Lagoa
“Idem” a história do patinho feio
Lagoa dos Japoneses de um brejo transformou-se em uma linda Lagoa com muitos Patos.
Hoje com o topônimo Lagoa Grande, é um lugar ideal para se relaxar e refletir, onde há muitas árvores, pássaros, mergulhões, martins-pescadores, joões-de-barro, bem-te-vis. Pessoas indo e vindo, fazendo atividades físicas, lendo, namorando, alguns parquinhos de crianças, pessoas felizes comendo pipocas e também jogando-as para os peixes, com uma umidade relativa do ar muito boa para colaborar com o bem-estar dos seres vivos ali existentes.
Ser Patense é oportunidade única, porém, ser Patureba é ter uma linda escolha, e ser Patife é entrar em nossa cidade e não beber da nossa água e sair com sede.
Patos de Minas é uma cidade polo que se destaca no mundo todo!
Fábio Alves Borges
LAGOA DA PRATA
Lagoa da prata
Na beira da mata
Molhando a estrada
Um homem pescando
Com a barra da calça dobrada
Andando descalço
Na margem molhada.
Lagoa da prata
Lugar de beleza sem igual
De águas azul cristal
Com margem larga
E uma pequena ilha no final.
Águas claras abundantes
Em meio ao cerrado extravagante
Abastece o Rêgo d’água no terreiro
Enche os rios
E mata a sede dos tropeiros.
Assim era a lagoa da prata
Hoje esquecida
Destruída
Deu lugar à plantação
Que secou as tuas águas
Fazendo rachar o chão
Acabando com a magia
Que tinha lá no meu sertão.
HODIERNO CULTO
Nos ritos da meia Lua
Bruxas cantigam dejua
Enquanto elas se banham na lagoa
Uma entidade na fogueira se esgueira
Na roda da meia-noite
Um círculo de despeito para os amoite
A criatura que se dá acordada é caminhante
E persegue os caça-bruxas na pernoite
Gritos de terror se abafam em cantorias
Nos bosques só ecoa grunhidos e rias
Ao amanhecer elas encontram-se Límpidas
Abre mais um arremate de figas
No doce livramento de queimarem
Levantarão aos hodierno feitiços á criarem
Nos modernos dias que se escondem
Fazem reverências, que vivas ás tornem!
sobre a lagoa de Balos
encandeada por um astro
julguei
a areia mais brilhante
a água mais translúcida
mas o ponto movia-se
esbracejava se tivesse braços
e portanto esvoaçou porque
as asas
douradas por Midas
a plumagem
avermelhada por Leónidas
os olhos
azulados por Hipnos
as garras
enegrecidas por Hefesto
e o bico
esverdeado por Artemísia
acenderam
na memória confusa
da gaivota minóica
o instinto da orfandade.
Pedro Rodrigues de Menezes, “gaivota minóica”)
ALMA DE MAR
Barulho de carros passando, bois, rio, lagoa e fazenda.
No peito uma reflexão sobre uma lacuna, não há quem entenda.
Saudades dos barcos que antes navegavam, agora, fora da maré.
Dali, alguém bom chegará para a reforma, descalço o pé.
Não apenas o pé mas o corpo todo sente.
A falta da onda, do vento, da areia quente.
Homens magros e gordos, cestos e feixes.
Feira, manhã, remos, irmãos e irmãs, filhos do peixe.
Comércio vibrante, vendedor satisfeito.
Faca afiada, garganta treinada crucifixo no peito.
No meio da pista, recebe o turista, piadas até de dentista.
O espírito hoteleiro, bom humor é a qualidade primeira da lista.
É disso que anseia de novo o que para a métropole mudou.
Cansado de prédio, ônibus, trem ou metrô.
Quer apressar o passo para lá terminar e logo voltar.
Pois a alma que lá trabalha, têm fé que não falha, é alma de mar.
Sergio Junior
Águas
Águas de um rio, cachoeira
Águas da chuva
Águas do mar
Lago, lagoa
Peixes numa boa
Sorrindo a nadar...
A natureza a água nos dá
Mas, temos que dela cuidar!
Eu preciso da água, você também
A água nos ajuda em tudo:
Limpar, lavar, cozinhar;
Tomar banho...
Mas, eu sei que tenho, que economizar,
Economize também
E cuide da água muito bem,
Pra amanhã, água não nos faltar!
Água limpa no mundo, eu quero
Eu zelo e não jogo lixo no chão
Porque se chove muito
O lixo vai parar nas águas de um ribeirão!
Vamos cuidar bem das águas
Sem água não há vida
Tudo seca, disseca e cai
Então não polua as águas
Não quero ver esgotos nos cais
Sem água não haveria nuvens
E nem chuvas também
A poeira iria cobrir tudo
Até as plantas iriam ficar marrom
E cairiam, murchas pelo chão,
Então...vamos todo mundo
Cuidar das águas muito bem!
"Na lagoa tranquila o sapo pula,
Outono cai, as folhas se desprendem,
Em cada pétala de íris existe uma centelha divina,
As montanhas ecoam meu suspiro e o vento responde.
