Lírios
"Procure encontrar um lugar para descansar e poder sonhar com os lírios e a brisa dos campos, colorindo a retina e encantando o sorriso de quem, nesta vida fugaz e passageira nada tem, exceto os instantes quem marcam em si e no coração de alguém."
"Para encontrar descanso na visão dos lírios que florescem no jardim da nossa alma é preciso fecundar a terra com sementes de paz e gratidão, descansar no tempo necessário para amadurecer qualquer colheita, e regar de amor e reconhecimento cada etapa do cultivo."
Disse o Mestre Jesus: olhai os lírios do campo e os pássaros do céu ... Cristo,como sempre, têm razão. Eles não têm a preocupação de vestir-se, juntar dinheiro ou de ser melhores do que os outros...eles são o que são: magníficos em sua simplicidade.
Os lírios brancos:
Novembro chega, e eles se abrem.
Trazendo a paz.
Ousamos até esperançar, e esperar o melhor.
Pois agora, está florindo sobre nós o amor.
Da mais linda flor do nosso jardim.
Mamãe, que do céu nos abençoa.
Ela não se esforça pra ser
Ela é. É o que é.
Ela sorri lírios
E tem gosto de fim de tarde
Teu olhar passa intenções de poesia
A gentileza é o seu forte
Um amor de pessoa.
Ela me exige e me afaga
Faz-me querer sair beijando flores
E abraçando andarilhos
Faz que meu coração quase saia do lugar
E me deixa em juízo.
Ela me trouxe o sossego
Mas seu rosto, seu toque
me tiram a paz
Ela mora no meu pensamento
Como pode alguém existir assim
dentro da outra?
O amor em pessoa.
Os mortos não cheiram rosas
Não recebem lírios
Não amam margaridas
Os mortos não ouvem os prantos
Não lêm elegias
Não nos ouvem os cánticos
E tu não nos vês aqui
Chorando por ti
Os mortos não lembram os dias
Não pensam nas memórias
Não sabem das horas
Os mortos não sentem o peso
Não sabem o que penso
De nós não têm dispreso (talvez nem apresso)
E tu não nos vês aqui
Lembrando de ti
Os mortos não choram nossas lágrimas
Nem doces, nem salgadas
Não choram nossas máguas
E Os mortos não cheiram rosas
(Vermelhas, pretas, azuis...)
Não lêem prosas
Nem lembram das glosas
Inspirado por: Adilson Saprata
Alma -
Sou Alma sinuosa
de cal e madrugada
de lirios, alabastros
camélia cor-de-cravo
terna, doce, imaculada!
De alfazema e alecrim
sou jaspe de tristeza
cansaços de poeta
sou fado de cetim
cabelo negro pelas costas!
Sou Alma, sou amêndoa
sou loucura, coração,
sou garça, corpo esguio,
sou ausência e lamento
sou eu a solidão!
Lírios brancos encostados à nudez do peito. Lírios que eu ofereço e ao que está doendo em você. Pois nós somos seres e carentes. Mesmo porque estas coisas – se não forem dadas – fenecem.
Deus nunca foi visto, nem por mim nem por ninguém. Nem nunca vi ou verei com meus olhos uma flor se abrindo. Jamais verei também aquela força que levou voando para além da fronteira, o meu chapéu. Nem ainda o súbito perfume que chegou até mim.
E a Beleza onde reside e a quem pertence?
Quantos signos ela tem? Você conhece um decodificador de Beleza?
Não tenho essas respostas e ninguém a tem!
Por isso não devemos insistir em desacreditar o indizível ao revés de contemplar as belezas e sentir a força invisível, criadora dos lírios do campo e sustentáculo das aves do céu que voam porque acreditam que voam.
