Indisciplina nas Escola
O modelo bíblico de crescimento dos líderes atuais está mais para a Escola de Conforto Social do que para a transformação de vida espiritual.
Sentiu alegria no primeiro dia de escola,
entrou no portão com as grades abertas,
correu destemido atrás de uma bola
cheia de um ar de aversões encobertas...
As outras crianças olharam-lhe a cor,
olharam-lhe os pais com a tal rejeição
que entorna por dia oceanos de dor
e o fez encostar sozinho ao portão...
Sentiu-se confuso, procurou os defeitos
que tinha no corpo, nos pais e na pele,
não viu mal algum a não ser preconceitos
criados por muitos e ali para ele...
E a pura alegria desfez-se em tristeza,
ouviu impropérios com a alma oprimida,
sentiu no momento abalar-lhe a beleza,
que em tantas crianças marcou uma vida.
O brasileiro acha que o conhecimento termina na escola. E que a próprio ignorância é a fonte mais pura de conhecimento.
A escola da vida me ensinou, que conviver com pessoas que discursam o Bem, mas tem atitudes que refletem o Mal, são prejudiciais a saúde da nossa alma!
Na escola da vida, as vezes somos alunos e outras vezes professores, aprendendo e ensinando a nós mesmos, na faculdade de nosso coração!
Haredita Angel 26 de dezembro de 2015 às 19:53
"Na escola da vida, somos reprovados em algumas matérias, mas, Deus não se cansa de nos fazer repetir! Aí está a sua misericórdia!"
Haredita Angel
"Na escola da vida, somos reprovados em algumas matérias, mas Deus não se cansa de nos fazer repetir...
Aí está a sua misericórdia!
Acreditar que só se vive uma vez, é muita limitação!"
☆Haredita Angel
Amor de escola
Eu a menina flor, fardadinha de amor...
Você o menino do sorriso mais lindo,
dava até vontade de morar nele.
Toca o sino: recreio, você, eu, brincadeiras,
sorrisos, pipocas e nosso amor de meia hora.
Toca o sino: aula.
Toca o sino: embora.
-Momentos doces e inesquecíveis.
Eram tantos os sonhos...
Hoje é tanta a saudade!
Por onde andará você meu menino?
☆Haredita Angel -12.09.14
A escola deve criar um círculo virtuoso, em que a leitura e a escrita melhorem e ajudem na aprendizagem de qualquer conteúdo.
PÚBLICO E PRIVADO: NA MESMA PRIVADA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Ouvi, na escola pública em que trabalho, um colega diminuir verbalmente os professores da rede particular, com afirmações como: "se estou no serviço público é porque fiz um concurso e passei; portanto, sou mais qualificado.". Para não ser chamado ao assunto e dizer o que penso, que certamente o chatearia, saí da sala dos professores e fui planejar o meu trabalho em outro ambiente.
Não vejo assim. Não acho que o professor da escola pública ou qualquer outro servidor público seja mais qualificado que os funcionários de qualquer empresa privada, porque passou em concurso. Creio que passar em concurso público implica uma série de circunstâncias que nem sempre têm a ver com capacidade maior ou menor do indivíduo. Seria prolixo discorrer sobre as mais diversas questões que envolvem o não ingresso na máquina de um dos poderes. Uma delas é não desejar fazê-lo. A outra é a decisão de não insistir, depois de uma ou duas tentativas, não por insegurança ou frustração, mas por tranquilidade, mesmo.
Também não acho que seja o contrário; que os funcionários das empresas privadas sejam mais capacitados que os servidores públicos. Considero que de ambos os lados existem os competentes e os incompetentes; os de boa e má vontade; os comprometidos e os sem compromisso com a causa. Os que amam e dão a vida pelo que fazem, e os que não estão "nem aí" para os resultados de seu trabalho, porque não interessa o próximo. Por fim, não tenho problema em afirmar que o que leva um servidor público a diminuir um funcionário particular é o preconceito social. Tem a ver com segregação por causa da diferença de proventos e do falso status conferido por não se sabe quem ou quê ao indivíduo que trabalha para o poder público. É estatutário.
Se eu fosse meu colega, teria cuidado ao expressar esse preconceito, para não ter que ouvir, em algum momento, máximas ou assertivas que não deseja. Um exemplo disto seria o que já ouvi, de um professor de rede privada: "o professor público só precisa ser competente uma vez; ou seja; na hora de prestar concurso. Já o professor da rede particular, se quiser manter o emprego tem que ser competente a vida inteira.".
Como se vê, cada lado tem os seus argumentos e artifícios para menosprezar o outro.
SOCIEDADES
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Aquela turminha que tudo pode lá na escola, segundo as próprias leis, e decretou que nenhuma emenda lhes tirará o poder, está "pê" da vida com a outra turminha. No caso, a turminha de menor peso social; que não tem condições de se misturar; não tem nada para oferecer, e assim sendo, não merece respeito.
