Julgamentos
Vagueando pelas Profundezas do Abismo dos Julgamentos, acabei descobrindo não haver Pecados mais Fáceis de Condenar do que os que Diferem dos Meus!
Eu sei quem sou eu, você não. Você sabe quem é você, eu não. Portanto, não façamos julgamentos, pois não sabemos a verdade um do outro.
Não se importem com os julgamentos exteriores, pois aqueles que julgam desta forma, julgam pelo que veem exteriornente. Porém vocês devem dar maior valor Aquele do qual tem a justiça e o juízo perfeito, e julga nosso interior, tanto quanto o nosso exterior.
Acho tão covarde ver pessoas que não precisam se esforçar para nada na vida, dar lição de moral em pessoas que elas julgam, desanimadas.
Quando for julgar alguém, passe primeiro em algumas portas que vai abrir para você fechar, como a porta da mentira, soberba, orgulho, ódio, ganancia, maldade, indiferença, avareza, mediocridade, inveja, preguiça...
Se passou por elas e não trouxe mais nada disso contigo, ai será o exemplo e poderá até julgar os outros ... Se não... olha para sua própria imagem no espelho... cuidado... quando nos olhamos sem máscaras, corremos um grande risco de assustar com que enxergamos..
Mas, o único que cabe nos julgar é JESUS , que foi exemplo de amor e humildade e compaixão...
Mais amor menos julgamento por favor.
O que de bom a teu respeito eu disse é de merecimento teu e não um agrado meu... Ao ponto que para dentro de ti olhares, perceberás que fui tão mais perspicaz do que propriamente carinhoso.
"Escolher é difícil, porém as dores da omissão são maiores.
Decida viver com a consciência tranquila de quem enfrenta com coragem o julgamento público de suas escolhas.
Isso tem valor e mérito independente dos resultados, acredite."
Só Deus te conhece e ainda assim, te ama...
Somos julgados por tudo...
Pela roupa que vestimos,
Pelo modo de andar,
Pelo falar,
Por padrôes proprios,
Pré estabelecido por quem?
Não tentam nos conhecer e julgam por aquilo,
Que imaginam que sejamos...
Deixa eu te contar uma coisa...
Somente o Senhor,
Te conhece por dentro e por fora....
Sonda teu coração,
Esquadrinha sua mente,
Porque nada fica oculto na sua presença.
O mundo te julga por aparência,
Por aquilo que olham no exterior...
Mais Deus, olha dentro de você e enxerga o que ninguém vê...
Te chama de jóia preciosa...
Como a menina dos olhos de dele,
O mundo pode não te dar valor,
Mais Deus reconhece o seu valor,
E pra Ele, você é de um valor incalculável.
Tanto, que Ele deu o seu único Filho...por você...
Então,
Quando o mundo te julgar, apenas pense:
Quem me deu a vida,
Me acha uma raridade,
Uma jóia preciosa de valor incalculável.
E somente Ele,
Apenas ele me conhece de dentro pra fora,
Todas as minhas qualidades e defeitos, Todas as minhas falhas e ainda assim, continua me amando.
Então....!
Pense....nisso....!
Nos tornamos doentes emocionais porque se olhar no espelho e saber que muitas vezes somos nós os culpados, dói. E assim, vestimos uma "toga" e saímos a julgar tudo e a todos.
Eu erro
Tu erras
Ele/Ela erra
Nós erramos
Vós errais
Eles/Elas erram
Isso é fato.
Procuramos culpados por nossa infelicidade emocional.
Posso te dizer?
Hoje é um bom dia para começar a mudança.
Primeiro, se olhando no espelho e reconhecendo as próprias falhas.
Segundo, reconhecendo os próprios erros.
Terceiro, cuidando com as palavras, gestos e ações pois, para toda a ação existe uma reação e isso é fato e não será mudado por simplesmente eu querer ou você querer. É a lei natural do universo.
O motivo porque somos, o motivo porque estamos, tem seus próprios motivos.
Não podemos permitir que as nossas percepções façam julgamentos.
É preciso transformar a violência que está em nós. Antes de fazer grandes discursos contra a violência, é necessário aprender a transformá-la em si mesmo. Muitas vezes, são os nossos pensamentos que são violentos, nossos julgamentos. E é um longo caminho aprender a doçura.
Passageiro de nossas vidas...
Como é difícil e torna-se complicado muitas vezes a convivência com pessoas que fazem parte ou que chegam em nossas vidas.
Cada um com seus problemas, seus traumas, suas neuras, e em muitas situações a forma de pensar diferente do que estamos acostumados. Vidas entrelaçadas, mas tão diferentes entre si.
Onde o maior desafio é entender e compreender o real significado de convivência e harmonia. Sendo em muitos casos uma tarefa árdua de ser executada.
A bagagem que cada um de nós traz consigo muitas vezes define o que sentimos, o que fazemos e como agimos para viver em comunidade com outras pessoas.
Não há como escapar de situações que por não haver compreensão ou entendimento gere muitas vezes mal entendidos ou opiniões e julgamentos errôneos.
Pessoas que chegam e outras que vão sempre trazendo ou levando alguma coisa de nós, em todos os sentidos. Sentimentos, emoções vividas, pensamentos. Algumas tornam-se saudades que fazem bem, outras apenas um sentimento de que nem tanto valeu a pena. Mas cumpriram seu papel em um plano maior que nem conhecemos sobre nossas vidas.