Eu me tranquei no banheiro. Respirei fundo. Dei meia volta e olhei fixo no espelho. Maldita seja, eu disse a mim mesma. Maldita minha aparência, maldita minha cabeça com esses pensamentos auto-destrutivos, malditas as pessoas que falam dos demais como se suas palavras fossem armas de brinquedo, que não ferem. Malditas as garotas, lindas, magras, carismáticas e livres que se permitem ser tudo e fazer o mundo crer que elas são a melhor escolha. Malditos os homens que não entendem que muitas dessas mulheres são um frasco vazio, enquanto por aí, existem tantas mulheres lindas por dentro, esperando florescer como os lírios, esperando ser descobertas, esperando ser observadas. Maldito o momento em que decidi ancorar novamente minha vida, em vez de usá-la como um meio para conseguir o que quero. Maldita minha confiança que me faz pensar que nada vai querer me prejudicar e ao final, sempre tem alguém disposto a fazer isso. Maldita a hora em que me apaixonei por homens de lixo que me deixaram quebrada em mil pedaços outra vez, como se não se importassem, como se eu não fosse humana. Maldita hora que paramos de amar a nós mesmas, e não apenas o que vemos refletido no espelho, mas também quem somos quando estamos sozinhas. Maldito o relógio que está correndo e eu aqui trancada, sabendo que tenho que voltar e não chorar, sabendo que não devo falar sobre minha vida, pois ninguém quer saber. Apenas sorrir, isso devo fazer, sorrir com essa maldita máscara que escolhi. Silêncio. Tudo está aqui, em meus olhos, esses que olho todos e ninguém, absolutamente ninguém. Ninguém vê nada.
Todo Deus tem o adorador que merece! Talvez seja por isso que Ele cuida mais dos pássaros e dos lírios do campo que dos seres humanos. Acho que o homem tem coisas mais importantes para fazer ao invés de ficar defendendo seu Deus.
Você sempre estará no meu olhar
Como um lírio no campo que ainda não foi visto
Cujo perfume ainda não foi sentido
Mas que possa sentir
A força dessas palavras
E se for imaginar
Que numa tarde qualquer
Talvez veja meu lugar onde sempre estive
E não muito a tardar
possa sentir minha falta
Talvez no lugar que nunca tenha olhado.
E vi um tempo, sem tempo.
Tempo de eternidade, sem cansaço!
O vento parou. Não há mais fracasso,
Para todo o sempre…
Porque as amendoeiras, do Algarve, voltaram.
E há flores, nelas lá!...
E os laranjais floresceram!...
Também em Leiria, os desaparecidos, pinheiros voltaram.
Em Monchique, o jardim da Portela do Cano, floresce.
As açucenas, já perfumam!...
Na roseira, a rosa cresce.
E no Vale do Linho,
Como em Monção, nos canteiros e socalcos,
Há lírios, que crescem…
Os campos de cevada e trigo,
São grandes e muitos,
Como no tempo do tempo, antigo…
Coração de Marcassita.
Tú és a fáscia amorosa de minha alma
O suor quente que aquece minha pele fria
O permanecer sem o golpe da magia
A rasteira na solidão que me maltrata.
Armazém de flores brancas
Lírios colhidos nas cestas
Que enfeitam as minhas madeixas
Deixando meu sorriso cheio de esperança.
Um coração de marcassita em meu colo
Protegendo-me da escuridão
Conexão de coração com coração
Que exala beleza de meus poros.
Sim, tú és do jeitinho que eu quero
O abraço, o beijo, ah! O sorriso
A dança do soul que me inspiro
Meu pensamento de amor mais honesto.
Qual flor Bela e airosa fez parte da tua pálida existência? - Nem mesmo o lírio e a rosa de ti teve clemência ! Nem mesmo haverá uma única flor em tua solitária lousa? Não há nem ao menos no recinto frio em que tu repousas uma única murcha flor dada de presente por alguém que sem despedir-se partiu de repente...
”Pelos lírios do teus olhares, eu me perco sem pensar; como a força dos batimentos de um coração, meu desejo e te amar”. Sinto forte o teu calor, que me faz sentir todo fervor e a paixão me consumindo como um fogo ardente, tudo me faz lembrar da gente naquele devido lugar.