Sob o céu estrelado os versos fluem como rios,
Nas águas dos rios transcendo o eu,
Palavras escritas, pensamentos tecidos,
Na poesia breve encontro a essência da alma.
Nas palavras simples, aprofundo-me,
No toque suave da tinta encontro a liberdade,
Cada pincelada é uma meditação silenciosa ,
Caminho estreito, mente vasta.
Cavalgo pelas estradas do mundo procurando respostas,
Busca incessante do autoconhecimento,
A transcendência pessoal está na aceitação do efêmero,
Na busca do eterno, na poesia das páginas em branco."
Lagoa da Conceição - Florianópolis
Não é uma lagoa qualquer, não...
Águas calmas...acariciadas pelo vento...lento, lento...
um barquinho num vai, não vai...a balançar,
o barqueiro remando,
remando, em busca de alimento - maravilhas do mar!
Rendeiras na beira da estrada...
rendas na calçada.
Turistas num vai e vem...extasiados - tanta beleza pra se admirar -
procuram com os olhos tudo captar... para depois
do seu coração retirar.
E o Sol lá no alto a brilhar...
a admirar... a se extasiar!
É assim que ele passa todo verão
na Lagoa da Conceição...
Eita vida boa, meu Deus!
O silêncio
Que esplêndida lagoa é o silêncio
Ali na margem um sino espera
Mas ninguém ousa afundar o remo
No espelho das águas quietas
NATAL DOS SAPINHOS.
O sapo Sapolino
Anunciou no jornal
Uma festa na lagoa
Seria muito especial
Todos animados
Para a noite de Natal.
Vieram todos os sapos
Só não convidou o jacaré
Andava meio enfesado
Com seu jeito de mané
Irritando o Sapolino
Por ter cheiro de chulé.
De longe Ficou olhando
Com vontade de chegar
Resolveu dormir cedo
Melhor não perturbar
O sapo se chateou
Não querendo conversar.
A festa foi animada
Da Lua receberam a luz
A ceia foi de fartura
Uma salada de mastruz
Uns belos mosquitinhos
Com farofa de cuscuz.
Irá Rodrigues.
LAGOA SANTA
Encantos mil, bela e exuberante
Lagoa Santa que estremece os corações mais arredios
De manhã, uma revoada de pássaros
Anuncia os acordes de chilreios
De sinfonia do Amor
Tua riqueza de humanismo me
Faz ficar por aqui
Horas a fio a contemplar sua rara beleza..
Lagoa da Pampulha
Na aurora veste-se em ouro,
Reflete o brilho do dia,
No espelho azul do tesouro
Derrama a sua magia.
O vento sopra e murmura
Canções da velha memória,
Traz no frescor da ternura
Os ecos vivos da história.
Menestrel do Mucuri,
Tece em versos sua fala,
Canta à lua que sorri
E à luz que o céu embala.
Cada escultura um segredo,
Símbolos da eternidade,
Na dança leve do enredo
Que inspira a humanidade.
Pétalas tocam o vento,
Florescem sonhos no cais,
Néctar sutil, sentimento,
Policromias e paz.
E assim repousa a lagoa,
Tesouro que se eterniza,
Na arte pura e tão boa
Que em nossas almas deslizam.
A tarde chuvosa e cinza trouxe a umidade bem-vinda da lagoa. As plantas revestiram-se de um fabuloso verde e os pássaros não cabiam em si diante da felicidade de ver a vida renascer na campina. É a vida e a natureza se reinventando a cada estação. Sejamos assim também!
Das ondas eternas da profunda lagoa, sopra incessante o vento matreiro. Amigo de sempre, não falha e não tarda...no meio da tarde já chega ligeiro. Parece que sabe, meu desejo escondido, e nas voltas que dá, aconchega em meu peito, junto às batidas do meu coração. Se amo esse vento, só eu sei o quanto, pois se estou longe dele, a saudade lança seus doídos dardos contra meus sentimentos...a impressão que tenho é de que o mundo parou, nada mais se moveu, desde que ele, de mim se ausentou. Mas eis que já chega, calmo ou trigueiro, levantando areia e folhas, como é hábito do vento...
Certa vez uma Rã, que passava a Vida a coaxar em altos brados à beira da lagoa onde morava, ouviu o cacarejar de uma galinha que andava ali pelas margens.
- Como és Desagradável! – Gritou-lhe a Rã – por que fazes Tamanha Gritaria?
- Porque pus um Ovo – respondeu a Galinha.
- E por teres Posto um Ovo precisas fazer esse Alvoroço Todo?.
- Fica sabendo que preciso – cacarejou a Galinha, indignada. – Eu estou contando ao Mundo o que fiz. E tu, que nada Fazes, por que estás eternamente a Coaxar?
MORAL DA FÁBULA: Perdoa-se Algum Barulho a Quem Produziu Algum Trabalho, mas Quem Nada Produz Deve, Pelo Menos, Produzir SILÊNCIO.
Duvidar da sabedoria
dos antigos pode vir
a ser um contrato de risco,
Nadar na Lagoa Vermelha
pode te oferecer perigo
e pode ser que você
não volte mais deste desafio.