Insano
Aníbal cartaginês
A força de um movimento controlado, baseado no desejo insano da vingança,
A confiança e o medo andando juntos sobre a imagem de um poderoso animal,
O ataque, o terror nos olhos dos inimigos frente a fera até então nunca vista antes e com fama de devoradora de homens,
Um general em cima de um Deus, a natureza em ação na forma de pecado,
O homem e a fera levado ao encantamento, levado ao fracasso.
Insano coração
Dizem
que o coração
é insano e aventureiro
é primitivo e não pensa
seus desejos
misteriosamente
desconhecem os limites
e não há grades nem algemas
suas escolhas
tem a consistência
de um sonho quimérico
e o peso do amor e da dor
seus caminhos
são bohemios, errantes
ele se embebeda do fictício
e se alimenta da esperança
ah o coração
ele é insano, eu sei
mas fazer o que, aprendi que
a vida é feita pro coração que vive
paixão, e.
Um amor implícito, um amor antigo, um amor insano e sofrido...
aqui estou eu, trancado no meu quarto, escrevendo para esquecer a solidão,
estou tomando um café amargo, para combinar com essa lassidão.
Dizem que sofrer faz parte da vida, dizem que nos fazem crescer... E acabo ficando mais forte sem perceber. Queria ainda ser pequeno, com uma mente plena, queria não ter um coração partido, em um lugar onde não tem curativo, queria não ter esses anseios, queria ouvir músicas antigas e não pensar em alguém, esses são os meus desejos!
Na noite de verão, olho pela varanda o céu estrelado...
Meu coração é como esta constelação, ele brilha, mas acaba perdendo a razão...
No apogeu de minha vilania,
apenas poderia proferir que era perfeito,
insano e macabro,
ver lágrimas jorrarem,
olhos inchados de desgosto.
Amores
Amor te entende,
Que mesmo insano,
Não está doente.
Amor estranho,
Que remete a superação,
Me deixa sem chão,
Diante desta redenção.
Amor que me fadiga
E agita meu coração,
Não sei se é batida ou decepção.
Amor quando verdadeiro,
Sem paixão,
Com o tempo envelheceu,
E se tornou irmão.
Amor de uma só unidade
Plural nunca se torna a ser,
Triste quem vive este amor,
Sozinha sempre há de viver.
Amor...
modernos amores...em tempo
piu
.....os tempos
....modernos foram
...virtuais tornardos são
..insanos atemporalizados
.finitos enquanto eternos
.mas, e amores
..nem amordenados nem ultrapassados
...tem sabor tem veneno
....partem de que valores
.....em tempo...modernos amores
O mordomo.
A mercê das suas ordens.
Louco beijo...
Insano desejo....
Aqui nesse poema...
Não são palavras apenas...
Na meia dose do tema...
Te ponho como única...
És o meu lema...
Imagino-te na dose inteira da minha ilusão...
Ja que uma vez...
Apartada ao meio causas tudo isso...
Fogo que abrasa...
Desse doce sentimento engasgado...
Desengasga e vou te cusando orgasmos...
Me arranho nas tuas unhas afiadas...
Sua boca me pede...
Como mordomo do amor..
Fico a mercê as suas ordens...
Risca-me os lábios com tua fome enlouquecida...
Tome-me pra ti com seu olhar sedento...
Salivas sobre mim com teu néctar...
Umedece nossos lençóis...
Enroscando e lambuzando os cachos de seus caracóis...
Prende meu pensamento em ti...
Morda-me como louca...
Intensa fantasia em chamas...
Bandida provocadora...
Devora logo...
Esse Poeta que Voa....
Autor Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Às vezes agir com medo é insano, mas é desta insanidade que a vida precisa! Não tenha medo que as coisas deem erradas!
"insano"
deveras sóbrio
nada quase louco
tenho certeza que fui preso pela carência
tal evidência me levou a ser cego
na cadência de realidade
o amor que não trás dor
o sufoco de não sentir calor
eu reconheço que tudo teve um começo
e que não me pareço com quem fui a pouco tempo
não teve um caminho
nem fui seguido pelo meu pensamento mesquinho
até então achei que tinha tentado
nem sempre foi o bastante e pelo contrário
julgar as palavras de tanto sábio
sem conhecimento pra gerar um contentamento
me recuso a tentar entender
somente deixo tudo acontecer
ciclo insano que me faz sofrer
e o sorriso que em mim se sobressai
ao dizer que não sonho
mas depois de aprender a caminhar imperfeito
a felicidade é a última que vai
sua arcada dentária se torna seu maior tesouro
e o valor de pedir permissão
a sua êxtase de emoção
um controle
mesmo não guiando
nem controlando
seu sorriso é esse
sua mente é unicamente essa
e seu coração floresce uma intensa emoção
que só tu sabe
e observadores reparam
mas sua infinita bondade de ser
sua mente linda em explosão
são todos parte
de você
sem alguma condição
só sempre vão estar ali
você querendo ou não.
