Lírio
Você inesperadamente apareceu na minha frente, no meio deste inferno...Foi um sonho passageiro, como um lírio.Apenas sua língua pronunciará o julgamento final.
Nesse pequeno cordel
Cravo e rosa não brigaram
Numa grande primavera
Outras flores se juntaram
Lírio, lótus e bromélia
Margarida e camélia
No campo elas brilharam
Carlos do Carmo
Adeus cantor de trovas de Lisboa, da liberdade de Abril!
Cantavas lindo! Sim foste o do jardim de Lisboa lírio!
Como Camões cantou Portugal, no azul e imenso mar,
Tu por menos, não ficaste no teu valoroso cantar!
Teus "putos" continuam a saltar e a brincar em Lisboa!
A "gaivota" no céu no bairro, da cidade ainda voa!
Só tu não estás mais entre nós! Com tua canção!
Para sempre estás em nosso recordar e nosso coração!
Vais à terra de além, deixando tua saudade, por cá!
Já se ouve no país, o teu cantar e Portugal a chorar!
Por ti choram os que no canto, tu mesmo os lançaste!
Teus filhos, teus netos recordam o amor com que os amaste!
Tua esposa sempre amiga, chora porque já a vieste deixar!
Adeus Carlos do Carmo, que já foste para outro lado! O de Lá!
Lírios de fogo envolvem
o desejo embalado no silêncio,
Quero ouvir muito a sua voz
sussurrando o meu nome,
Te quero sempre e hoje
com o selo amoroso
do nosso rito potente,
Não há nada que perturbe
o quê a gente sente
e no absoluto já é vigente.