Ler Poesia
LIBERTINA (soneto)
Recordo, ao ler-te, as épocas sombrias
Ó escura poesia, de outrora, tão torta
À inspiração, lasciva, e da alegria morta
E em tuas trovas, as vis sensações frias...
Simetria e rimas, nas fantasias vadias
Enroupadas, pária de Suburra à porta
E a impudicícia em tuas linhas, absorta
Acabrunhando o decoro nas ousadias
Ó nuvioso e tristonho cântico em ruína
Na esquina pesada, tendo a fonte impura
Do lampejo, na qual se traje de Messalina
Tu, prosa descarada, sem amável ternura
Sem o amor, traindo a mão na sua rotina
Libertina, que ao poético só traz amargura
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/03/2020, 04’59” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
NAS ENTRELINHAS
Se alguém pudesse ler a alma da poesia
secreta, onde cada sentimento a traçou
talvez entenderia mais sua terna melodia
os sonhos, os suspiros que elevaram voo
Estar é o destino e, se acaso, algum dia
a condição no sofrer, então, lacrimejou
esse verso não era a poética de alegria
nem tão pouco a emoção que enlutou
É a vida, ilustrada, da direção da gente
tateando a cada momento eternamente
trajando o além dum agrado ou aflição
Nessa prosa, na composição reservada:
um olhar, um sussurrar, a afeição velada...
nas entrelinhas de uma variante sensação!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 março/2022, 14’41” – Araguari, MG
ENTRELINHAS
Se o ledor pudesse ler as entrelinhas da poesia
Minha, que cada surpresa do fado me reservou
Entenderia os suspiros, a dor e toda a antinomia
Dos versos agridoces, que no meu versar chorou
A desdita está em cada poética, tanta a agonia
Imbuídas naqueles perdidos sonhos que sonhou
Cada desejo, num gesto que não era de alegria
E sim, apertos no peito, que o causar idealizou
Poeto sentimento, o sentimento inteiramente
E nunca indiferente, e tão pouco eternamente
Devaneio, amo, idealizo, busco ir sempre além...
Porém, do calvário não se pode ficar sem nada
Cada qual com seu traçado e com a sua estrada
Tudo passa! E do destino aquele servo e refém!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 agosto, 2022, 20’22’ – Araguari, MG
CARTAS DE AMOR
Ah se eu pudesse ler o que as cartas de amor não dizem
Cada suspiro que vai nas entrelinhas
O silêncio guardado em cada espaço em branco
Ah se eu pudesse ler cada pergunta que não é feita
O que se esconde atrás das vírgulas
A história que continua após o ponto final
Os sentimentos que impregnam o último verso
Quisera eu saber ler cartas de amor
Mas elas não se deixam ler
Ou não seriam cartas de amor.
Vou-te mostrar esta rima pra poderes aprender,
então fica atento e começa a ler.
Tu tá ligado nesta rima,
porque te vou ensinar está bela obra-prima.
Ah!
Quem me dera ter a sorte de te ter
Quem me dera ter a sorte de te escrever
E você ler
Quem me dera ter a sorte de me entrelaçar em seus braços
E ali permanecer
Quem me dera ter a sorte de ter o calor do seu olhar
Sobre mim
Quem me dera ter a sorte de ser a dona dos seus eu te amo’s
E do seu coração
Quem me dera ter a sorte de ser lembrada
Quando no radio tocar aquela velha canção
Ah!
Quem me dera ter a sorte de você ler isso
E sentir
Quem me dera ter a sorte de você ler isso
E ser tocado
Quem me dera ter a sorte de você ler isso
E saber que é amado
Por mim
Pra sempre
Ah!
Quem me dera.
Pra quem quiser ver e ler, o meu luar é de lua cheia que clareia os contornos do caminho onde coloco meus pés.
Se deixo pegadas não sei, mas se me enxergas é porque me acompanhas.
Sou clara no escuro do mundo que rejeitas.
EU TENTEI...
Não pude ler o futuro
Porém, nada me impediu
De tentar te encontrar
Foram décadas de angústia
De momentos
Em que precisei de você
Por muitos anos ansiei
Ao teu lado amanhecer
Mas você o compartilhava
Com outro alguém
Eu lutei para te esquecer
A luta não foi temporária
Já que era eu
A minha adversária
Portanto, ao reencontrá-lo
Procurei não me expôr
Por não querer admitir
Por não querer demonstrar
A profundidade do meu sentir
Juro que tentei te esquecer
E não houve sequer um dia
Que eu não pensasse em você.
Sandra Leone
Quisera eu saber
em que tom cada
palavra tua é dita, escrita...
