Janela
Solitária janela
Aquartelei minha alma a eternidade.
Escrevi o amor nas arestas do coração.
Em perene partida semeei o adeus
num pedaço de chão.
Ah! Quanta saudade.
Olho para trás aquela solitária janela.
Triste e abandonada.
Espelho das horas quietas.
Lenta a vida carrega.
Acendo o tênue pavio em espera.
Trafega, navega nos meus desertos e mares.
De carona na vida
ilha-me os sentimentos tragados.
Jogue tudo pela janela!
Deixe tudo para trás.
Se arrisque, aposte!
Se iluda, fique no chão.
Quando se levantar,
Jamais cometerá os mesmos enganos!
“A decadência de um poeta”
Hoje ao acordar abri minha já combalida janela e fui observar o belo campo florido que avistava todos os dias ao pé da colina, ao invés disto percebi que agora meus olhos me mostravam apenas flores e nada mais sentia.
Meu velho tic-tac deixou de ser melodioso; sem minutos esperar o café que fui tomar passou a ser insidioso.
Minhas rimas já não são profundas, não consiguo mais sonhar, fértil loucura, e meu sono é incapaz de te encantar.
Ontem á noite percebi minha mente querendo descansar, o pequeno girassol fora arrancado, morta a candura; a lua se escondeu, as estrelas se envergonharam, o seu canto também emudeceu, a brisa não me trouxe nada, de fato, tudo se perdeu.
Quero abrir os olhos e ver que minha arte não foi embora junto da florada, pedir o fim desta heresia...
Como um raio de sol em cada amanhecer, espero tua presença em minha janela, me acordado com teu brilho, com tua luz, que como uma fortaleza, me deixa todos os dias em pé a te esperar.
Amor, veja bem, o Sol entrou pela janela e invadiu os móveis.
Consegues perceber que hoje não há esperanças?
Amor, o dia está no começo e estes olhos já insistem em se fechar.
Não há vazão, nem ao menos razão para esses olhos tais que nada querem enchergar de luz..
Preste atenção, Amor, ficarei de cama hoje como se o Sol não houvesse aparecido em meu quarto, enquanto você se perde de mim nos primeiros segundos de um novo dia.
Janela de Domingo.
Um blues pra dançar contigo num passo lento
quero ver tua postura.
Voar nesses teus olhos cor-de-céu
quero ir sem medir altura.
Ontem a noite fiquei olhando para a janela e cada estrela na qual eu via era um pouco do meu amor por vc,só por que teve um problema,vc sabe qual? faltou estrelas no céu aquela noite...
=D =X =S =O
Abre a janela agora, deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior
que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim
que eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugar
e agora esta de bem...
(" Los Hermanos")
Agora o cantar daquele olhar
que passa pela fresta da janela
Sacode paredes e derruba ventos
que Batem
Batem
E outra vez
batem
Os olhos se fecham
Para a tempestade que lá fora
Sonha em ver o interior
D’Alma que foi levada e espalhada
Pelo ar da última respiração Noturna
Meu amor
Meu bem volte, volte
Se você voltar e o sol bater numa janela
Se você voltar e as sombras forem embora
Haverá sempre um claro de você
Volte eu espero
Ainda há lugar pro nosso amor
Ainda encontro em nossas mãos
E luz intensa de brilhar pelos caminhos
Volte, volte eu espero
Iremos a praia
E até a areia escreverá seu nome
E não diremos nada nem nada
O mar é grande e bom
E o meu amor maior
Mil noites frias estivemos sós
Você distante e eu perto de mim
Mil anos juntos amaremos
Sei que o céu que nos mandou as vidas
Pediram a mim um bom beijo seu
Volte eu espero
Vamos embora, embora em busca de nós
Vamos sair para o nosso amor
E quando ele chegar só Deus coisa melhor a de nos dar
Meu amor,
Meu bem volte, volte , volte...
Eu espero...
Esses dias eu me lembrei daquela tarde
Pela janela o sol batia nas folhas daquela árvore
Minha cabeça tranquila
Sem nada demais na mente
E você aparecendo me cumprimentou
Lá estávamos nós brigando sem ao menos nos conhecer
E eu pensando quem é essa desconhecida metida
Eu achando que estava desagradando totalmente
E nos outros dias você aparecendo me cumprimentou
Jota Cê
-
A NATUREZA DAS COISAS
A janela para a vida abriu-se de uma vez por todas.
E está sobre ela, a paisagem que brilha
e resplandece em sua tamanha presença.
Mostrando sua beleza.
Fazendo-se presente.
Incontestável!
Nítida!
Nesta hora o instante é maior que tudo.
Pleno em sua forma de ser:
Majestoso e milagroso,
ao visualizar esta mesma natureza,
agora habitada em mim,pois foi capturada pelos meus olhos!
A natureza tem dessas coisas…
Tem o seu ar de presença de quem sabe enxergar. De ver o belo que em si mesmo reside.
Tendo o silêncio habitual de uma paisagem,
que, fala através daquilo que mostra,
sem ao menos precisar das palavras,
apenas da contemplação!
Luiza Ricotta
Mas se você não está aqui
Viver no dia em que o sol não sai
O sol radiante entra na janela fria
O sol esquenta a minha alma
O frio se esconde dentro de um ser
No dia em que ele não sai o frio entra e diz que dali não posso sair
Já é inverno e não vejo o sol há muito tempo, não vejo seu sorriso, não vejo o seu olhar.
Já faz tempo que não estou ao seu lado
Já faz tempo que não vejo você rir
Ando na rua vejo casais apaixonados se beijando, vejo as rosas que nunca tive.
Escuto a canção que para mim foi feita, escuto sua voz, escuto o silencio do seu interior querendo dizer que me ama.