Sua insanidade
Você é mais do que insano
Para mim tinhas conduta
Sei que o que há no teu silêncio é só injuria
Você está preso nesta armadura
Eu vi o que ninguém via
A flor vermelha brotando na mente
Usufruiu de um pensamento borbulhante
Não pode ver, não pode saber
Você imaginou tudo isso
Desapareceu com o que sei
Perdeu quando deixou sair o que é você
O seu oceano cheio de latas
Atravessou todo o caminho que eu montei
Olhou quando te olhei
Sem perceber o escudo que montei
Eu fui forte quando soube
Amadureci e nem percebi
Você apanhou dos seus princípios
Foi dilacerado e ficou intocável
Duvido se achar
O que você prega não vale mais do que uma cerveja
Freiou quando quis acelerar
Ficando só a me sonhar
Apedreje o último gole que sobrou no copo
Não posso levar esse suspiro que ficou no colo
Aquele pedaço de esperança
Desmontarei como desmonto minhas tranças
Aprendi a sobreviver
Deixar transparecer o que me faz sofrer
Através de um poema que posso escrever
Por um sonho dito insano, e por circunstancias do Destino,
embarquei em um avião da Lufthansa, e fui parar em Kinshasa-Congo,
após uma conexão em Dakar, para ir passear na África...
E foi bom demais...
Ósculos e amplexos,
Marcial
PASSEANDO PELA ÁFRICA
Marcial Salaverry
Lembro que em principios de 1969, decidi ir para o Congo, para tentar a chamada "melhoria de vida", além de realizar velhos sonhos. Consegui meu objetivo, pois saí da crise financeira que estava, além de realizar o velho sonho de explorar as selvas africanas, como Tarzan e Nyoka, e como lucro, vivi aventuras muito interessantes, viajando pelo interior do Congo, seja em um heroico jipe LandRover, seja em aviões mal equipados, pilotados por sabe Deus quem, sempre contando com o Dedo de Deus direcionando o caminho, pois sem a ajuda Dele, não estaria aqui contando nada...
Iniciando, vamos salientar que sem nenhuma sombra de dúvida a idéia de viver na África chega a ser assustadora, pois sempre fica a impressão dos filmes de Tarzan, do Fantasma, feras sedentas de sangue, antropófagos, e outras coisas mais, e com esses pensamentos soturnos, ao desembarcar no aeroporto de Dakar, fiquei com a nítida impressão de que meus piores temores se confirmavam. Cheguei à meia noite. Uma escuridão de meter medo e pelo caminho do aeroporto até a cidade passei por vielas escuras, cheia de tipos mal-encarados. Ao descer da perua, no hotel, assustei-me mais ainda, com o tamanho do senegalês que estava dormindo na portaria, cerca de 2 metros de altura e carrancudo, e isto me preocupou. Ao entrar no quarto para passar à noite, pois prosseguiria viagem no dia seguinte para Kinshasa-Congo, tomei um cuidado que se revelou ridículo pela manhã: - barricadei a porta do quarto com os móveis disponíveis, acreditando assim estar protegido talvez, de um possível ataque e só então após este exercício muscular e emocional me senti tranquilo o suficiente, para me deitar e passar a noite.
Tinha um dia livre em Dakar. A conexão para Kinshasa seria só no final da noite. Passeando pela cidade, vi que meus temores haviam sido ridículos, pois estava em uma cidade como qualquer outra do mundo, com os mesmos problemas que encontramos em qualquer grande cidade brasileira, cheia de gente circulando pelas ruas, carros em profusão, proporcionando um trânsito super caótico. A finalidade principal, dessa minha parada em Dakar, era conseguir o visto para desembarcar em Kinshasa, pois o Brasil não tinha relações diplomáticas com o Congo, e não havia nenhuma Embaixada, nem cá, nem lá... Sendo essa finalidade, dirigi-me à Embaixada do Congo. O funcionário, responsável pelos vistos, admirou-se profundamente de que um brasileiro desejasse ir ao Congo. Para acalmar sua desconfiança, determinou que um assessor me acompanhasse à Embaixada do Brasil, para que meu passaporte fosse autenticado como brasileiro de fato. Esta precaução se justificava porque, naquela época, havia muito trânsito de mercenários procurando os países africanos recém libertados, e que ainda apresentavam problemas, e o Congo era um destes, e era para lá que eu seguia. Muito romântico, sem sombra de dúvida. Dirimidas as dúvidas, só tive que tentar explicar ao Cônsul do Brasil, que espécie de doido era eu. Obtido o tal visto, preparei-me para a fase final da viagem: Destino Kinshasa. No desembarque, pude constatar que havia muita similaridade com as coisas do Brasil, pois, para liberação rápida de minha bagagem, bastou uma gorgetinha para o funcionário alfandegário e eis a bagagem prontamente liberada, sem sequer ser examinada. Muito familiar, sem duvida.
Dessa vez, pude ter uma boa visão do que me aguardava, pois cheguei durante o dia, e assim, apreciei convenientemente a paisagem da capital congolesa. A entrada da cidade era assustadora, passava bem no meio da “Cité”, como era chamado o bairro predominantemente congolês. Em tudo e por tudo semelhante a uma imensa favela, o que me levou a perguntar ao meu amigo Paiva, se toda a cidade era assim, sendo que ele em resposta limitou-se a sorrir.
