Limpar a Casa
Lugar, casa, lar; você é o território sagrado que expresso, compartilho, o genuíno amor sem cessar.
Esvazio copos, venço a madrugada
Deixo meu corpo às vezes, sou uma casa alugada
Aquilo tudo parecia uma vitrine
A cada pedalada essa avenida parece mais íngreme.
Gasto minha sanidade a esmo
Cada garrafa simboliza um erro, tenho errado bastante nos últimos meses
Penso no que tenho feito, mais uma pessoa magoada
Deixo meu corpo às vezes, sou uma casa alugada.
As luzes dos postes mostram onde preciso ir
Os copos me respondem o que preciso ouvir
Desgraçados hábitos noturnos guiam-me por lugares os quais jamais imaginei existir.
Aceito a instabilidade presente em mim, mais uma janela quebrada
Rostos sem expressão, falta tinta na fachada
Olho minhas mãos para não esquecer da caminhada
Deixo meu corpo às vezes, sou uma casa alugada.
CAIOU A CASA
E o que foi lar virou escombro
Caiu a casa do Abreu
Um santiaguense sem mais forma
Falou da vida e seus tombos
E com palavras mundo ergueu
Caiou na alma uma reforma!
"Quando tudo parece pesado de mais, respire!
Nem sempre dá para arrumar a casa, as vezes é preciso parar, repensar, mudar a rota. Sempre é tempo de recomeçar"
Baby, meu coração é como minha casa; caótico, desorganizado e você chegou sem avisar. Acredite, já esteve bem pior porque havia coisas que não me serviam mais jogadas pelos cantos, cacos de vidro, vinho nas paredes e poesia empilhada. Havia fuligem e um pouco de mofo também pois fazia tanto tempo que eu não recebia ninguém! O último visitante fez um estrago absurdo, mas apesar de tudo eu espero que você não se importe com a bagunça. Apesar da confusão que eu sou, dos meus acessos de frieza e da minha bagunça, eu queria dizer que gostei de ter você aqui e que eu gostaria que você ficasse...
Eu só quero que tudo volte ao normal.
Saudades dos amigos, das pessoas conhecidas, saudades de casa.
Eu mudei de cidade, mas não imaginei que mudaria tanto meus sentimentos.
Nunca me sentir tão sozinho, nunca sentir tanta falta de conversas aleatórias, das noites na casa dos amigos rindo como se não houvesse o amanhã.
A vida fez uma curva tão grande, me tirou dos meus amigos, da minha vida "Normal".
Percebi que está sozinho nem sempre é ruim, que conversar sozinho não é loucura,
descobrimos que nós somos a melhor companhia, e mesmo que sozinhos, inventamos varias piadas pra rir, e descobrimos o quanto nós somos especiais.
As vezes no tardar da noite só queremos algo que nos faça sorrir novamente, algo que consiga trazer novamente um novo respiro de vida.
Mas na maioria das vezes nos deixamos levar por sentimentos ruins e que nunca deveriam ser alimentados, mas por fim eles vem e atacam como nunca em uma alma cansada.
Só queria que tudo voltasse ao normal, e que eu pudesse abraçar pessoas boas novamente, eu só queria minha vida de volta.
Saudades dos velhos amigos, que pensamos que nunca vamos se separar e quando menos esperamos, a pessoa se torna uma conhecida com historias...
Saudades de tudo, saudades de todos, saudades de mim.
Alguém disse que você nunca sai de casa, mas que a leva aonde quer que vá. Espero que isso não seja totalmente verdadeiro, pois há coisas que quero que permaneçam em casa.
Só porque moram numa casa dessas, acham que podem fazer tudo e dizer o que quiserem?
Tínhamos tudo. A casa e a vida perfeita, e alguém tirou isso de nós, e eu vou recuperar.
Tenho a impressão de que perdi minha casa quando cresci e agora estou buscando o lugar onde ficou meu lar.
Se o nosso coração está em shalom
a casa da nossa alma está em paz,
frutos e belas flores surgirão,
descanso, repouso, abrigo.
“São indispensáveis as pesquisas da NASA, mas não fizemos aqui, ainda, o dever de casa” Osman Matos (de seu livro "Poesia em Gestação")
Mais um dia nasceu!
pensamentos voam pela janela
essa casa me conhece,
a flor da terra é respiração
.
Aqui é longe
mas tal real
toda forma de vida
aqui, são agradecidas
.
Em ritmo ordenado,
o sol faz-nos, um convite:
desperta! desperta!
vamos caminhar...
O Viajante iluminado, in hóspede da casa do lago.
Aqui, de perto, tão longe...
homens, pedem para descansar
pais e mães, indo e vindo,
filhos à descobertas, olhar
memórias douradas
verdades inventadas,
e faces de beleza
com cheiro de cotidiano
é segunda-feira,
dança nas chamas do almoço
um brinde sem nome, sem data
um ritmo familiar...
pratos, pia, louça
e a eternidade brilhando
dentro de cada um
na vontade de viver
todos em forma singular
.
O viajante iluminado, "A beleza do cotidiano".
Tenho o hábito de enfeitar janelas: as da casa onde mora meu corpo eu as enfeito com flores, as da casa onde mora minha alma eu as enfeito com sentimentos floridos.
É uma delícia a gente construir a casinha confortável e amorosa que é a nossa autoestima num terreno próprio, num terreno só nosso, não no terreno dos outros. Isso a gente faz no nosso tempo, do nosso jeito.
REALIDADE
Não tenho riquezas,
minhas riquezas guardo no espírito.
Não quero glórias,
minhas glórias estão em minha consciência.
Não tenho armas,
minhas armas são meus sonhos.
Não tenho dívida,
minha dívida é a missão de vida.
Não tenho casa,
todo lugar é minha casa.
Não tenho terras,
as terras são ilusões temporárias.
Não tenho parentes,
somos todos irmãos.
Não tenho felicidade,
minha felicidade é a sua.
Não tenho vida,
a Terra é minha mãe e minha vida.
Não tenho liberdade,
somos escravos das nossas ideias.
Não tenho olhos,
meus olhos já viram tudo.
Não tenho força,
minha força é minha mente.
Não tenho inimigos,
inimigos transformo em amigos.
Não tenho dor,
já somos feitos de cicatrizes.
Não tenho necessidade,
o tempo nos dá o que pedimos.
Não tenho igualdade,
nem a morte tem esse poder.
Tenho apenas... Plena REALIDADE.