Como entendemos tudo isso...? Cada um em sua forma de pensar deve procurar entender e principalmente ter o discernimento de compreender que também somos passageiros em muitas vidas, sendo com isso ferramentas para o crescimento (ou não) de suas existências.
Somos falhos e muitas vezes cobramos injustamente atitudes, opiniões e até a forma de agir de quem passa por nossa vida. Onde o meu ponto de vista é o certo, o do outro ou tem de ser igual ou está errado. Faltando humildade em reconhecer que nada sabemos. Tudo é aprendizagem esta vida.
Que tenhamos em mente que nada somos sem estás pessoas há nossa volta, quem veio pra ficar seja acolhido e quem passou e foi, que seja visto como um aprendizado para a vida toda.
Marcelo Martins
Não te permitas ser julgado, senão pela figura que encontras em teu espelho. Mas cuide para que esta não te condene.
Não me condicione a olhares unilaterais, exceto, se servirem de reflexos para os mesmos que os lançam.
A efemeridade do julgar
Manhã fria que aos poucos se aquece. Como de rotina metrô cheio. Pessoas com histórias, idades, gostos, estilos... enfim, a diversidade que há numa metrópole. Os que conseguem viajar sentados: livros nas mãos, jogos, trabalhos, pastas e um estilo próprio que toca aos seus ouvidos, hora suave, hora gritante, assim é a manhã de um paulistano.
De repente as portas se abrem, uma senhora entra...olhos amedrontados, corpo encurvado e as pernas ansiosas por um assento... ninguém levanta e nem a percebem; os sentados fecham os olhos e a ela menosprezam...ela procura o banco azul em tom claro. Logo avista uma moça, sentada no banco em que ela se enquadraria. Moça elegante e sorridente, traços de pouco sofrimento e um meigo olhar para a senhora que ali permanecia.
Um senhor já grisalho, ao ver tamanha frieza logo exclama: "já que os jovens não se levantam...assenta neste banco minha senhora...". A moça ergue a cabeça e avista os olhares de reprovação. Sorriu e novamente a seu livro se fixou. E na longa trajetória a ela todos olhavam...
Na penúltima estação um jovem rapaz se aproxima, com duas muletas e pernas saudáveis. O Rapaz elegante da moça se aproxima, e a entrega seu apoio e as muletas que nas mãos trazia. Todos pasmos. Quem diria? Aquela meiga moça uma de suas perna já não possuía...
O Último Toque
Capela entreaberta, credência posta, ambão entornado em verde e o lecionário aberto! Liturgia em tempo comum e a rotina diária de um grande hospital com sua complexidade: muitos doentes, familiares em oração, religiosas preparando a celebração, o terço deslizando nas mãos com petições e meu violão ao lado, esperando o momento certo de ser tangido.
O sacerdote se aproxima. Uma religiosa se levanta para acender as velas e enunciar o primeiro comentário da celebração e suas intenções. Pego meu violão e já anseio pela penúltima melodia, a única que consigo enternecer com facilidade. Ainda estou aprendendo!
A celebração se inicia. Durante a procissão de entrada, sinto que alguém fixou os olhos em minhas mãos. Pergunto-me: “será que estou tocando errado?”. A celebração prosseguia e o olhar daquele moço continuara inarredável. E aos poucos o jovem rapaz de banco em banco se aproximara lentamente.
Fiquei pormenorizando cada passo de sua aproximação. Já estava no ofertório, momento de entrega e concentração, quando vem ao em minha direção com um pedido insólito: “Por gentileza, posso tocar a música da comunhão?”. Logo me enraiveci. Era a minha música preferida! Levantei-me e fui ao encontro da religiosa responsável no intuito da não aceitação desse pedido esquivo. A irmã, já anciã, com o olhar compenetrado disse-me: “Deixe-o tocar!”.
A missa prosseguiu. Momento eucarístico. Enciumadamente, entrego-o meu violão. Para nossa surpresa, ele tocara maravilhosamente cada nota, numa harmonia que chegara ao coração. Mãos que tocavam divinamente e olhos em lágrimas que não pareciam ter fim. Questionei-me tamanha emoção, mas senti que vinha consigo uma dor inexplicável. Terminando aquele momento rico e divino, devolveu-me o violão com um sorriso satisfeito, porém senti que ainda havia uma dor imensurável naquele olha.
Após a benção final, como de costume, comecei a guardar os instrumentos musicais. Aquele moço que me surpreendera já havia se retirado. A religiosa anciã veio-me ao encontro e disse-me algo que jamais esquecerei: “sabe aquele moço que lhe pediu o violão? Eu permiti com que ele tocasse e vivesse aquele momento único, pois seria seu último toque”. Perplexo a questionei sobre o estranho “último toque”. Ela olhou-me, já lacrimejando, respondeu-me: “Nesse momento, ele está dirigindo-se ao centro cirúrgico e amputará o braço direito. Esse foi o seu “último toque””.
Se sabes quem sou eu, então me conte porque eu mesmo não sei, mas... Não me peças para dizer quem és tu pois, também não o sabereis.
Vou defender com unhas e dentes coisas que eu sei que não estão certas e justas, justo porque e pelo que sou, porque vivo na pele. (29/01/2018)