Introspecção
"As emoções são passageiras. O que fica são as memórias que revivem ou não este sentimento, a escolha é sua."
Suspiro profundo e olho pro céu e aí observo o pássaro que parece ser cúmplice dessa minha introspecção e parece dizer-me que as vezes no silêncio também se vive...
..."A inspiração nada mais é do que a empatia e a interação da alma com a vida. Na verdade, a inspiração é a forma de poder enxergar as coisas, não com os olhos, mas com a sensibilidade da alma e trocá-las em miúdos, para assim poder chamá-las de verdade e verdade não se cria e nem se inventa, se pede emprestado."... Ricardo Fischer
Você é quem escolhe o que absorver, pensar e expressar, fatos exteriores não tem o poder de mudar essas escolhas.
(...) O que me faz ficar distante de pessoas bi persona, bi caráter e temperamento questionável é a forma de ser Dedy Dú Alecrim.
"A verdadeira riqueza está no simples ato de viver o agora, sem pressa de chegar, mas com a coragem de simplesmente ser."
Aproveitar o dia, para mim, é perceber que já faço parte de tudo o que existe. Não há necessidade de correr atrás do extraordinário quando o simples respirar já contém todo o milagre.
Sinto que viver o instante me revela que nada realmente falta. Tudo o que procuro já está presente, como o sol, que não precisa ser visto para existir — basta estar, tal como eu, que encontro luz ao olhar para dentro.
Não faz sentido inquietar-me com o amanhã, que sempre chega ao seu próprio ritmo. O que tenho agora é este momento, um fragmento de infinito que o tempo não consegue roubar.
Ao caminhar, percebo que não sou eu quem molda o caminho, mas o caminho que me molda. A pressa de chegar perde o sentido quando entendo que o próprio andar já carrega o destino.
Sonhar é algo que me move, mas viver — viver de verdade — é mais profundo. Os sonhos que me ancoram no presente são os que realmente transformam. A realidade, muitas vezes maior do que imagino, surpreende com maravilhas que nenhum desejo consegue prever.
Talvez o que me falte, no fundo, seja apenas a coragem de ser. O resto? É confiar que o universo sabe o que faz.
Muitas vezes pego-me a observar-me, como se fora um outro, um terceiro, até mesmo um fantasma assombrando a si próprio. É um sentimento estranho, outro dia, enquanto conversava com uma amiga sobre nossas experiências sexuais, eu não parava de me perguntar internamente o porquê de estar fazendo aquelas escolhas de palavras, não seria as palavras que eu falaria se eu fosse realmente eu. Não é estranho esses momentos em que percebemos que deixamos de ser.
Ali, de repente, fui tomado por um outro, a quem fui observando de longe, um outro que eu não conhecia, mas que ainda acho ser eu em algum espectro, alguma nuance. Um eu reprimido.
Outras vezes que percebo esse fenômeno é quando me apaixono por alguém, abandono-me fácil de mais. Meu espirito sóbrio foge do meu corpo, como em uma espécie de projeção astral. Mas meu corpo não fica oco, logo trata de si preencher e penso, falo e ajo de um jeito absurdo, clamando pela atenção de estranhos. Por isso não gosto muito de mim quando me apaixono e isso tem acontecido com certa frequência, digo que conheci um menino na segunda e na sexta não paro de pensar na nuca de um outro. É repugnante me assistir agindo dessa maneira, se apaixonando por puro tédio e se convencendo de que esses sentimentos são reais. E chega a ser patético me ver me humilhando assim.
Quem sabe esse não seja um problema a ser resolvido, tenho que aprender a conviver com essas versões espaçosas de mim.
(...) Quiseras eu voltar ao século XIX, e poder adentrar de forma "aliótrica" mas como um ser pensante no mundo dos pensadores tipo Kierkegaard, Dostoyevsky, Sartre e Nietzsche para poder entender o "existencialismo" não como um medíocre em crise existencial, em que encara os obstáculos, distrações, desespero, ansiedade, o absurdo, a alienação e o tédio como os diversos graus que a vida alcança em um estado gratificante baseado no momento que ela constitui, mas baseado em fatores internos e externos que ela chega, incluindo ai as consequências de toda nossa forma de viver...
Os outros veem em mim o que não consigo enxergar. É como não poder olhar diretamente para as próprias sobrancelhas, sendo necessário um espelho para enxergá-las. Essa é uma visão restrita da situação.
Porém, sob uma ótica ampla, aberta, séria, responsável, é possível enxergar a si mesmo quando se assume o desejo de conhecer a si mesmo, sem subterfúgios para evitar o constrangimento do autoconhecimento que revela a miserabilidade do ser.
(...) O despertar para viver a vida de forma intensa, é aproveitar as silhuetas da tempestade empurrando a chuva e você no meio a bailar como se fosse a vida sendo uma brincante contigo... 😆😆😆😆😆😆😆😆
(...) Há muitas coisas que tenho curiosidade, porém uma única não me interessa, saber a última vez que farei algo...
O pôr do sol é sem resquício de dúvidas a parte mais mágica do dia, permito receber as bençãos da aurora, me agarrando a esperança de dias melhores, que assim como sol, que tem hora para partir, sempre me dirá um "até logo", pois breve voltará a nascer, igualmente será a minha esperança. Esse é um milagre da criação ofuscado pela cegueira da vida banal, entretanto, me alegra saber que tenho bons olhos. Chega a ser curioso, não é tarde, e nem tampouco, ainda, se fez noite! Mas é aquele pequeno e fantástico espaço entre ambos, suas cores únicas sem exagero de um clarão intenso, luz que não chega a ser ausente e nem permite que, tão cedo, presente se faça a escuridão. As suas cores são tons alegres de amarelo e laranja em todas as suas nuances existentes. O fim da tarde é a mais bela das despedidas, um adeus em aquarela cobrindo o azul convencional do céu, é aquele alivio de fim de jornada, é lavar a alma cansada com água fria, é beleza diária, que se faz rotineira e infelizmente é um espetáculo pouco admirado.
(...) Se é "triste a tristeza mendigar um sorriso" é desolador o que é notório se esconder da realidade...
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