Lagarta Borboleta
''Ainda que todos a vissem como lagarta, eu teimei contra os meus próprios olhos pra te ver como uma linda borboleta! ''
Somos as lagartas de Deus...
- Alguns de nós passam pelo casulo,
mas, não se desenvolvem;
- Outros, passam pela metamorfose,
mas, saem ainda piores;
- São Poucos os que conseguem enfrentar
o apertado e solitário casulo,
a sofrida metamorfose,
e de lá, sozinhos, saírem ainda mais Belos !
Robson Araujo - Metamorfose
Existem vários tipos de pessoas:
Pessoas cometas, pessoas estrelas.
Pessoas lagartas, pessoas borboletas.
A diferença entre cada uma delas:
Umas têm luz própria e outras não, e enquanto umas se arrastam pela vida, outras são capazes de até voar!
Se por alguém, atualmente, como uma lagarta você rasteja sem ser notada, não fique triste nem se desespere; porque, no futuro, quando esse alguém a enxergar como a mais bela e colorida das borboletas, bata as asas para bem longe desse idiota!
Pedro Marcos
Azulão também um dia
foi lagarta que se alimentava
de folha da Taquareira,
Buscando a poesia perfeita
eu li muitos poetas para me cobrir
de poemas que os corações
não sejam capazes de resistir,
e as almas busquem se vestir
o tempo inteiro de festa.
Não faz nenhum sentido dizer que ama as borboletas, quando suas atividades demostra ser um exterminador de lagartas.
A lagarta disse à todos que romperia o casulo, que haveria transformação. Todos riram dela, menos a borboleta.
(Poemas para tomar café)
No casulo, em aparente inatividade, a lagarta aguarda, enquanto está sendo transformada, para uma versão mais bela e valiosa de si mesma.
METAMORFOSE
Sem despertar nenhuma admiração
uma lagarta na sua carcaça,
é cativa desta situação,
cresce no exílio… o tempo não passa.
Nova manhã… num sussurro sonolento,
rompe o casulo… emerge fascinante
em borboleta. Nas asas do vento,
corta o ar com seu manto azul cintilante.
A borboleta com graça e magia,
Ao passar pelo aperto do casulo,
da sua história fez uma poesia.
1.º lugar no Concurso Literário da Academia de Letras dos Campos Gerais.
Para te transformares em borboleta,
a mudança tem que vir de dentro para fora,
caso contrário continuarás simples lagarta.
A lagarta vai crescer aqui dentro até ficar apertado demais. Todo esse ciclo se chama metamorfose. Ela vai precisar romper esse casulo. Mas só assim ela vai virar uma borboleta linda e pronta pra voar.
"Cada estranha e rastejante Lagarta possui dentro de si uma qualidade de suma importância: O potencial de transformar-se em uma linda e exuberante Borboleta."
"Da mesma forma como uma Lagarta molda o casulo no qual fica reclusa antes de transformar-se em Borboleta, assim também são vocês mesmos que constroem e criam os acontecimentos de sua existência."
Nem sempre ela foi leve assim, soberana, em pleno vôo. Como toda borboleta, em um tempo anterior ao casulo, teve a sua fase de lagarta.
No passado
era uma lagarta,
rastejava no caos,
tinha migalhas
por sustento.
No presente,
descobriu a si mesma,
se alimenta de sonhos,
e sabe que é capaz de voar.
No futuro,
deixará o casulo,
seguira carreira solo
ou na melhor companhia,
porque borboleta
nasceu pro voar.
Amar é apostar na lagarta, ainda que ela esteja em sua fase de destruição.
Amar é acreditar na metamorfose do ser.
Ela é semelhante a uma arte de van Gogh que pra ser apreciada de verdade, é necessário ter bastante atenção e, em nenhum momento, subestimá-la, pois foi moldada por várias fases da vida, sendo assim, possui várias camadas e, hoje, também pode ser comparada a uma borboleta que não voltará a ser lagarta, já que, mesmo tendo a doçura e entusiasmo de uma menina, possui a esperteza e a veemência de uma mulher, portanto, permiti a vivência com várias vidas em único ser.
Era uma Abelhinha tão belinha
que pediu a Deus o que não tinha:
- Quero uma flor e uma amiguinha!
- Quero uma rosa e uma borboletinha!
Deus - que não era nenhum Papai Noel,
que realiza sonhos e desejos a granel -
Deus, que sabe de onde vem o mel,
deu para a Abelinha... espaço no céu.
Acostumada a voar com o pensamento
a Abelhinha se deixou levar pelo vento
aproveitando aquele doce momento:
- Se a felicidade não existe eu invento!
Deus gostou do que ouviu e fez um teste.
- No cacto e na lagarta a cor se manifeste,
entre espinhos a delicadeza mais rupeste
e a flor voe até a mais alta folha do cipreste!
Chamou a Abelhinha e deu o seu presente.
Que vendo a lagarta e o cacto tão contentes
sentiu pela primeira vez uma felicidade latente:
- O amor que a gente sente é amor diferente!
"Quem ama o feio leva cada susto" disse Millôr.
A abelhinha gostar da lagarta e do cacto não é pior
do que fazer do gato sapato ou espinho na flor?
- Na lagarta ou no cacto o que nasceu foi o amor.
Ela estava no canteiro, de repente desapareceu.
Eis que ontem a encontro caminhando com seu casulo.
Hoje, descubro que escolheu outro lugar para sua metamorfose.