Ingênua
EGO INGÊNUO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Sei fingir que não sei que alguém me usa;
faço a minha expressão de nada sei,
minha lei do silêncio sobre o quanto
sou ordenha; colheita; extrativismo...
Tenho fama que nunca me deu pão;
ai de mim se taxasse o meu talento;
não buscasse o provento noutros campos,
minha mão não tivesse chapéu extra...
Ego ingênuo, não sabe declinar,
novamente acredito e me diluo
no luar ilusório dessa poça...
É que sempre acredito que acredito,
quando finjo que dito as minhas regras
ou que uso quem pensa que me usa...
“Prefiro ser chamado de ingênuo, por causa da minha fé, que ser tido como perspicaz pela sua negação”
Ney Paula B.
As grandes tarde de uma fogueira.
Na minha ingenuidade de menino meu pai me ensinou a definição de felicidade com aventura, sempre que tinha um tempo ao entardecer nos contava estória e mais estórias contos e mais contos sentados próximo de uma fogueira, desde criança ele em um ritual de transformação com sabedoria transmitia seu conhecimento de uma forma divertida seus truques de sobrevivente falava mais alto, dizia que devíamos extrair somente o necessário para saciarmos nossa fome da natureza, a caça, pesca era uma diversão, vivia intensamente cada segundo daquela aventura, no retorno de uma longa jornada pelas campinas ao adentrar na mata o medo dominava nossa imaginação atravessar uma trilha desconhecida desafiava meus instintos primitivos, mas sobreviver não tinha preço naquele momento, enxergavamos a lua as estrelas, os vaga-lumes iluminava o picadeiro; ouvia o pio da coruja, urutau, meus nervos a cada som desconhecido mexia com meu corpo minhas pernas trêmulas quase travava, eu imaginava um espírito na trilha. Quando saíamos na estrada me tornava um criança em pleno estado de êxtase minha alma voltava ao meu corpo, meu pai acreditava que esse ritual deveria ser passado de geração para geração essa felicidade terei o prazer de transmitir aos meus descentes, amava suas estórias de assombração, nas tardes próximo a uma fogueira vivi uma infância perfeita.
Gilson de Faria.
10/06/2021
20:30.
Ingenuidade é achar que o governo vai consertar o que eles fizeram para assim estar e assim dever ficar.
Ingenuidade é achar que podemos fazer do mundo que vivemos um paraíso, quando o sistema com seu distanciamento social, já o transformou num verdadeiro inferno e fez de outros pensando que não são, uns diabos e demônios malandro perturbado, por causa de um maldito dinheiro.
A cauterização da mente e a ingenuidade de algumas ovelhas, algumas vezes me causa mais perplexidade do que as mentiras e falta de caráter dos falsos pastores.
A Felicidade Ingênua
na Simplicidade de uma Criança
é Sinal de que Vale a Pena
Não perder a Esperança.
Preciosa ingenuidade,
esta tua curiosidade
torna a minha vida
mais interessante
por fazer um simples momento
ser tão emocionante.
Ela possuía uma rara ingenuidade,
tudo que queria era saber
como era o amor de verdade,
seus sentimentos lhes eram desconhecidos,
entretanto, era difícil no meio
de tanta falsidade
de pessoas fingindo
serem fortes e sensatas
o tempo todo,
causando o próprio desgaste
ocultando o que sentiam
pelo o próximo
por pura vaidade,
mesmo assim, decidiu persistir
e penosamente pôde compreender
que não se tratava de explicar
mas de sentir,
infelizmente, começou pelo o sofrer
ao ponto de derramar algumas lágrimas,
e, hoje, consegue perceber
que só não sabia como se chamava,
mas que o amor já sentia e sente
e que já foi e ainda é
bastante amada.
Sua ingenuidade
é acompanhada de esperteza
Tem um olhar sincero
que brilha de felicidade
com um brilho tão forte
que afasta a tristeza
ofuscando qualquer maldade
que possa aparecer.
Graças a Deus, sou feliz de verdade
por conhecer você.
L umias com eficácia os meus dias,
O lhas de um jeito ingênuo e sincero,
R estauras as minhas forças com a tua energia,
E ngrandeces o meu viver, és digna do meu esmero,
N otavelmente, provocas em mim uma forte euforia,
A mor vívido e verdadeiro que a minha alma aprecia.
Ela não é ingênua, sabe que a vida não é um "faz de conta, quiçá, seja justamente por isso que se identifica tanto com a história do Pequeno Príncipe, pois assim como a Raposa, também sente a necessidade de ser cativada, ciente de que laços são desenvolvidos por vontades recíprocas, não surgem simplesmente do nada
e semelhante a Rosa quer ser tratada com exclusividade, zelo e estima,
conhece bem o seu valor
e quer manter a sua vivacidade.
Quanto a mim, não a julgo,
tendo em vista que assim como o Pequeno Príncipe, vivo também
no meu próprio mundo,
busco a minha Rosa
e semelhante a Raposa,
não acreditoem "amor a primeira vista"
e sim naquele que é construído
e mantido após ser cativado
por um empenho recíproco.
Portanto, está claro que temos algo
em comum,
sabemos que o essencial é invisível
aos olhos
como a presença de Deus,
o impacto aprazível dos bons
sentimentos, os lindos momentos
que são partilhados
e o simples desejo de cativar
e ser cativado.
A ternura do teu semblante
e a tua estonteante beleza
transmitem uma falsa ingenuidade,
pois tamanha é a tua esperteza,
percebo a audácia dos teus olhos
e que no teu âmago há uma chama impetuosa alimentada com austeridade, um amor e um deleite nítidos
que fluem por todaparte do teu corpo,
assim, és uma mulher de bastante vitalidade, um ser muito valioso.
Fase intensa, infância demasiadamente preciosa, berço da ingenuidade, quando a felicidade se apresenta de forma grandiosa na riqueza da simplicidade, a maldade ainda não tem tanta força, brincadeiras marcantes, interações sinceras, calorosas, brilho diferente nos olhares, particularidade tão passageira, que logo vira história, emoções e vivências que se tornam saudade, um tempo inestimável que não volta, parte significante do passado, mas que pode estar presente, profusamente, viva, tanto na mente quanto no coração, revestida de amor, de muita imaginação, sendo como um distinto farol, uma cintilação de esperança, a criança interior, que adoça momentos, que faz perceber a essência de uma arte, sentir o deslumbramento pela vida, apesar das adversidades, regalo da bondade divina, tamanha singularidade.