Inconveniente
Não seja um homem inconveniente na vida importunando mulheres que não estão inscritas em sites ou apps de relacionamento afetivo. A mulher que está nas redes sociais convencionais apenas está nas redes sociais, e nada além mais do que isso. Não seja chato.
Musica ruim, conversa chata e pessoas inconveniente estão por toda parte. A bebida é a anestesia da alma para aturar tudo isso.
Saudade, ação que nos une.
A saudade não pede licença. Ela é como um hóspede inconveniente que aparece sem avisar e, mesmo sem ser chamada, se ajeita no sofá da sala. Vai se espalhando pelos cantos, invadindo os espaços, tirando o ar do peito. Ela chega numa tarde qualquer, quando o relógio insiste em te lembrar que o tempo está passando, mas você insiste em resistir. E, sem aviso, tudo o que parecia guardado, bem trancado, explode: uma conversa interrompida, um abraço que nunca aconteceu, e você fica ali, mudo, sem saber o que fazer com tanto.
A saudade não é só falta; ela é também sobra. Sobra de risos antigos, de momentos que o tempo tenta, em vão, desgastar. Mas quem disse que o tempo tem esse poder? A memória desafia o instante, mantém tatuados os gestos, as palavras, até o jeito de inclinar a cabeça. E aí está o truque: a saudade não é ausência, é a presença de quem ainda mora em nós. Deus gosta de histórias com linhas tortas, e talvez eu também, pois, no meu coração, quem se vai sempre fica.
Há dias em que a saudade bate com pressa, como se quisesse me dar um tapa na cara, gritando que a vida continua, mas o coração é teimoso e espera. O tempo passa, mas na mente ainda sobra aquele sorriso tímido, aquela piada boba que só nós entendemos e aquela conversa infinita sobre quem éramos e no que nos transformamos. É como sentir o hálito de hoje desejando o aroma de amanhãs.
Dizem que a saudade é um fardo, um peso que nos empurra sempre pra frente. Mas eu prefiro acreditar que ela é uma ponte. Penso assim como Rubem Alves dizia: "a saudade é nossa alma dizendo para onde quer voltar". A saudade diz muito sobre o ontem, mas é também uma inspiração para o que ainda está por vir. E enquanto estivermos vivos, sempre vem.
Enquanto o tempo corre, me pego rezando para que, onde quer que estejas, o ser desse meu saudosismo, estejas bem. A saudade, no fundo, é isso: uma oração muda para que quem está longe siga feliz. Tentamos visualizar boas realizações, mesmo que a distância doa e a falta aperte, porque é pelos olhos que florescemos. Também é por eles que recordamos.
Fecho os olhos para ver o tempo e ouço o sotaque da emoção da minha alma. Ela me lembra que, apesar da distância, ainda estamos conectados. Porque, se ainda sinto, é porque o amor ainda respira. E se o amor vive, vale a pena esperar. Quem sabe não habite aí a verdadeira função da saudade: conectar pessoas no presente para garantir futuros sorrisos.
Que o nosso hoje seja como um dia sonhamos, para que amanhã uma boa emoção nos acompanhe quando olharmos para o que agora estamos decidindo e fazendo.
Perder tempo com pregadores de sermões insípidos, sem conteúdo bíblico e inconveniente, é o mesmo que interromper uma música clássica para ouvir um samba no carnaval: sem propósitos, repetitiva e indigesta à alma.
Colocar-se em seu lugar é saber a hora exata em que se é bem-vindo(a), e a hora em que se é inconveniente.
“A prudência está justamente em saber conhecer a natureza dos inconvenientes e adotar o menos prejudicial como sendo bom”.
(O Príncipe - cap.XXI)
Tem gente que diz que gosta da gente, mas na verdade nos rodeia por conveniência, só faz as coisas por nós quando recebe algum benefício em troca.
Tem gente que quer privilégio e exclusividade, mas não se permite conquistar o coração da gente.
Eis a "saia justa" que me colocaste, energia difícil de conter, possibilidades tão longínquas, temerosa a ideia de se enganar, talvez não seja recíproco! Ou será o medo de errar?!
Tua sublime beleza é constrangedora literalmente apaixonante.
Quanto mais livre você é, menos você se encaixa nessa sociedade e sobreviver, se torna uma questão de adaptar-se ao inconveniente frio e desigual
O amor e sua inconveniência
O amor é um sentimento que te faz perder a decência do certo e errado. Quando em excesso, vem de mãos dadas com a paixão para abalar seus sentidos.
Te deixa bobo e cego,
louco e egoísta,
superficial e dominante.
Entre outras tantas coisas, amor e paixão não são uma negação, apesar de parecerem, para muitos, sentimentos tão negativos. Eles são a contradição do óbvio. A dificuldade da facilidade. Ou vice-versa de tudo isso.
É uma versão de cada sentimento dentro de um só.
É conveniente dizer que são profundos, são o tudo e o nada, são o inteiro de um tudo.
O inconveniente é não viver e dar chance a algo tão intenso, algo tão explosivo e suave como o amor e a paixão.
Durante à noite, distúrbios tomam conta da minha mente...
Imaginação fértil, pensamento inconveniente!
Mesmo que não haja intenção, imagino que a extroversão e a inconveniência andem praticamente de mãos dadas. Sendo assim, cuidado. Essa linha é muito tênue e por vezes escorre pelo pior lado do muro.
"Ser uma pessoa conveniente é fácil, mas quando as conveniências atrapalham sua vida, acredite, você torna-se inconveniente."