Linguagem
OSSOS DO PEIXE-OFíCIO
Meu sentimento de poeta
Em meu temp(l)o
É isca pra linguagem:
Ao mesmo tempo que dou linha
Sou peixe
Fisgado
Em anzol de palavras.
Fale por Mim
Eu não falo a linguagem dos homens
Eu não posso expressar e lutar pela minha liberdade
Mas você pode!
Fale por mim
Quando você fala e compartilha o meu sofrimento você luta pelos animais que sofrem com eu.
Eu uso mal a linguagem eu sei, mas será mesmo que eu gostaria de ser entendido? Creio que muito mais eu mesmo gostaria de me entender e o resto, bom, qualquer coisa provavelmente serve.
Enquanto alguns ainda estão tentando ler os códigos secretos da linguagem falada, a codificação secreta das imagens que é "infinitamente" mais ampla, tem ficado à espreita silenciosa...
Desenvolver o domínio da linguagem, da leitura, da escrita e ampliar o conhecimento é uma conquista, um caminhar em direção à cidadania.
“até mesmo na mais simples manifestação de uma atividade intelectual qualquer, na ‘linguagem’, está contida uma determinada concepção de mundo”
Só mais um figurante figurando a linguagem ou historiador contando histórias de viagens, um viajante que está sempre de passagem, passageiro... onde só quem dirige sabe
o destino do caminho e a verdadeira liberdade.
Multiplicidade básica da utilização da linguagem: ordenar algo a alguém ou fenômenos da natureza; apresentar ou propor algo, descrever um elemento ou objeto, narrar um acontecimento, conjeturar hipóteses, idealizar, mentir, mentir muito, inventar, mostrar manifestação de gratidão e exprimir. Animais empregam comunicações visuais, químicas e sonoras por coações adaptativas. Não estou afirmando que um Sabiá-laranjeira possa pedir uma pizza. A economia linguística Dar nome as coisas é etiquetar. Alguns anfíbios podem expressar agressividade ou galanteio apenas invertendo os padrões dos sons emitidos. Um Rouxinol pode memorizar em média 600 padrões distintos de canto. Aparentemente, quanto mais uma espécie imita ou se permite imitar o som de outro grupo, maior a complexidade dos padrões observados. Imaginem cetáceos expressando conceitos naturais, emoções tão complicadas como levar a mão no bolso e descobrir que sua carteira não está lá ou discar 138 e aplicar um xaveco virtual, sensações íntimas como privação de sono, isolamento do baleal, crise existencial; que flertam com a gramática.
A multiplicidade da linguagem apenas define pontos dentro e fora da edificação de um espírito* atuante da rigidez da consciência. Se faz necessário um córtex hipertrofiado e complexo para fornecer valores idealistas a seres conscientes e fora de uma moralidade, Estado ou civilidade?
Por que, então, a humanidade não há muito tempo se extinguiu durante grandes diálogos ou conversas inconscientes? Por que apenas um número bastante pequeno de SERES deixam de existir pelo motivo de não saber lidar ou sublimar o diminuto de viver? Por que a cognição lhes dá mais do que eles podem carregar? Ou descarregar? Fato sólido: a maioria das pessoas aprendem a salvar-se artificialmente, não lidando com you-know-who, limitando o conteúdo da consciência.
Então, a linguagem não verbal, por conta dos mesmos objetivos da verbal, também me prende às formas e me deforma. Desta vez, a estética tira a beleza dos meus olhos. Porque a caricatura é ruim.
A linguagem é o meio de comunicação diária dos homens que permite transmitir os conhecimentos acumulados, os hábitos práticos e a experiência de uma geração para a outra, realizar a instrução e a educação da nova geração mas, mesmo assim continuamos LEIGOS!