Liberto
Melhor cúmplice de mim: juntos damos cambalhotas, rolamos no riso...me libero, me liberto...vejo a vida em cores, dou asas ao vento. Minhas maiores verdades são ditas, compartilhadas; me delicio, me lambuzo... vivendo esse meu lado louco!
LIBERDADE!
Vou naturalmente, apresentar-me consciente e concedo-me valioso presente, liberto minha mente o medo de ser diferente.
Pequena lua
Tenho fases como a lua
Às vezes sou verso
Noutra sou rua
Por ora me liberto
Noutra me fecho feito tartaruga
Fases que vem e vão
Feito pássaro que voa alto
Mas tem dia que prefere ficar no chão
Às vezes quero colo
Noutras a solidão
Às vezes pareço louca
cantarolando lavando a louça
Noutra pareço normal quando silêncio observando o jornal
Mas é na música que me enxergo
Viajo pelo mundo na mente inquieta
Quem me vê por aí
Pode até tentar me decifrar
Mas vou dizer que isso não vai prestar
No meio de tantas fases
Difícil saber quem sou
Quem vou ser e quem você merece encontrar
Eu já te disse
Sou como a lua
As vezes me perco
Me procuro e me acho
Sou céu aberto
Mas também sou laço
Só sou livre, quando me liberto da multidão estúpida que existe dentro de mim. Sendo assim, tenho que lutar pela liberdade a vida toda, a minha mente sempre encontrará um meio de me prender.
sangue e lápis;
aqui é onde me liberto
me encontro em mim
correntes e simbolismo
escrevem em mim
me perco e me refaço,
encontro-me nos versos
refúgio abstrato,
alma enfim segura
depois que te conheci,
ó poesia,
dei forma ao caos
que antes era torto
antes de te conhecer,
não me conhecia,
me observava
e não me entendia
quando te conheci,
meu eu-lírico,
me apaixonei por ti
e te incorporei em mim:
é meu sangue
meu respirar
minha voz silenciosa
dou forma à dor,
amplifico-a,
só para que ela
se enfrente ao lápis
transformar meu medo
em palavras,
angústia em ritmo,
e o silêncio, em mim,
vira canção
e me dissolver
na escrita,
morrer no papel
para renascer
em cada linha
no dia em que parar de escrever,
será o dia que morreremos juntos
meu verso e meu peito
efêmero
Para todo efeito sou
efêmero e brasileiro,
a noite me liberto
do incerto e acerto
o meu diagnostico,
astro sem constelação
poeta de boteco em
ascensão. Musico de
uma unica canção
tropeço em notas e
corações, quem sabe
um dia uma estrela
cadente ao cair esteja
sorridente, nem tudo
é para todos, mas o
pouco que me cabe
cabe em um abraço.
efêmero
Para todos os efeitos
sou efêmero e brasileiro,
a noite me liberto
do incerto e acerto
o meu diagnostico,
astro sem constelação
poeta de boteco em
ascensão.
' VOAR EM TEUS SONHOS '
Voar; eu quero voar liberto ,
Eterno em seu belo coração,
viver contigo mais perto,
Essa transloucada paixão !
Voar quero eu em teus sonhos ,
Fazer ser verdade essa quimera,
Dos versos que eu componho,
És a minha florida primavera !
Pela vastidão desse céu azul , ser amada
Deixa que eu seja seu amor infinito,
voando juntos pela madrugada !
Quero voar , mas o mundo é minha estrada,
Voando pela liberdade desse escrito,
e no silêncio do meu coração sonho acordada .
Maria Francisca Leite
Eu liberto palavras
em dias cinzentos
como quem liberta
dos pensamentos
borboletas azuis
e sentimentos
austrais do peito
pactuando com
o céu e o terreno
(Parnaso em rito imenso).
✍️É feliz quem se satisfaz com o que faz!! Deus sempre abençoa. Assim fica liberto das invejas alheias.💟🥱🧐
Quando me liberei das correntes que carregavam toneladas, percebi que, liberto, pulei e planei como se fosse vento. Olhei ao redor e percebi que minha vista havia mudado: agora, enxergava horizontes livres para caminhar. Caminhei lentamente e contemplei a paisagem—aquele pôr do sol, tão levemente quente ao meu rosto. Caminhei apressadamente, sentindo a necessidade de encontrar um caminho. Comecei a balançar meu corpo: estava em trote. E, quando vi, estava correndo disparadamente, até que me tornei um só com a vida. Não sentia o calor do sol, pois eu o era—tão fervorosamente majestoso e livre. Explodia luz que, ao tocar o mundo, tornava-se cor—cores vivas que pintariam a esplêndida arte da vida.
Até a primavera
Deixo o amor seguir, com sua alquimia e vertigem,
liberto os pássaros, botões do céu com asas à voar.
Renúncio ao fervor de amar sem medida,
e me perco nas linhas da ausência incontida.
Já exaltei o amor, cantei a paixão,
mas dissolvi-me em palavras, sem definição.
Agora despeço-me desse encanto profundo,
abandono o amor e o seu misterioso mundo.
Quem sabe, um dia, ao pulsar renovado,
meu coração encontre um novo chamado.
Quando o inverno ceder à estação primeira,
numa explosão de vida, cor, e primavera.
Até lá, busco-me no vasto vazio,
na imensidão de um silêncio frio.
Ao escrever desfaço mágoas, liberto-me do que rouba a paz, desato os nós dos sentimentos e faço laços de ternura com o fio encantado da magia.
Se o coração de um homem for liberto por Jesus logo ele, de fato, está liberto, e não preso aos seus pecados.
Quem está na prisão está liberto em Cristo pela sua fé e as correntes já não mais existem em seu coração.
LIBERTO E NU
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Só espere de mim o que se tem
de pessoas comuns; de ruas, praças,
viajantes de trem, aposentados
ou ativos de poucos afazeres...
Não espere de mim só gestos raros
nem olhares profundos, mão no queixo,
não me deixo virar um ser barroco
entre verbos de grave conjugar...
Sou poeta, me coube a poesia,
mas o mundo me faz coloquial;
cada dia me põe no seu contexto...
Ou alguém que o poema não lapida,
põe a vida no crivo de seus olhos
e se deixa seguir liberto e nu...