A grande questão é que a turminha que tudo pode aprontou uma feia com a que nada pode, que não gostou nem um pouco, e a que tudo pode não gostou de a que nada pode não ter gostado. Complicadinho esse negócio, mas é por aí. Os algozes estão com trombas maiores que suas caras, em retaliação à forma exacerbada com que as vítimas reagiram. Como punição, a turminha que nada pode ficará um longo tempo sem desfrutar do privilégio, a honra ou a bênção de brincar com a que tudo pode. Isso deve ser amargo, porque brincar, ou até poder ficar perto da turminha que tudo pode não é para qualquer um. Trata-se de algo realmente precioso.
Em resumo, a reação da vítima é o trunfo definitivo do algoz. A turminha que tudo pode julga que além de poder tudo, a reação anulou a ação cometida por ela que, além de certa como sempre, desta vez pode provar por "a" mais "bê", que foi vítima da vítima. Razão perfeita para todo mundo manter a tromba e mais uma vez não baixar a crista, mesmo porque, numa turminha que tudo pode, o que não se pode mesmo é não poder.
Ainda bem que não existem aqueles ventos lendários das crendices de minha infância. Ou eles poderiam deixar a turminha que tudo pode fisicamente parecida com o que suas expressões sugerem. Imaginem vocês, um bando de animais de tromba e crista.
O PIOR ALUNO DA ESCOLA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Naquela escola, o título de pior aluno tinha um dono absoluto. Ele conquistara o posto a duras penas, ao desbancar um a um todos os rebeldes sem causa como o próprio, que ousaram a tentativa de usurpar o poder. Para cima dele ninguém se deu bem, pois a sua criatividade para ser cruel, baderneiro, armador e sonso o bastante para não ser expulso não tinha limite.
Houve até um menino que uma vez - ou era uma vez - chegou bem perto de se tornar pior do que o pior aluno da escola. Foi páreo duro, mas quando o dono do pedaço viu que a coisa estava feia, reagiu radicalmente. Tão radicalmente, que o aspirante sentiu na pele, nos olhos, no queixo, nos dentes, na boca e na boca do estômago, que a honra de ser pior - ou melhor pior do que o pior - poderia lhe custar muito mais caro do que o previsto. No fim das contas, ele foi obrigado a reconhecer a supremacia do melhor pior que aquela escola poderia ter, de fato.
Para não ficar sem trono e não sofrer para sempre as consequências drásticas de ameaçar o posto do pior aluno, aquele segundo pior, que detestava ser o segundo e queria ser o primeiro em algo, fez o percurso inverso: decidiu ficar bem bonzinho; cada vez mais bonzinho, estudioso, e decidiu enfim se conformar com o posto de o melhor aluno da escola.
O pior dessa história de ser o melhor é que o cargo não dura muito. O melhor vai em frente, passa de ano e tem sempre que recomeçar. Fazer tudo de novo por uma nova fama. Sendo assim, aquele já melhor aluno também resolveu radicalizar; fazer história: virar um nerd sem precedentes; um CDF inveterado; em outras palavras, um chato de galocha... ser o melhor aluno de todos os tempos, daquela bendita escola.
Por uma sorte torta, ser o melhor aluno da história daquela escola, de certa forma realizou seu primeiro sonho, porque chegou-se a um ponto em que ninguém o suportava com aqueles ares de o melhor, do bonzinho que virou bonzão, que fizeram dele o pior. O mais impopular de todos. Aquele que os meninos e meninas queriam desbancar, para ele deixar de ser besta.
E por sorte ainda mais torta, ocorreu que o pior aluno da escola nem se dava conta da inversão de valores que o tornara melhor do que o melhor aluno.
A ESCOLA E O TALENTO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
A educação que a escola oferece não pode fechar os olhos para a cultura e o talento, seja ele nas artes, nos esportes ou nos ofícios, ainda que dissociados da formação acadêmica. A escola deve reconhecer que não se aprende a ter talento, embora ela tenha como ajudar no mesmo; e quando alguém se revela talentoso, boicotar ou demonstrar menosprezo a depender de sua formação intelectual ou cultura fere todos os princípios da educação.
Quando, por exemplo, menosprezamos o jogador de futebol, o MC, o DJ, o cantor de hip-hop ou de funk dotados de conteúdo relevante, só porque alcançaram sucesso e fortuna mesmo sem formação escolar, evidenciamos uma triste contradição: somos arautos e atores do futuro de nossas crianças e nossos jovens, da dignidade, a cidadania, o sonho, a liberdade, o sucesso pessoal, mas ao mesmo tempo execramos tudo isso, por haver faltado a “sagrada grade curricular acadêmica”.
