Ilha
Algumas pessoas passam por nossas vidas como aves de arribação, que pousam numa ilha e permanecem apenas o tempo suficiente de se alimentarem e reporem suas energias para seguir suas migrações.
São Luís, Cidade dos Azulejos e Sobradões
São Luís, ilha de ventos e maresia,
onde o tempo dança entre o céu e o chão,
em cada esquina, uma história contida,
em cada azulejo, um traço da nação.
Teus azulejos brilham sob o sol ardente,
pintam de azul o sonho e a tradição,
feito mosaico, o passado ainda vive,
gravado em pedras, murais e canção.
Sobradões imponentes, guardiões da história,
têm janelas que espiam o mundo passar,
entre os arcos e as portas, se ouvem memórias,
sussurros da terra e do velho mar.
Cidade morena de graça e bravura,
és poema e encanto aos olhos do amor,
São Luís, que do tempo fez arte pura,
azulejos e sobradões — teu eterno valor.
São Luís, Ilha do Amor
São Luís, cidade de encantos mil,
Onde o sol beija o mar com um brilho sutil,
Cores e sons se misturam no ar,
Na Ilha do Amor, onde o coração quer estar.
Ruas de história, casarões a contar,
Segredos antigos que o tempo não vai apagar,
O vento do Atlântico traz a canção,
Da terra que pulsa com emoção.
Nos becos, nas praças, a alegria a dançar,
O reggae ecoa, convidando a sonhar,
E a brisa suave, que vem de longe,
Abraça a cidade, como um poema de monge.
São Luís, tu és um canto de paz,
Onde o amor floresce e o futuro se faz,
No teu chão, raízes de luta e fé,
Na Ilha do Amor, eu sempre vou te ter.
Cada amanhecer, um novo despertar,
Na tua beleza, impossível não amar,
São Luís, minha ilha, meu lugar,
Onde a alma repousa e o coração quer cantar.
Nossas íntimas emoções representam uma ilha, quando a avistamos desejamos explorar o tesouro, mas é incrível, às vezes saímos mais pobres do que quando chegamos
Estamos num mundo extremamente conectado; uma ilha para o homem é o aquário para o peixe, mas se soubermos aproveitar ao máximo essa conexão veremos que o mundo é o céu em movimento e o oceano um imenso caminho para as estrelas
Estou aqui na ilha das palavras,
- gozando da condição de prisioneira
O firmamento me fitando,
chego até a escutar a voz de Deus:
"- E agora, minha filha? ".
Só me resta recordar o teu arfar,
e com o teu amor sonhar...
Porque até o mar brinca comigo como
um jogo de espelhos que quando penso
que estou me vendo: na verdade é você
que estou vendo e rememorando...
O azul do mar, a areia branca, as rochas
e o meu cantar - estão a te procurar...
Do que adianta ter veia poética, e o teu
coração não ter conseguido tocar?
Resolvi de vez me ilhar aqui (na ilha das
palavras), fazer rendas com as meninas e
ainda crer que o seu amor poderá voltar.
Porque até a brisa e a maresia à partir de
hoje não tem mais o mesmo perfume,
Não sei mais se devo te escrever, te falar
ou apenas cantar. Só Deus é quem sabe.
Uma coisa é certa: os meus dias não serão
como antes: irei dedicar cada rosário
para a Nossa Senhora dos Navegantes.
Para que ela te lembre das noites amantes,
nas quais as estrelas e o luar se fizeram
ainda mais brilhantes - extasiantes!...
Estou como uma felina estendida no
tapete (esperando) o afago do dono;
com os meus olhos caídos,
e versando sobre o abandono na esperança
de receber um carinho e o nosso reencontro.
Precisamos criar a nossa própria ilha mental para não nos acostumar a conviver num ambiente de agressão.
Muito distante
de ser uma ilha
segundo o poeta
de Timboema
busquei por ti
para falar tudo
o quê eu senti
sobre o quê vi.
Desta vez foi
muito diferente
para nós dois,
não sei se foi
a Lua ou o quê
aconteceu,
(só sei que você
não saiu mais
da minha mente).
Transformaste
a tranquilidade
em inquietação,
meu precioso
(olhar de azeviche
e doçura insana
que me incendiou
de ciúme e gana).