O inverno chegou trouxe a cor gelada, tirou meu chão, meu ar, meu sol.
O inverno chegou tirando tudo que me resto
Se você não está aqui o frio me engole, o frio me traz o medo, o calor eu não sinto.
Mas se aqui você está o inverno se torna quente, as flores do inverno se abrem e me traz o perfume de amar.
Mas se você aqui não esta só o que me resta é tentar sorrir sem deixar a lagrima escorrer.
Dê uma olhada para fora da sua janela. Você já viu nas praças da sua cidade monumentos erguidos em homenagem a uma sala de reunião? Não. Geralmente você encontra um busto. Pois esse solitário foi aquele que tomou a decisão.
Abra a janela do teu coração e deixe a alma respirar.
Deixe a luz inundar e apagar as marcas da decepção, as tristezas das derrotas, o vício de sofrer.
Permita que o sol derreta o gelo da solidão.
Esbanje sorrisos e sonhos, ninguém sonha em vão.
"Janelas "
Disseram-me das rosas que caíam no chão.
Concordo quando achas a janela mais bela aberta.
Supondo sempre que há mais beleza lá fora,
e redescubrindo o Sol ardente lá e aqui:
aqui, dentro de si.
Sonhar as brincadeiras, as inspirações, as lembranças
e a presença da natureza lúdica.
Descobrir que as rosas caem pela sua própria consciência,
a de nascer, morrer e renascer,
num eterno ciclo.
Porém, de uma janela fehada,
Sei bem de uma eterna frieza.
Não existem rosas para cair em pensamento,
nem um brilho de luar de infância.
E se eternamente no escuro,
Não há quem viva além da palidez de sua pele
e do reflexo de seu espelho.
O relógio pára. Os retratos amarelam.
A dor cresce. A idade consome.
Mas confio naquela velha chave,
que espero não ter enferrujado.
Ela está pronta para abrir a porta
e revelar o seu mundo.
Se a porta se abre,
o coração lembra do valor de uma janela.
tentando mais uma vez as asas em desesperado vôo,mariposas cegas contra os arames da janela.Qualquer coisa ...Qualquer coisa por um prise de luz
Um momento de chuva
Caio sobre as casas, e em uma janela de luz fraca a vi. encolhida em um canto apagado, os olhos perdidos que jamais esqueci. Conheci sua história, suas dores e suas alegrias, por ela me apaixonei. Tristeza na noite, sua intensidade de sentir me tornou mais calmo para o seu coração ouvir... Escutei suas lamentações, suas canções no escuro, sua imensidão de medo, eu quis lhe dizer, menina, isso tudo é só a vida, algo que sempre vai acontecer...
Seu corpo tremia e eu quis lhe dizer, que se eu não fosse tão fria poderia tentar lhe aquecer. Ouvi os estrondos de minha fúria, raios brilhantes chocaram seus ouvidos frágeis, abraçava-se ainda mais.
Eu quis lhe dizer, menina, essa dor logo passa... Somente tenhas força para continuar!
Logo me vi passando, a tempestade estava prestes a acabar, me enchi de um pouco de sua dor, jamais a veria... Teria em meus sonhos a lembrança de sua imagem vazia. Gritei o mais alto que consegui, o som da fúria, abraçou teu corpo pequeno e tremulo mais uma vez, encolhendo-se.
Menina, eu caí numa pétala de flor pequena, que desabrocha como sua esperança de reviver.
Abra seus olhos, menina, pois eu adoraria saber a cor dos teus olhos, tamanha é minha dor, pois sou chuva, sou forte, mas não sou maior que minha dor.
Minha única verdade é que espero pelo dia em que em teu rosto minhas gotas irão tocar. Minha única lembrança é a noite fria em que te vi chorar, linda menina, que em tão poucos segundos me fez o momento mais feliz.
Olhando pela janela, vejo o sol incidindo
Derrama luz na estante, no relógio, na maçaneta
Na ampla sala vazia de cor
A mesa está posta
Toalha branca, límpida, ingênua
Pratos limpos, panos largos, pães, leite
Não há ninguém à mesa
Há o silêncio, o abandono, o não ser
Rastros invisíveis, sombras do vácuo
Tudo passa despercebido e nada é nunca lembrado
É a transmutação do tempo
A natureza sendo absorvida
para que minha sala nunca envelheça
Para que seja embriagada
no meu próprio passado
A pergunta involuntária sem resposta
Provei à cereja ácida
Provei a angústia do momento em que nasci
O início, o vazio, a quitina negra do ferrão
O ponto letárgico onde a alma encontra barreiras tão obscuras...
E não pude seguir adiante
Dissoluto no fundo da morte
encontrei teu viço jovem, infantil, puro
Entendi o que é a paz;
essa alegria distraída de viver
este sopro macio no campo
Um rubor na face macilenta
Um instante estúpido contigo
Eu esperarei por ti
na vida, na morte, na distância
No delírio da febre, na tristeza do pranto
nas noites frias, nas minhas pálpebras fechadas
Nas águas turvas do meu sono
Sufocado no escuro, enlaçado na calada
Sentei-me no chão ouvindo o ruído do nada
Do sangue ascórbico corroendo faminto
Do coração pulsando agudo por instinto
Nega-te o alimento, o sustento diário
[nega-te a vida
Acostuma teu nome ao sinistro obituário
Roga-te a praga, converte-te em semente
E da moléstia, forma-te o carpelo
de um mundo inconsolável e belo,
doses excessivas duma fome demente
E não há mais miséria na aguardente
Nem pudor nas faces coradas
Os braços rasgados de cercas farpadas
O grito à ânsia, o fruto à serpente