Lenda do Lobisomem
Você já leu ou ouviu
isso antes, e Hobbes
que perdoe a paráfrase:
"O Homem é
o Lobisomem do Homem",
Os tempos mudaram,
e ninguém precisa sair
por aí para matar ninguém
mesmo que seja pela via
da reputação de outrem.
A bala de prata agora
tomou outra forma,
a bala de prata nos tempos
de hoje é a palavra,
Em tempos de mentirosos
basta falar a verdade que o Mal acaba.
Todas as famílias têm algo em comum. Elas nos seguem. Para o bem, para o mal. Elas ficam como se fossem uma atmosfera.
Você não acredita na lenda
do Lobo do Cemitério,
Você não acredita no poema
e tudo aquilo que é capaz de fazer,
Depois não venha se surpreender.
Calmaria
De calmaria
Berra o homem
Quando reza avemaria
E quando corre do lobisomem,
Porque no caminho
Sempre deixa seu erro
E ao invés de consertar
Ele fica de porre
E por esse mundo ele some
Acabando de arrebentar
De calmaria morre o homem
Que não sabe amar
Por descuido ou vaidade
E por não acreditar
O seus passos na areia
É a sua perdição
É como um corte na veia
E não se ter compaixão,
De calmaria corre o homem
De natureza duvidosa
Por ter medo do passado
Vivendo em contradição
De calmaria ele chora
Por ter medo do mundo
Pelo que acontece lá fora
E que reflete por dentro bem fundo
De calmaria ele morre
Sem socorro
E quando ele corre
Sempre dá de cara pro morro
De calmaria ele é mito
É recado
É palpite
E quando aflito
É pra sempre abandonado.
Vira, vira, vira homem
vira, vira homem
vira, vira, ...., vira, vira lobisomem...
10 de novembro de Vira, vira, vira...
1971 - É criado o irreverente grupo musical "Secos & Molhados", do qual o cantor Ney Matogrosso fazia parte.
A revolucionária banda "Secos e Molhados" inovou nas letras e nas vestimentas de seus integrantes. Liderada por João Ricardo, a banda falava de política e fazia performances teatrais. A banda vendeu milhares de discos e se desestruturou, mudando diversas vezes de formação e sendo extinta.
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Me deixa doido lobisomem em Lua cheia
Apaixonado eu quero é mais
Fazer você pular, cantar, de amor
Fazer zoeira
Quem já enfrentou fome, não tem medo nem de lobisomem, infeliz é o cidadão que acredita em política gentalha, por causa de migalha, e cuja esperança está no homem.
Na minha infância, os adultos nos amedrontavam com mula sem cabeça, saci Pererê, lobisomem, assombração e outras entidades da lenda brasileira. Hoje os jovens são assombrados com estórias de ditadura militar, tortura e fascismo.
De onde brotou meu sangue? Da terra de lobisomem, aonde passou lampião, que beijou Maria bonita.
Brotou de terra árida, onde só mandacaru se cria, gente por lá é cumpadi, seu Zé ou dona Maria.
Minino tem que pedir benção e recebe de volta; Deus te crie...
De lá, não trago lembranças, pois tudo o que sei, foi de ouvir falar, mas dos ancestrais trago orgulho mesmo nunca tendo estado lá.
Nina, na noite escura a passear,
No bosque, ela vai se aventurar,
Lobisomem uiva, não se enganar,
Segredos das sombras vai desvendar.
O luar brilha, a floresta suspira,
O monstro oculto, a noite delira,
Mas Nina destemida não se retira,
No enigma do lobisomem ela inspira.
Lendas assombram, a aldeia sussurra,
De homens-feras que a noite surra,
Nina com coragem não se amedronta,
Com amor, a maldição ela confronta.
Você ouve a palavra "lobisomem" e imagina uma mistura de lobo e homem correndo com duas patas, uivando para a lua.