Desta vez para
nós foi diferente,
pois não saí de ti
simplesmente;
a solidão não
é e nem nunca
foi feita para gente,
(você não tem
saído da mente).
Tornada a tua
Eta Aquarídeas,
a tal dançarina
em celebração,
divindade elegida,
no teu Universo
(não passageira,
ocupação sensorial,
romântica e etérea).
Você me chama
e só o tempo dirá
se de mãos dadas,
almas aninhadas
e idéias alinhadas
em tempo aberto
(abraçados e ternos
na Fortaleza de Santa
Cruz de Anhatomirim).
A tua raíz original por
arcos e flechas não será
por mim esquecida,
Entre o continente e a ilha
quem faz ponte é a poesia.
A tua Padroeira é Santa
e em ti sempre tenho
esperança por nossa gente
que com coragem resiste
e com fé na vida persiste.
Entre a lagoa e tuas praias
com o teu nome de Marechal
você me acolhe de um jeito
tal que só penso mesmo é
no teu amor sublime e perfeito.
Entre te amar ou te amar
a minha escolha é te amar,
Façam com dias sol ou chuva
ou noites com ou sem luar,
eu agradeço no teu peito morar.
A pior ilha
que se pode
exilar alguém
nessa vida
é a da intriga.
Dizem histórias
sem nada provar,
quero ver
essa gente parar.
Desde a maldita
prisão sem
a verdade
esclarecida,
A cada dia
só vejo
o aumento
da injustiça.
Agora dizem
que levaram
o General
para La Orchila.
Ainda há
o quê
celebrar:
o seu
espírito
de luta
que resiste
orante
nessa ilha
de concreto
que dizem
que está
dia e noite
havendo
tratamento
cruel e tortura.
Dizem que
mesmo
preso
o temem,
não duvido,
pois está
evidente:
foi muito
feio o quê
fizeram
contigo,
mas a sua
filosofia
é explícita
que não nasceu
para se vingar.
Não há
o quê
celebrar
porque
o mal
feito contra
você que
eles fizeram
não foi
corrigido,
e mantê-lo
na prisão
ainda estão
insistindo,
não estão
agindo como
homens dignos.
Maria Felipa
Protetora do Brasil,
da Bahia e da Ilha de Itaparica,
é a lendária Maria Felipa
contra qualquer
intento colonialista,
A memória segue viva,
mais de uma luta continua
e a poesia se ergue reunida,
Razão maior e sublime
de manter a nossa Pátria unida.
Ingás
Os aromas dos três ingás
da Ilha de Santa Catarina
podem ser encontrados
reinam em meus beijos
e povoam amorosamente
absolutos os seus desejos.
A loucura é algo inerente a todos nós. Até mesmo porque, como disse um pensador, ela é uma ilha perdida no oceano das razões. Então todos que estão navegando neste mar da vida, a qualquer momento poderá atracar nesta ilha.
250323
Não deitei no Seu peito, mas toquei Seu coração
E eu sei
Não fui para uma ilha
Mas Te encontrei na Bíblia e também em oração.
Do último cais que zarpei, só sobrou decepção e amargura. Resolvi deixar terra firme pois fiquei sem chão quando tudo acabou.
Levantei âncora e parti com meu barco de sonhos disposto a desembarcar na primeira ilha de paz que encontrasse.
Sem o mapa da felicidade e sem a bússola da esperança, foram dias e noites perdido navegando por mares de solidão.
Enfrentei muitas tempestades de desilusão e naufraguei em algumas delas. Em cada um desses mergulhos profundos, voltei à superfície mais corajoso e pronto para enfrentar novas tsunamis de dor. Mas elas não me afundariam novamente.
Deixei minha paixão conduzir o barco e me guiar por aguas desconhecidas. Foi então que avistei no horizonte, na direção do pôr do sol, uma terra misteriosa e inexplorada, mas de natureza exuberante e receptiva.
Foi ali, no lado esquerdo do seu peito, onde joguei minha âncora e desembarquei para viver feliz pelo resto da minha vida.
Parando de soluçar o pássaro começou a repetir uma palavra que Will não compreendeu.
- "Runa". Seria isso mesmo? Não. Era Karuna. Não havia a menor dúvida.
Levantando a mão trêmula, Will apontou para as frutas na cesta redonda. Mangas, bananas... Sua boca seca se encheu d'água.