Isso também revela o despreparo de uma classe que perde a classe por despejar suas frustrações com os governantes ou empregadores em quem buscou o sucesso por outros caminhos e o alcançou. Em um país onde a formação escolar é um calvário para os mais pobres, deveríamos ficar felizes pelos artistas, desportistas, prestadores de serviços, ambulantes, negociadores e afins que desafiaram a falta de oportunidades e arrombaram as portas informais do sucesso.
Valorizemos o talento e incentivemos o seu exercício entre nossos alunos, sem nenhuma cobrança ou atrelamento a notas, empenhos e desempenhos escolares. O talento, por si só, não atende a essa demanda. Devemos mostrar ao jovem talentoso que os estudos o ajudarão a lidar melhor com o sucesso e seus resultados perante a sociedade, mas não conseguiremos convencê-lo de que sua arte ou seu ofício livre não sobreviverá sem a escola.
Cultura, educação e talento se fortalecem de mãos dadas, mas respeitemos os fenômenos. Os que venceram de maneiras informais, inusitadas e até solitárias. Foram aprovados pelo mundo, ainda que reprovados por nós. O respeito nos representa melhor... bem melhor do que o despeito que às vezes assola nossa humanidade nem sempre imune aos sentimentos menores advindos de tantas injustiças contra o educador.
SOBRE O CRISTO VENCIDO NA SAPUCAÍ
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Não acho que o desfile da Escola de Samba Gaviões da Fiel tenha tentado afirmar que Jesus Cristo foi ou será vencido definitivamente pelo Satanás. O contexto é uma eterna guerra entre o bem (representado pela figura de Jesus Cristo) e o mal (representado pela figura do satanás), na qual muitas batalhas são vencidas pelo mal. O mesmo desfile mostra, lá no finzinho - mas quem ficou assombrado fez xixi na calça e não conseguiu vê-lo inteiro -, que o bem finalmente vence o mal. Em suma, Jesus Cristo vence o satanás, pois é imortal, segundo a Bíblia que fala de sua ressurreição e do fato de que Jesus é O Próprio Deus Feito homem, justo para morrer e ressuscitar, como ato definitivo da vitória do bem.
É também um alerta: vivemos tempos de muita intolerância, no Brasil. De muito preconceito e uma raiva imensa dos próprios cristãos contra o próximo que não os obedece ou não segue seus passos, tintim por tintim. Especialmente no contexto equivocado e lamentável desta fase na qual políticos que se autointitulam cristãos podem tudo, com o apoio incondicional da maioria do povo, que os pôs no poder. Para tanto, basta exibirem o rótulo de cristãos, mesmo se contradizendo em atos e palavras terríveis que ostentam a cada dia. Esses políticos, regidos pelo seu líder maior, o presidente da república, têm como soldados fiéis, dispostos a matar e morrer por eles, nada menos do que sessenta ou mais milhões de brasileiros. É assustador.
Neste contexto, é que o mal está vencendo o bem. Pelo menos temporariamente. O amor ao próximo seja ele quem for... a graça... o livre arbítrio... as virtudes que fazem acolher o outro sem perguntar qual é sua crença, ideologia, orientação, escolha pessoal... tudo isso acabou entre nós, por determinação política instigadora do espírito de vingança, soberba, segregação, racismo e todas as demais fobias contra o próximo não ajustado às rédeas de um grupo que arroga deter as verdades da vida e da morte.
Nem falo do mundo. Falo do Brasil. Este país que se fechou pra nova mentalidade necessária perante as mudanças da humanidade. Mudanças sociais. Nada a ver com o mundo espiritual, que não é regido pela sociedade política; econômica; tocável, como se prega. É orientado pela fé e as divindades possíveis, nas quais não creio, mas respeito quem crê. Por ora, o mal vence o bem, como aquele Demônio da sapucaí venceu temporariamente o Cristo (ou o Santo Antão, como alguns disseram, e vale a pena ler sobre tal santo). Espero sinceramente que os cristãos - notadamente os evangélicos - acordem a tempo de não sacrificarem mais ainda o bem, que perde muitas batalhas para o mal.
Às vezes o elevador da escola da vida vai deixar para travar com você quando você estiver rodeado de pessoas chatas. Mas, ainda não será o fim. Será somente para mostrá-lo de onde vem a força e o propósito dos presos que só precisam de uma colher de sopa para cavarem um túnel e fugirem da prisão.
O maior mal que o neoliberalismo fez à escola, foi torná-la em um ambiente de
de profissionais na arte de auto-negar a sua capacidade de educar.
Quando a escola transformou o aluno em cliente e a educação em mercadoria, perdemos a capacidade de construir cidadãos críticos, capazes de enxergar o que as palavras não expõem de forma explícita.
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