Ignora
Quando a indignação chega ao seu auge, um homem ignora seus medos e consequências e parte para falar abertamente a verdade apontando os opressores e oprimidos.
A qualidade destacada do mau-caráter é a sua especialidade em se aliar sempre ao mais forte e ignorar o mais fraco, mesmo que ele esteja do lado certo.
“O sábio de vez em quando ignora as pessoas e os acontecimentos que o cercam. E por ignorar mantém-se sábio.”
Uma generosidade disfarçada, que ignora as peculiaridades de cada pessoa, sob a máscara da inclusão.
Reduzir o neoliberalismo ao patriarcado é uma simplificação excessiva que ignora sua complexidade histórica, econômica e social.
A racionalidade humana é negada pela ação irresponsável do próprio humano que ignora as consequências que ele sofre pelos seus atos contra a natureza.
O sistema de ensino que se auto declara eficiente, dentro de um modelo neoliberal de ser, ignora a falibilidade de qualquer processo diante de uma diversidade que compõe a realidade ao qual ele é submetido, logo, a excelência é uma máscara que os seus sujeitos agentes utilizam para receber os aplausos que cobre as carências com que os sujeitos pacientes continuarão a sofrer.
Contemplar os detalhes o torna sábio; ignorá-los o torna imprudente. Veja bem: toda inundação começa com uma pequena gota de água.
O que mais me preocupa no ser humano é sua capacidade de se indignar com o que não precisa e ignorar o que deveria lhe causar indignação.
Olhe para mim ou deixe de me ver.
Lembre de mim ou me esqueça.
Liga pra mim ou me ignora.
Diga que me ama ou parta meu coração.
Só não me deixe preso em suas indecisões.
Quando uma mulher ignora os sinais que claramente indicam um não e ao invés de parar segue guiada pela impulsividade das paixões pode até conseguir o quer, mas raramente conquista o que precisa.
O intento de ignorar a existência de um indivíduo - por mais desprezível que seja - castiga o ignorado, mas traz maior sofreguidão ao ignorante.