Lira dos vinte anos
Ninguém é o que realmente diz ser, ou o que pensamos que seja, até que fiquem sozinhos com os seus silêncios.
Um dia acordei mais cedo que o de costume;
Notei que pela manhã, as andorinhas cantavam mais alegres, esbanjando sutileza e sublimidade.
Percebi que o canto dos pássaros e o barulho do vento, formavam a mais bela sinfonia,
E que aguardavam ansiosamente a chegada da chuva.
As flores desabrochavam com mais vigor, perfumando docemente o ambiente.
Enquanto meus olhos percorriam cada detalhe, senti que meu coração exultava de felicidade.
Naquele momento, pude compreender a beleza da simplicidade e sua importância para mim.
Eu poderia ser eu mesma, ali eu seria o melhor de mim.
O sol havia nascido, tão belo e radiante quanto nos outros dias.
Um espetáculo belíssimo formou-se com a chegada das primeiras gotinhas de chuva.
O céu, com sua magnífica capa azul celeste, parecia observar com muito contentamento,
A suavidade daquele encontro, e a preciosidade indescritível daquela cena.
O cheiro de terra molhada, ouvir as lindas canções dos passarinhos, levavam-me a infância.
Poderia sentir sensações esquecidas, relembrar velhos momentos de travessuras.
Podia ouvir a voz do meu pai, ver minha irmãzinha com seus cachinhos dourados,
Brincando de bonecas, e a minha mãe preparando um delicioso chocolate.
Eu realmente não sentia com a mesma intensidade quando criança.
Tudo era intensificado, podia sentir as lágrimas rolarem em meu rosto.
Logo as enxuguei, e mansamente meu coração transbordou de alegria.
Logo compreendi que uma tempestade abre as portas para um maravilhoso dia,
E que a felicidade encontra-se na simplicidade de cada coração.
O que faz um ateu ser diferente de nós?
Absolutamente nada, apenas os nosso preceitos ou preconceitos que criamos para querer mudar a maneira de cada pessoa pensar.
O meu amor é assim tão imprudente?
Quando se está perto, sente temor;
Quando longe, anseia pela presença;
Quanta insanidade nos lábios dos dementes.
Santo Deus! Que Amor é este?
Sente um pulsar ao vê-lo em outros braços;
Um aperto terrível e mortal devorando os sentidos;
Destruindo cada átomo do meu corpo quente;
Sugando cada gota de alegria do meu peito ardente.
Santo Deus! Que Amor é este?
Quantos olhares rasgaram-lhe a pele;
Quantas dúvidas! Oh sim, dúvidas!
Doce voz; canção indecifrável aos meus sentidos;
Corpos lado a lado, porém vazios; intocáveis.
Inocentes sonhos reprimidos em máquinas ausentes.
Santo Deus! Que Amor é este?
Anseio um dia, em teu peito descansar a mente;
Beijar-lhe as cicatrizes; ah, as tuas marcas!
Tuas marcas são tão lindas, amor.
Desejo que tu me ames, assim como eu te amo.
Urgentemente e desesperadamente;
Santo Deus! Que Amor é este?
Tiveste que partir cedo em circunstâncias obscuras;
Negou-me um beijo; pude perceber o quão terrível eras.
Revi memórias passadas; tristes notas dramáticas da boca ecoam;
Puros olhos inocentes reprimidos por tua fatal indelicadeza.
Desconheço a incerteza que recobre os teus olhos;
Escura névoa que exala dos teus modos gentis.
Graves e furiosas estações que tu deixaste,
Presa à minha alma aflita; ainda tua.
Deixa-me e vai-te embora! Diga-me adeus!
Não me deixes a te esperar, quando tu não me queres.
Não te finjas; Peço-te só isto! Não me engane.
Tu expressa nestes teus olhos indiferença; fria e áspera.
Não me negues minha verdade, infinita sou;
Porque te ausentas tanto? Fale-me!
Posso juntar-me quando tu me destruíres.
Qual o motivo que me olhas? Não queres que eu te esqueça?
Quanto egoísmo! Tu queres todas que te tocam;
No teu ínfimo, queres também a mim; eu sei.
Mas eu nunca serei tua; não aceito tuas caras metades.
Um vapor de decepção assola meu corpo e sinto nojo de ti.
Tuas mãos; um dia acariciaram minha pele fria;
Enlaçaram meu corpo inerte e lânguido na floresta escura;
Tu sabias o que farias comigo; mesmo assim continuou.
E ainda continuas! Sabes fingir e mentir tão descaradamente!
Sei que tu não mandas em teu inconstante sentir;
Todavia poderia fazer-me o favor de negar-me teu ‘boa noite’?
Sejas um homem! Esquece-te que eu existo e deixa-me em paz!
Ser-lhe-ei profundamente agradecida. Adeus!
Bom é saber que existe um outro alguem que não esteja aqui pensando em voce , e sim todos os lugares , todas as coisas naturais da vida , te ajudando a ser um sonhador um batalhador e um conquistador de mundos , Deus obrigado por ser esse "eu" aqui dentro de mim .
No começo era assim boca, pele, cheiro, depois briga, dor, posse com um tempo a paixão sarou o amor acalmou, não tem mais mar revolto ou mar remoto quer dizer não mais o tempo todo.
QUERO
Quero os homens de Vênus.
Quero as mulheres.
Quero os que amam errado
e amam muito.
Quero os que têm as perguntas
como respostas .
Quero os que não sabem viver
e vivem sem querer saber.
Quero os que mudam com a lua.
Quero os que deixam-se queimar-se com o sol.
Quero os filhos de Gandhy e
de todos os santos.
Quero os que consigam
defender-se de si próprio.
Quero os que cantam
pra sobreviver.
Quero os que permitem-se fracos.
Quero os filhos da noite.
Quero os que bebem.
Quero os rejeitados.
Quero os que desobedecem.
Quero os que vomitam
Quero os que amam.
Quero os que odeiam.
Eu quero é os que sentem.
-Me sinto triste, em ver pessoas dizendo que tem uma péssima vida, que nada vai da certo, que tudo que mais quer não está a seu alcance, me sinto triste em ver essas pessoas desiludida da vida, pq um dia falei desse mesmo jeito, mas como vamos se sentir alegre se não procuramos a alegria ? como vamos ter uma ótima vida se não faremos por onde (...) nada tá fora de nosso alcance, ao contrario basta desvendar os olhos e ver, que tudo estar ao nosso redor, não deixe que coisas pequenas atrapalhe sua vida, pois tudo é possível, basta querer, não tenha medo de tentar, pq na vida, vivemos de tentativas.