Janela
A sabiá no quintal
Canta na minha janela
Passa a manhã cantando
Sem machucar sua goela
Tentando me acordar
Pra ver se canto com ela.
Da minha janela…
Poderia falar das nuvens que com as suas cores e formatos diferentes, vão passando mudando a paisagem. Mas decidi falar das saudades que sinto da liberdade.
Não falo da liberdade de poder ir por aonde quero sem estar preocupado com o vírus que circula por aí ou em espalha-lo. Falo da liberdade de poder beijar a minha mãe, de tocar na pele das mãos macias ou secas, dos meus amigos ou das pessoas que alegremente quero conhecer. Nos dias de hoje, reflito no verdadeiro sentido do amor, ele nunca teve nas nossas conquistas financeiras ou intelectuais, porque neste momento de nada nos valem. O amor está nas pessoas, está num simples telefonema a perguntar como estás, num simples meme enviado pra alegrar-te, está em estarmos sentados com a nossa família sem a preocupação de amanhã termos que sair cedo pra trabalhar. Nestes dias a família ganha, porque quando as notícias da TV e as publicações nas redes sociais são sempre as mesma, resta-nos desligar-nos do que é material e colocar a nossa atenção no que essencial, as pessoas e como elas são e o que têm pra nos oferecer. Da minha janela, penso num futuro aonde daremos mais importância a liberdade de não estarmos sós.
'Um silêncio estranho na janela,
meu passarinho não apareceu para cantar.
Será que está cansado, triste ou chateado?
Não sei...
Em todo caso canto eu!
Para ele voltar...
PRA SER
Olho pra janela
Paira o silêncio
A calma, as nuvens
Meu coração pulsa
Meus olhos se acalmam
Minha mente descansa
É onde quero estar
Pra ser
E voltar a ser
O melhor que posso
Dentro da imensidão
Da desgraça que sou
E das desgraças do mundo
Um abraço hoje solitário,
Amanhã seu.
#POEIRA
Fim de noite...
De quem sou eu...
Um cigarro...a saideira...
Nem tão tonto...
Sem zueira...
Uma última catuaba...
Subir costurando...
Pela calçada...
Quando eu for...
Poeira no vento da madrugada...
De tudo serei um pouco...
E de pouco serei nada...
Sono chega de mansinho...
Saindo à francesa...
Devagarinho...
O tempo se encarrega de me cobrir...
Partirei só com a minha alma...
Tal qual como nasci...
Conversa demais...
Chega...
Não posso mais...
Que perfume é esse?
Que sinto agora...
Não condiz...
Com essa hora...
Homem cheiroso ...
Na madrugada...
Na hora vazia...
Balança tarda...
Já tô chato...
Melhor seguir um rastro...
Minha aldeia está morta..
Não se vê...
Nada nas sombras das casas...
Janela fechada não me protege da vida...
Em meu destino...
Esperança triste...
Me resta a saudade...
Linda assim...
Me entrego...
Menino sem medo...
Tudo vai ficar bem...
Seguir adiante...
Ave Maria...
Amém...
Olhar pela janela do décimo quinto andar
e ver todos os outros prédios calmos,
que tem sua beleza diferenciada
por quantidade em que o sol
consegue toca-los,
é bem diferente do que sair
e andar meio a multidão
que nunca para lá no chão,
e que não tem noção
o quanto as coisas são tão calmas
e assim permanecem
calmamente lindas lá de cima.
Céu de confeiteiro
uma fatia de céu
é dada
nesta noite de maio
quinhão que cabe ao homem
que da janela espera
a urbe apita
e o calor
se faz bruma e precipício
uma fatia de céu
é dada
aos amantes da varanda
quinhão que cabe ao amor
em tempos de luas magras
Reflexos
Quando observo por entre as janelas oq o amanhecer me faz ... Debruço meu coração no tempo ...
Lembro me de Ti, que ao tocar-me com suas palavras despontava a imensidão de silêncios calados de minha alma ...
Percebo que por medo deixei de sentir
Que por medo deixei de ouvir
Que por medo deixei ir ...
Volto quando o vazio me sufoca ... e assim deparei me q assim voltei mais uma vez pra mim ...
Soube que todo o tempo
Vc era meu espelho olhando para dentro do meu Eu ...
Estávamos o tempo todo aqui ... olhando um ao outro como um alguém ao lado ...
Vi dois reflexos em um nó no espelho ...
Percebi que vc é meu Eu calado
Onde vejo verdades q nunca imaginei sobre mim ...
Meu coração é o espaço que se ocupa de nós ...
Me ensine a lutar contra mim mesmo dentro do nosso peito ... sem morrer mais uma vez para mim .. ou viver sem ti
AutoriaPsicóloga Francinéia Fabrizzio
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ROSAS NA JANELA
Olho a rosa na janela,sonho um sonho pequenino,seu eu pudesse ser menino, eu roubava essa rosa e ofertava todo prosa à primeira namorada...
Não era só uma janela
Era uma janela com ela
Quase sem roupa, quase sem alma,
Quase suplicando
Vem...
Vem...
Vem...
Abra a janela, a porta, a casa inteira...
Porque estou chegando e nada mais ficará no escuro.
Abra os olhos, as pernas, a alma...
Porque estou entrando e nada mais será como antes.
Abra o sorriso, o coração, os braços...
Porque estou amando e nada mais é impossível.
Se eu soubesse que tu me queria
Tudo faria para te amar
Amor eu tenho para te dar
Quando eu passo e vejo ela debruçada na janela
Dá vontade de passar a mão nos cabelos dela
Tem varanda, podemos respirar um pouco mais, ver o verde, ver o céu, as estrelas, as coisas do mundo, mesmo que por um recorte na paisagem.