Quisera eu ler
teus pensamentos,
acompanhar teus passos,
conduzir teu ritmo.
O frenesi de nossas almas,
dos nossos corpos,
de nossos corações;
todos cantando uma só canção
e recitando uma só poesia: O amor.
O amor que embala tudo!
"" Ou sou, o maluco que escreve
Ou é você, o doido que se atreve
A ler tamanha insanidade
Nesses versos que modulam minha capacidade...
.
Só posso te agradecer
Pela parceria e caminhada
Pero ousadia, verbo balada.
Somos dois a não entender nada.
Que fique assim...
Leia para saber ou ser o saber
Ler para ouvir o que o retalho aqui dentro diz
Aprender sobre as coisas , a primeira vista inúteis
E só assim compreender
meus versos de giz, e os chavões parvos, quase invisíveis.
Às vezes eu escrevo
aleatoriamente
porque eu sei que você precisa ler.
precisa de FÉ.,
precisa de DEUS...
Tem dias que DEUS caminha comigo..
EU SEI
Tem outros que ELE, me carrega
no colo.
EU SINTO...!!!
..
Se você não prestar atenção,
nem ler tudo bem direitinho,
não irá aprender a lição
que o professor ensinou com carinho
Se você não aprender a ler meus olhos,
Meus gestos e meus sorrisos
Temo que tão pouco saberá tocar-me a alma
Se não tocar-me a alma
Creio que tampouco
Merece tocar meu coração...
Sem muito o que lhe dizer
Já escrevi tanto para você ler,
Coisas que deveriam ser ditas.
Não me canso de te escrever,
Mostrando-te que você é o amor da minha vida!
Não tenho promessas para lhe fazer,
Pois tenho medo que se tornem em vão,
Não tenho muito o que escrever,
Mas quero que você tenha a ligeira noção!
Eu já te disse sem que você precisasse ouvir,
Já te respondi sem que você me perguntasse,
Disse tudo o que eu vivia a sentir,
Com beijo nos teus lábios ou na tua face!
Não quero ser longo nas minhas palavras,
Quero que as sílabas vociferem sentimentos lindos,
Que teu sabor esteja até no meu copo com água
E que tua presença torne meus dias os mais vívidos!
Por mim, os versos se multiplicariam,
E que nascessem mais estrofes,
Que as poesias jorrassem sem fim,
Mesmo que me chegasse à morte!
Ainda não escrevi o que eu queria,
Tenho total certeza que outras palavras virão,
Mas tenho que encerrar por aqui,
Um beijo meu amor, por ti palpita meu coração!
Igor Improtta
Deixe ler teu signo tatuado na lua
Tua boca de falua nauta
Teu sabor de vinho tinto
Teus olhos de argonauta
Deixe ver no teu olhar terreno
de romanceiro boêmio
Sob o sereno da madrugada
As vaga do mar...
Deixe-me ancorar
Em teu porto marinheiro
E acordar com as marés.
Os ouvidos podem escutar Mozart.
Os olhos podem ler Camões.
As bocas podem provar os Croissants.
E os pobres cotovelos, sempre com suas dores.
AFRONTA DO OLHAR
Amor, vivemos tão extensivamente
que aprendi a ler as escritas teleguiadas
pelos seus olhos.
Mas juro que se soubesse que um dia
eles fossem me escrever o contrário
de você... Eu não tinha aprendido a ler.
Eu não queria, mas esse viver de carne
e unha me ensinou a te ler, e hoje sofro
Sofro por esse saber, sofro porque
leio você. Leio seus olhos e eles me dizem
tudo aquilo, que você não quer me dizer.
Seus olhos que um dia já me fizeram sorrir
dando-me amor e paixão, esboçando
alegria e felicidade, com suas frases...
Hoje eles escrevem-me poesia amarga,
dosada em meio a essa vil verdade.
Nos escritos dos seus olhos... Eu vejo o
meu amor se afastando de mim.
Meu amor, ainda ontem, eu li na poesia
dos seu olhar, que meu amor está sendo
roubado. Tenho lido que tudo que me sobra
daquela felicidade é recordação e lágrimas.
Meu amor... O silêncio que antes servia para
me fazer sonhar contigo, hoje serve apenas
para me esmagar diante da solidão.
Você agora esconde a traição em sua conta
dizendo o que seus olhos insistem em me falar,
e até repreender-me com essa dolorosa
afronta.
Para conhecer-me a fundo
Você terá que adentrar na minh'alma
Ler meu coração
Nas entrelinhas e entender-me
Em poesias!
Brasil de Agora
Brasil um pais onde quem ler é ser taxado de otário pra você ver . Claro sociedade inteligente São políticos em corrente .