Lirismo
Oscilando entre o lirismo e o pragmatismo, vou buscando o que me convém.
Desorientada pelos meus instintos, me permito todas as divagações, fantasias e obsessões. Minha imaginação me preenche, mas ela também é mestre em me dar rasteiras; mas ainda assim eu me viro de inventos.
Sigo sobrevivendo de paixões e também de anarquia.
Um lado meu é meio de farsas e o outro de aforismos. Gosto do absurdo e dos monstros impossíveis.
O meu mundo é voltado ao encontro daquele que preencha todos os predicados sonhados e enquanto busco em todas as partes, vou me perdendo em devaneios tolos, em fantasias ou em alguma antologia poética do séc XIX.
E entre essa magia que me envolve, bem que eu podia ser aliviada dos meus sintomas.
Quero enxergar o meu tempo com lirismo de poeta; levo na bagagem a experiência dos homens bons, a simplicidade e a arte do povo do Vale do Jequitinhonha e beleza do bucolismo campestre.
Lirismo estonteante
Aurora se desponta.Altaneira e próspera.
Fonte grande de emoções.
Villagio Di perolas.Lugar de exuberância.
Desfile de gente bonita.Pista cercada de árvores.
Belos chilreios de pássaros.Canários sobrevoam.
De canto a canto.Arvores frondosas.
Tapete da saúde.Canteiros floridos.
Ar puro e clima ameno.Santuário de paz e amor
Um traçado ultramoderno de artes simbólicas; exuberância e lirismo profundo; a imaginação voa distante na plenitude da praça da Jabuticaba onde o sonho de tempos de outrora se desenha na imaginação do poeta do Vale do Mucuri, deixando aflorar sentimentos de leveza e alegria profunda
Nas montanhas do Vale do Mucuri nasce a inspiração do lirismo encantador que floresce a vida e embrulha o amor desmedido e arrebatador.
O lirismo de setembro
Renova-se a esperança de dias melhores
O novo mês aflora com centelhas
De paz e mansidão
A certeza do colorido de
Tempos de primavera
Brotando o perdão no coração
Enternecido da humanidade
Logo os campos estarão floridos
As chuvas de setembro prometem
Varrer o ódio depositado no
Coração dos homens
A galhardia dos homens na
Busca da independência
As chuvas das manhãs de setembro
Fazem renascer a certeza do perdão
A suave brisa das auroras causa
Encanto e ternura
Enebria o chilreio dos pássaros
Aflora a esperança de dias melhores
Um setembro amarelo em
Prol do valor estonteante da vida
Um verde acende a inclusão
A explosão econômica petrolífera
Na proteção das árvores e florestas
Suavizando o meio ambiente
Para presente e futuras gerações
Aflorando a policromia primaveril
E viva a sabedoria, a arte, a cultura exponencial, a ciência jurídica e o lirismo poético, instrumentos que suavizam os dias tomados pela dor, pelo ódio e pelo desamor. Rochas que se rompem, ódio que se debela, poesia que afaga os conflitos interpessoais; é preciso unidade de vontade para se alcançar a paz e prosperidade, por um humanismo concreto e real, juncado de essência floral capaz de amenizar os dias de tormentos próprios de uma sociedade cruel e sangrenta.
O poeta contemporâneo surge, com requintes de lirismo, para a sociedade do amor fraterno como raio solar que explode de beleza esse universo de múltiplos sentidos, fazendo ecoar o som dos chilreios dos pássaros nas manhãs de inverno.
Ela começou a se expressar com mais facilidade e com mais liberdade, seu lirismo aumentou, só faltou ela escrever poemas e comentar de Dante até Victor Hugo e se tornar rebelde lendo Rimbaud.
Não quero lançar livros,
pro leitor não entender
o meu lirismo e nem para
promover noite de autógrafos,
precisamos refletir sobre isso.
O Lirismo do Poeta
Manhã ensolarada,
O céu com nuvens coloridas;
O vento balança as folhas dos coqueiros,
A alegria na inocência das crianças.
O azul anil da piscina
Transforma a beleza de um dia de domingo.
Minha musa se apresenta,
Como deusa da beleza.