Quando começamos a entrar na cidade propriamente dita, entendi a razão de seu sorriso. Kinshasa era uma cidade como outra qualquer, podendo-se compará-la a, digamos, Cubatão, largas avenidas, arranha-céus e trânsito, muito trânsito, com péssimos motoristas, que não tinham a mínima consideração pelas leis de trânsito, o que me fez sentir quase em casa. Depois, as coisas normais. A adaptação ao modus-vivendi foi rápida. Os problemas com o idioma oficial falado no Congo, o francês, foram rapidamente superados, com o chamado Curso de Aprendizado de Idiomas, que qualquer pessoa que tenha a intenção de viver fora de seu país de origem deve fazer, ou seja, aprender as primeiras noções antes de viajar, e o resto, aprender no dia a dia à custa de muitas mancadas.
Logo na primeira semana, já comecei a circular pela cidade, dirigindo um veículo pertencente a meu empregador, Leon Hasson e Freres, dando início às minhas funções de vendedor numa cidade que não conhecia, mal falando a língua, enfim, fui eu quem procurou aquilo e tinha que me virar para não dar com os burros n’água. Os problemas raciais eram em parte resolvidos quando eu me identificava como brasileiro e prontamente associado com Pelé.. Sim nosso grande Pelé me quebrou grandes galhos. Sua figura era tão adorada, não só no Congo, como em toda a África, que sempre funcionou como abre-barreiras. Para que se possa ter uma idéia, posso contar um dos episódios em que usei a identificação “pelesistica”. Foi quando, inadvertidamente, passei entre dois soldados que patrulhavam as ruas. Fiquei sabendo que “cortar” uma patrulha era quase crime hediondo, e então, os soldados queriam me deter, porém quando, em meu francês macarrônico, consegui me identificar como brasileiro, e lhes mostrei meu passaporte para provar minha identidade, foi que eles arreganharam os dentes num esgar de sorriso, dizendo “Ah!!! Brasileiro!... Conterrâneo de Pelé!... No Brasil não existe racismo, acreditamos que não foi por mal... mas nunca mais faça isso”. Logicamente, além de me apadrinhar com o Pelé, também precisei pagar uma cervejinha para os zelosos soldados para que assim o “terrível” crime fosse esquecido.
Após alguns meses, consegui o visto de entrada para minha família, e prontamente remeti a papelada para o Brasil, para que minha esposa e meus 2 filhos pudessem entrar no Congo, acompanhando-me no que todo o restante da família chamava de “a grande loucura”... e quem duvidava disso? Bem, para que meus familiares tivessem uma bela recepção, aconteceu o inesperado. Justamente naquele dia 12/06/69, os estudantes congoleses resolveram fazer uma revolução. Maravilha! A chegada do avião estava marcada para as 16 hs. e, até a hora do almoço, ninguém podia sair às ruas, o aeroporto estava fechado. - E agora, José? Estava com os nervos em frangalhos, sem saber o que poderia acontecer, se o avião iria aterrizar ou não, enfim, uma crucial expectativa. Exatamente às 14 hs. fiquei sabendo que a direção da firma conseguira obter a informação de que o avião aterrizaria, e conseguira também uma escolta para que eu pudesse receber minha família. Consegui respirar novamente. Durante o trajeto até o aeroporto, foi fácil constatar o porque da escolta, pois ainda se escutavam tiros aqui e acolá, barricadas por toda a parte, e soldados, centenas deles, milhares até, procurando encontrar os “malditos rebeldes”. Ao desembarque, tudo normal. As gorjetas de hábito, e pronto. Pude, enfim, abraçar e beijar esposa e filhos.
Agora, durante nossa viagem de volta, nunca mais vou esquecer a expressão dos olhos dos heróis recém chegados, apreciando a movimentação toda. Só não houve mais tiros, pois a revolta já fora sufocada. A chegada ao lar marcaria um novo episódio em nossa vida. Muitas surpresas nos esperavam, e aventuras quase ficcionais.
Enfim, foi assim o começo da vida de um brasileiro no Congo durante 3 anos, e agora lembrando e relembrando, agradeço ao Amigão, ter este LINDO DIA, tantos foram os perigos vividos, que Ele me ajudou a superar, e ainda estou podendo contar a história, que mais parece estória...Tem mais coisas por vir no porvir...
O machismo é covarde!
O ódio é insano!
O racismo é imbecil! O preconceito é doente e a ignorância é capaz de tudo isso.”
Visão!
Como pode o ser humano
ter por dentro a alma vaga
gesto seco, bruto, insano
desse mal que se propaga
com Jesus não tem engano
todo ato desumano
aqui se faz, aqui se paga.
Queria tanto ser poeta ... mas poeta é triste e eu não sou... eu sou um louco, insano , doido , apaixonado ... perdidamente apaixonado .. não sei escrever cartas mas escrevo histórias nas linhas do teu corpo ... não sei rimar nada ... mas faço poema nas tuas curvas de madrugada ... te faço suspirar , desejar , respirar ofegante ... mas não sei escrever o amor .. só sei fazer amor .. fazer o amor transbordar ...