Lareira
Na casa da Avó
Na casa da avó
Tudo é mais acolhedors
tudo tem...mais amor.
Na casa da avó
cheira a café pela manhã
Por entre os lençois de lã
Na casa da avó
Temos lareira no inverno que dá muito calor
Fica assim a casa com mais amor.
Para Pensar 🧠
Sala Cerebral - Limpo de dentro para fora.
Por Kate Salomão
Parece fácil pensar, mas na verdade é bem mais difícil do que acreditamos ser.
Então, esgotados, entramos numa sala ampla, a que chamaremos figurativamente de " sala cerebral " e o fato é que nem sempre essa sala está limpa e organizada.
Às vezes deixamos a janela dos
" dizeres " aberta e quando menos esperamos uma forte ventania do que não precisamos, ou queríamos ouvir ou dizer, chega e põe tudo fora do lugar.
E nem sempre na verdade estamos com energia para organizar a grande bagunça e é ali que começa uma cansativa luta interna. Quando vemos estamos deitados no chão, jogados, no meio da
" sala cerebral ", rodeados por pensamentos, que diremos figurativamente novamente, serem papeis espalhados por toda parte.
E ali ficamos por horas, às vezes dias, esperando inspiração para ressurgimos com uma Fênix do meio da bagunça.
Um dia desses eu dormi no meio dessa bagunça e tive um sonho, um dos papéis preso parte em baixo de minha cabeça, balançava e o barulho do vento da janela dos dizeres, que estava escancarada, o balançava e o barulho do dançar do papel me fez abrir os olhos.
Foi então que deitada ali no meio da bagunça de papéis riscados, escritos e amassados, percebi que aquela era a única folha em branco.
Sentei-me, olhei com responsabilidade para folha e com um lápis comecei a escrever; fiz um rústico projeto da arrumação daquele ambiente bagunçado.
Criei coragem, primeiro levantei e fechei a janela e a ventania dos dizeres sumiu. Peguei uma das folhas espalhadas e li, resolvi guardá-la. Peguei outra, o pensamento escrito nela não era bom, então descartei. Assim fiz na sala toda, papel por papel, pensamento por pensamento, limpei tudo e organizei.
Na lareira da sala cerebral queimei os maus pensamentos, afinal pensamentos nocivos não devem ser compartilhados.
Acordei. Ainda meio zonza, ouvi meu próprio pensamento me lembrar a frase de Julien Green:
"O pensamento voa e as palavras vão a pé: eis o drama do escritor."
Olhei a enorme bagunça real e só então compreendi:
"Eu sou essa enorme bagunça". Mas também compreendi que sou a única que pode fechar a janela dos dizeres inúteis para que pensamentos fúteis não entrem, a sala cerebral é minha, então se entraram maus pensamentos, se ouvi maus conselhos, se nutri maus sentimentos, a culpa foi, e é minha.
E só eu que posso, ou não, arrumá-la.
Quando estou a te contemplar
imagino o quão tu serias linda,
muito mais do que eu ando a falar
se eu pudesse te olhar
por meio de uma visão interestrelar.
Pois estando em uma cidade
o que é vejo é apenas uma ideia,
uma especifisidade
daquela que sabe encantar toda a plateia.
Porque, no campo,a beleza que encanta
como a da majestosa Lua cheia,
tem como parceiro, um amigo que gorgeia
o amor das estrelas que brilha como a lareira
despertando a atenção, até daqueles,
que ignoram a sua verdadeira beleza.