O sobrevoo dos pássaros em chilreio
Anuncia o encanto do verão.
A inspiração do menestrel do Mucuri
Rasga o coração para jorrar
O sangue da ternura e do amor.
O verde das árvores guarda resquícios
De primavera.
Os arranha-céus colorem a exuberância
Do espaço de encanto e prazer,
Aflorando o lirismo do poeta,
Com suspiros e saudades.
A paz cultuada na essência
Da bela ária que ecoa nos ouvidos
Daqueles que apreciam
O néctar da vida.
Na vida, não sei qual o sentido.
O principal é a racionalidade ou o lirismo?
A vida real é fixa na matéria ou flui no metafísico?
O certo é viver pelo todo ou viver no egoísmo?
NUMA SÓ PERCEPÇÃO
Da poética, no divino lirismo, com certeza
Terá olhares, os suspiros, em todos saberes
Que habitam o coração, com seus quereres
Tão cheios de cores, amores e suave beleza
Do fundo do soneto, surgira de uma pureza
D’alma, as juras, sorrisos, e ternos prazeres
Em altruístas versos de generosos haveres
De quem é gracioso pra sensível gentileza
Palavras providas daquele agrado imenso
Com muito da sensação, tal arte barroca
Cheia de excesso e de compasso intenso
Quão bom o ledor tivesse, assim, a noção
Nas entrelinhas da poesia, lidas pela boca
Ter o poeta e a criação numa só percepção!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 setembro, 2022, 12’07” – Araguari, MG
Para os que não entendem de lirismo, amar também é uma matemática. Quando a gente ama, a gente aprende a dividir, somar e multiplicar o amor, subtraindo as diferenças.
AMANDO ...
Amo estar gostando, espírito ferino
De tanta sensação de lirismo alado
Um bem estar tão poético e divino
Tanto afeto, tanto prazer sagrado
Nele, sublime, de gosto cristalino
Ativando o coração apaixonado
Suspirando tal um ritmado hino
E, então, constante enamorado
Teve, nele, o olhar do paraíso
Ai sim, pode-se dizer há magia
Onde se acha o bem e o riso
Deixa gemer na piegas poesia
Cada verso, o poetar é preciso
Assim, amando, dar cor ao dia! ....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/01/2021, 18’15” – Triângulo Mineiro
A brisa noturna convida
para o ato criativo da linguagem,
O lirismo me leva fácil
pela mão e me põe diante de ti,
Para a poesia só digo sim
porque carrego você em mim.
Do lirismo ao realismo, das ilusões ao superficial da felicidade, profundas são as buscas pelas razões curiosas do destino.
Depois do vinho o profeta surge, as revelações de um conquistador emanam e o sagrado acontece.
Olho por olho, pele por pele, o encontro dos desejos com a nudez entram em sintonia e fazem os dois corpos levitar.
No deleite das emoções os sorrisos transbordam e seguem noite a dentro com essência pelas correntezas de uma alegre canção.
Os dedos entrelaçados ao vazio da lembrança dele denunciava alguma tristeza agigantada por engenhosos artifícios da sua prodigiosa imaginação.
Pela janela do seu quarto fitou a lua e imaginou a sua rede franjada amarrada em duas estrelas.
Abraçou o travesseiro e mais uma vez olhou para o céu escuro todo cravejado de estrelas com ar de quem acabava de inaugurar um planeta novo.
Naquele dia, ela adormeceu soluçando com o olhar úmido nos olhos ausentes dele
Minhas palavras são ecos. Uma voz narrando simultânea e desordenadamente sentimentos de uma alma, um coração. E essa voz amalgama-se com outras vozes com as quais se identifica.Essas palavras não são de/para alguém, elas são apenas minhas. Não adianta procurar nesse emaranhado de letras respostas que só existem dentro de cada um. Tentar decifrar o que eu escrevo é como procurar uma agulha num palheiro. E se você não tem certeza do que se tratam os meus discursos, nem tente. Pode cair em armadilhas, se envolver. Isso me faz parecer um pescador que jogou uma isca. Eu não sou. Eu sou o mar - o mar de palavras - cheio de metáforas, desejos, sonhos e tormentas.
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