Janela
Suave vento que visita minha janela, que traz nas asas o cheiro da flor
Suave vento, encanto doce de pecado, que trás no olhar a pureza
Suave vento que espalha tristezas, que me trás ilusão, vem suave...
Vem vento, me traz os olhos daquele menino, o cheiro daquele rapaz.
Vem vento, leva para longe os desenganos, as saudades, a solidão...
Traz vento aquele beijo que eu desejo, abraços e sorrisos
Vento que percorre o meu corpo, que se deita em minha cama
Leva até onde puder, o mais longe...o vazio que mete medo
Leva as folhas secas do orvalho e traz ate mim as rosas do verão.
Traz o canto daquele pássaro, a voz de encanto daquele moço
Garoto de olhar perdido, de lembranças passadas, de momentos vividos.
Vem vento de magia, traz alegria aos dias meus, sonhos as madrugadas
Traz a sedução, a vontade, o tesão...traz aquela cor que me domina
Aquela voz que me fascina, seduz minha loucura...e me ganha.
Vento de olhar sereno, de perfume quente...traz as palavras que se calam
Traz a boca que desejo...traz aquele corpo e pele que me arrepiam,
Traz os passos, a presença...traz aquele homem menino, sapeca
Vem vento, ventania...traz versos, poesias, canções...melodias.
No vão debaixo da minha escada
Uma linda aranha fez sua morada
A luz do sol refletida na janela
Deixou à vista toda a teia dela
Feita com uma habilidade fascinante
Mostrando uma renda fina e brilhante...
Alguém pode me dizer sem brincadeira
O que faço com a estranha hospedeira?
mel - ((*_*))
Perdão, (des)culpas!! Ao fitar o espelho, uma janela se abre refletindo o inocente e o culpado abrigando a mesma alma.
- Luciana Libânio Diniz
Janela...
Gosto de ver o mar
através desta janela.
É daqui
que eu atravesso o oceano
e viajo ao redor do mundo
sem pressa para voltar.
Quando a noite me encontra,
costumo dormir sereno, imagino,
o burburinho das ondas
dedilhando em meu violão,
uma canção de ninar.
by/erotildes vittoria
Bela lua
A lua surgiu de manso e em soluço entrou pela janela;
abriu a fechadura da alma. Ao relento adormeceu.
Soterrou a desesperança quando o meu sol pousou em ti.
Uns olham para a janela e pensam como seria bom sair da rotina, já outros se levantam e vão para onde desejam estar.
Foi aquela dor quem me caçou, derradeiro amor em falsas juras me expurgou, pela vidraça da janela estilhaçada vejo os restos da minha paixão que relutou...
Uma das mais belas dádivas da vida é a oportunidade que tenho de abrir uma nova janela. Seja lá para fora para ouvir o canto dos pássaros, seja para o interior de mim mesma para reconhecer o solo fértil que carrego dentro da alma...!
Flores na janela...
Se tudo está errado,
nada parece bonito
e a vida, sempre triste,
coloque flores na janela
até o jardim voltar a florescer
para receber as borboletas
e os beija-flores,
a cada amanhecer.
by/erotildes vittoria
Se um dia for traído e
quiser se jogar pela janela,
lembre-se: você ganhou um
par de chifres e não um par
de asas!
à tarde o vento empurra a vela
Vejo o mar pela janela
Se à noite o vento apaga a vela
Mesmo assim, no escuro, és bela
Te vejo passando e pergunto
Meu Deus, o que foi que te trouxe?
Quisera fugir de presença tão doce
Quem sabe se ao menos
Tão bela não fosses
e quando não estás
vou pra janela
olhar as estrelas pulsando
teu nome e teu sorriso
brilham no Céu
de vez em quando
Lembranças que se acendem
e esperanças que se apagam
Qual lume, dos insetos
que à noite vagam
dá até pra sentir o perfume
que emana da tua presença
posso até parecer triste
sou mais feliz
que você pensa
Seu cheiro tua ausência compensa
e meus sentidos embriagam
embriagado então
grito baixinho
que é pra não acordar
minha tristeza adormecida
que existe por não poder
estar em você
nem na sua vida
e isso torna a minha
sem sentido
se cego e surdo
fosse eu, de fato
quem sabe a sorte permitisse
ver-te bela
pelo tato.
BOM DIA MEUS BONS AMIGOS!!!
Hoje o sol nos despertou mais cedo
Entrou pelas frestas da janela todo faceiro
Veio logo anunciando sem medo
Que o dia todo iria ser nosso companheiro...
mel - ((*_*))
Vento
Ontem um vento bobo
Entrou pela janela,
Derrubou meu enfeite de vidro,
E o fez ficar em cacos.
Eu também fiquei como os pedacinhos
Perdidos pelo chão
Não era porque era meu enfeite favorito,
Não era por ter que juntar os vidros,
Não era por ter que varrer o piso,
Ou me ver assim,
Prostrada, com as mãos no chão.
Foi porque eu deixei a janela aberta,
Porque quis deixar algumas brechas,
E esqueci-me do enfeite no balcão.
Mas hoje, depois que juntei os cacos,
Resolvi a janela não abrir.
Ainda não sou capaz,
De deixar algumas brechas,
De juntar os cacos que surgem,
De aceitar que os vidros quebram,
De saber sentir o vento.
E olhando meu reflexo
No espelho trincado do banheiro,
Vejo que sou como aquele enfeite quebrado
Que o vento derrubou.
Despedaçada, desfigurada, desfeita,
Incapaz de me recompor.
Não sei o que enfeite sentiu
Quando se quebrou.
E o que senti? Também não sei...
Quando o vento me atingiu?
