Linha Reta e Linha Curva

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MENINO BOBO

Menino bobo
Que não me quer !
Sou pura essência
De uma mulher

As minhas curvas
em suas mãos
fariam estragos
no coração!

Meu beijo quente
com a boca molhada
seriam delírios
na madrugada!

A pele macia
que meu corpo tem
te arrepiaria
no vai e vem !

O meu olhar
tão sedutor ,
te mataria
de tanto amor .

Minhas mãos curiosas
e tão ligeiras
brincariam em ti
de fazer bobeiras

A minha língua
sempre atrevida ,
seria o sonho
de sua vida !

Menino bobo
vim te avisar ,
se me perder
vai lamentar !

A resposta pode estar bem ali, depois da curva, onde os olhos não alcançam e bem mais perto do que a gente possa imaginar.

Eu acredito que toda estrada um dia se cruza ... E um dia...um dia parado numa esquina ,cada curva vai fazer todo o sentido .

As vezes me pego caminhando pelas estradas da lembrança... Em cada curva, uma saudade!

Sorrisos são curva de caminho; nos arrancam a monotonia da estrada.

Para quem já capotou várias vezes na vida, uma curva perigosa não assusta!!

Expressão

Dentro da curva inesperada
dos meus braços,
transbordam os gestos
numa espiral imperceptível.
Nas pontas dos meus dedos
se alonga a neblina
que deriva do inverso da loucura
quando prendo nos dentes
a superstição da lua
ou esboço no riso
a cumplicidade dos espelhos
timidamente transparentes
para dizer que só pelo silêncio
se vence o labirinto das palavras
e se mede a solidão.

Graça Pires

Curva-te porque as vezes a humildade assim o exige, mas não deixe que lhe subam às costas!

Cada um faz a sua própria curva. Uns pecam e vão sem curva para o inferno, outros até fazem algumas curvas. Mas o que importa mesmo é que podemos construir curvas com subidas ou descidas, podemos criar caminhos com ou sem curvas para o céu. Então tome cuidado! A vida é cheia de curvas, que podem definir o seu verdadeiro destino.

O amor é uma curva (nonsense) de Gauss.

Depois da curva sempre tem uma novidade.

Conheço bem os caminhos de teu corpo
Cada curva sinuosa, cada trejeito louco
Entendo os sinais, cada som, cada mordida
Cutuco a Onça com “vara não tão curta” e te desperto Vida
Desvendo a cada encontro milímetros desta gruta
No interior o ventre reluta
Segundos da mais deliciosa luta
Tremor intenso e o corpo desfruta

Lá onde a vida tem sentido é que o rio faz curva.

Eu poderia jurar que vi o verso
perfeito na curva do teu pescoço
quando passei minha boca por lá...
... Mas seu gemido não me permitiu
registrar as palavras.
Desci para os teus seios
e me perdi
nos entremeios de tua alma.
Mas eu vi,
tenho certeza que vi poesia ali.

Não desbote o mundo
com tolices.
Seja cor.
Na curva do arco-íris
há várias cores.
Use uma a seu favor.
Poetas verdadeiros falam
com a alma.
Não copiam outro autor.
Se entendeu meu recado.
Tem outras profissões para você.
Menos escritor.
__Sophia Vargas ♥

03/01/2010

<Sobre (os) viventes (daqui)>

Esquivava-se na curva dos olhos
das dores e da má vontade,
desviando-se dia a dia de bala perdida
e da morte certa nas esquinas de seu bairro.

Seguia firme sem se preocupar com seu karma,
mesmo em liberdade assistida (legado de seu passado escravo)
marca tatuada pra sempre em sua pele negra,
eternizada pra sempre em sua já tão maltratada carne.

Com a malícia da juventude e inacreditável habilidade,
seguia vencendo suas guerras pessoais, todos os dias
segurava as pontas sem se sentir um covarde
e caminhava pisando firme o chão de terra vermelha de sua comunidade.

Da janela de sua casa admirava o esgoto a céu aberto
que se misturava com o filete de água limpa da mina,
nascente que abundava sob a pedra onde coaxava o sapo
(única paisagem natural restante) depois que decidiram “urbanizar” o bairro.

Com o corpo esguio e nariz para o alto seguia em frente
sem se empoderar de arrogância ou outro sentimento similar,
com o corpo ereto e rijo rompia o vento, de peito aberto
e coragem latente e sangue gotejando dos olhos.

A essa altura de sua vida,
já nem se esquivava mais de coisa alguma,
batia de frente
e quase sempre sobrevivia.

Aquele que se curva diante de Deus, jamais será derrotado pelos homens.

O fino Galope dos meus sonhos me levará até a curva final das minhas realizações.

É que cada dia vão me tornando necessários
O castanho dos teus olhos
A curva do teu sorriso
A vontade de estar perto
E tocar-te o máximo possível
Cruel é a distância
Que afasta um coração apaixonado
E quando somente a saudade me restar
Continuo sonhando contigo

“A morte é a curva da estrada”

A morte, com licença, é irônica por demais. E trágica, com a devida vênia, por excesso.

Ela é “a curva da estrada”, conforme poetou Fernando Pessoa no “Cancioneiro”.

Ah, senhora brincalhona! Ah, dona das estradas do mundo vasto mundo! Vosmecê tira a vida, mas eu a canto; vosmecê arranca o que as pessoas têm de mais importante, mas eu, pobre poeta, celebro o que elas possuem de mais caro, qual seja, a vida, ainda que Severina ou Caetana:

Bem, dona morte:
Está certo que a sra.
Anula toda sorte!
Todavia, as ações
Realizadas vão ficar
Imortalizadas de A a
Z: logo fim não há!

Era uma menina
Viva à procura do sEU
Adão de sua sina!

Ah, dama negra que quase tudo pode! Quase tudo, repito. Vosmecê arrebata Beatriz na curva da estrada, mas Dante há de continuar a longa caminhada...

Vosmecê, rainha das trevas, se apossa sem avisar da pequena Eva, mas Adão há de permanecer em vigília constante, atado às lembranças especiais. Porque a vida – presente da ventura – segue...

Até que um dia, na curva da estrada, a morte, pela enésima vez, aplicará o golpe fatal. Porque, como bem disse o poeta maior, “a morte é a curva da estrada / morrer é só não ser visto”.