Não recordo, mas me ajoelho
E fico em prantos.
Não por estar quebrada,
Não por estar desfigurada.
Mas porque me lembrei
Da janela que abri,
Do vento que deixei entrar,
E que quis me destruir.
Foi no dia em que ela observou a entrada do vento pela janela e que com ímpeto ele tudo derrubava, na ficava em seu lugar e por um momento houve desordem. Ela também percebeu que só o que não tinha peso pode ser carregado. Então ela acreditou que não seria tão mal assim uma dessas ventanias na vida e no coração.
As provocações precisam de ar puro, não podem ficar presas dentro da gente. É preciso abrir a janela e fechar as cortinas para que elas não aproveitem o embalo do ar e voltem para nos atormentar e nos fazer remoer o que passou. Não é possível debater tudo, rebater qualquer tipo de pseudoprovocação. O mais inteligente não é o que reage e vomita tudo o que pensa. Inteligente é aquele que fecha a cortina e ainda coloca um vasinho de flor no parapeito da janela. Dar a última palavra é para os fracos, que precisam se auto-afirmar e dizer a todo instante o quanto são os bons. Mas só deixando o silêncio entrar é que mostramos o quanto somos fortes.
Vida de Lembranças
Eu não olho mais pela janela, não te vejo mais passando na rua de terra, em tua bicicleta de cestinha, levando o pão pra sua mãezinha. Hoje tudo mudou, nada é mais tão simples, quando tenho um segundo do meu tempo olho de soslaio a imensidão da cidade grande pela janela, não vejo mais aquela simplicidade, porque tudo é grande, tudo é cheio de pessoas retraídas, é algo complexo, impossível de tentar entender. Antes tudo era tão simples, o de mais imenso que podia se imaginar naquela época era o céu e seus deuses, as estrelas e seus mundos, os seres inteligentes de outros planetas com suas lendas. Mas também se tinha a temerosa floresta de árvores grandes e altas, uma perto da outra como se fizessem companhia, alem de seus frutos e animais encantados e seres magníficos, que hoje nunca mais os vi, pois o verde ficou cinza e o mistério e delicadeza se transformaram em maquinas brutas e barulhentas, grandes e sem sentindo.
E tu se tornaste só mais uma lembrança, pobres lembranças de um tempo que parece ser antigo, num momento retrasado, atrasado e simples, numa época de alegria, mas isso tudo se transformou em passado, se transformou em pó. O pó que cobre meus moveis e meu piano caro, o mesmo pó que esfarela os meus próprios livros, que já perderam a muito sua verdadeira estirpe.
Seria medíocre pedir pra voltar ao começo de toda essa historia? Reviver toda a fome e sede novamente? Ver de perto toda a miséria e a podridão dos homens mais uma vez? Mas olhar-te da janela todo santo dia? Pois então, uma verdadeira paixão pode ser coberta pelo pó, ser esquecida e amarelar de tal forma que ninguém pode mais tocá-la?
Minhas miseráveis duvidas me consome aos poucos, como se o fim chegasse cada vez mais próximo e mais perto do que já esta, pois me questiono todo dia e minha resposta sempre é a mesma covardia de sempre; sei muito bem o que posso, tudo está ao meu alcance nessa nova etapa da minha vida, mas tenho que assumir meu medo do tal tudo, medo da resposta que posso receber se um dia eu voltar a olhar para os teus grande olhos negros, como naquela minha ultima tarde de verdade: minhas malas já estavam prontas ao lado do banco em que me sentava na varanda de casa, o sol morno brilhava e tocava minha pele, o céu azul cintilava lindamente e as flores coloridas desabrochavam, quando senti o pesar do teu olhar em mim e pude ver a rispidez e no fundo a quente paixão que ali ainda podia se esconder, não tive tempo de retribuir o olhar, nem mesmo tentei uma suplica de desculpa com a boca...
Não saberia o que dizer a ti se tentasse se despedir, nunca soube em momento algum; poderíamos de novo e somente isso ter a mesma companhia mútua pela ultima vez, ver o teu olhar brando que tu tinhas pra mim e não o teu furor ou receio. Nada mais que a simplicidade da paz que se tinha entre nós, entre nossos abraços desajeitados, entre nossos beijos improvisados, nos nossos anseios e nos sorrisos envergonhados e descontraídos; tudo que ainda peço é um pouco dessa paz, mas tudo que recebo é o silencio da vida, o meu silencio e isso me sufoca inquietantemente.
-Isabela Leite
Personagens do amor.
Chega madrugada.
Vento bate na janela,
como um despertador
para um novo espetáculo.
Somos personagens
nessa trama de amor.
Vestimos fantasias
nesse mundo de magia.
Nossos corpos encenam
sem fala, sem texto
respondendo a estímulos
cinco sentidos no contexto.
Damos voltas no palco
com mudança de cenário.
Somos artistas de um
amor imaginário
Entre carícias saciadas
recebemos aplausos.
Nossos corpos agradecem
Com almas inebriadas.
Fátima Lima
Olhos...
Os olhos,
são a expressão da alma
que deixa uma janela aberta
para visitar o corpo
e deixá-lo saber
que sempre
poderá entrar
quando desejar silenciar
e aquietar o coração.
by/erotildes vittória
A janela
Eu posso ver as luzes da cidade
As almas que vagam penosas por lealdade
A lua que quase passa despercebida
E a rua que dá mil voltas sem saída.
Eu vejo a vida da minha janela
Procura e acha mais do que procura como Anabela
Daquele livro, daquela autora.
Do parapeito da cortina bem feitora.
O chão daqui é tão convidativo
A viagem por um desejo impulsivo
Visto assim que até então controlável
Como a luz latente da janela inviolável.