Identidade
O cadáver humano é o corpo de uma pessoa de identidade própria que sentiu, sofreu, amou...e o ter sido isso confere-lhe uma dignidade que deve ser respeitada.
III.
* Assumir, convictamente, a identidade… Seguramente, o maior esforço de todo o ser humano, neste Mundo de falsas identidades ou de identidades camufladas, mergulhadas no espaço camaliónico das “diferenças” impostas, improvisadas, por esta sociedade do “parecer-ser”, em nome de um tal “bem-estar” comum.
Pura hipocrisia anulativa das dissemelhanças, da diversidade, que faz a singela Beleza, intrínseca à essência de um Mundo, a que já não pertencemos mais.
Adulterámos as Leis da Natureza. Instaurámos o caos cósmico. A isso, chamamos progresso. Que progresso? O da rarefacção da camada de ozono? O do efeito de estufa e do degelo dos oceanos? O do “des-equilíbrio” dos ecossistemas? O da miséria das crianças sub-nutridas? O dos Povos famintos? O da infelicidade dos homens que clamam o Paraíso perdido?
O “progresso” da irracionalidade, das mentes inconscientes, dos pensamentos corroídos pelo ódio, instaurou-se, definitivamente, no seio desta massa humana, indefesa, des-norteada, que hoje somos.
Coitados dos homens. Tão potentes e tão frágeis, ao mesmo tempo. Meras peças soltas do grande puzzele, o puzzele universal, onde já não se encaixam mais.
Somos mero pó em incandescência dissonante. Brilho opaco dos restos do lixo cósmico, em degeneração total.
Corremos pelos leitos de todos os rios, que, no mar, não desaguam mais.
Perdemo-nos de nós mesmos. Não nos encontramos mais. Rodopiamos num círculo imperfeito de esferas desencontradas, de espaços sem intersecção, indefinidos, incertos, indeterminados, mas, ao mesmo tempo, “extra-ordinários”, libidinais, irrascíveis e concupiscentes.
Erramos, navegamos pelos espaços infinitos da imaginação. Buscamos o Infinito, o Eterno, o Imutável. Projectamos um futuro outro, apenas existente no mundo ficcional de todos os sonhos: do “princípio da realidade” se afastam, para erguer, sempre, o “princípio do prazer”.
Velejamos por todos os mares. Pairamos por todos os espaços siderais. Percorremos todos os caminhos da Floresta, sempre paralelos, sempre descontínuos. A escolha não é mais possível.
Esmagamos um Ego desesperado, descentrado de si mesmo, tão narcísico, quanto paradoxal. E, no entanto, ainda somos aves de rapina, predadores universais, dominadores de todas as possíveis presas, camuflados com o meio, que já não é mais natural.
Percorremos todos os atalhos. Edificamos uma nova ordem. A da caoticidade mundial. E, no entanto, ainda somos apelidados de “animais racionais”.
Que racionalidade é esta, criadora de um tempo de infortúnio? Que racionalidade é esta, “des-veladora” de todas as misérias? Que racionalidade é esta “re-veladora” da massa indigente das gentes vagueantes?
IV.
* Convivo com o Mundo dentro de mim própria. Basta-me.
* A “Paz Perpétua” reina dentro de mim. Conquistei a felicidade.
12/11/07
* Não quero viver no Inferno das noites claras,
Na solidão das gentes,
Nos espaços atópicos de cada pensamento,
Nos espaços indefinidos dos pensamentos dispersos.
* Não quero a luz opaca dos olhares indiscretos. O brilho negro dos falsos sorrisos. A demagogia retórica das palavras sórdidas. O cheiro nauseabundo dos corpos em putrefacção.
* O Mundo está podre. Rejeito-o completamente. Recuso-me a compactuar com a hipocrisia, com as falsas verosimilhanças, com as vãs ironias, com as inglórias inteligências dessas mentes foragidas, que nada vêm. São inúteis. Completamente inúteis. Perpetuam, apenas, um saber “fantasiado”, com longos rasgos de ignorância extrema.
15/11/07
* Distante, no meu Mundo, penso as trilhas da Vida e da Morte.
* Viver é o quê, afinal? As respostas são múltiplas. Nenhuma me satisfaz…
20/11/07
I.
* O meu corpo, morto, embala-se nas cinzas do chão que, um dia, o deixou esvanecer.
* Quero viver Tudo, intensamente, como se cada instante fosse o último dia do resto da minha Vida.
* Sou a exemplificação da Hipérbole…
II.
* A monotonia congela-me o cérebro. Irrita-me a alma, ávida do sempre novo, do perpetuamente diferente, da metamorfose, do mistério, do enigma, de todas as incógnitas…
A minha alma requer o desafio do desconhecido, do nunca visto ou imaginado. Do impensado e do impensável. Caminha para o impossível, para o reino efémero da ausência de limites, para o paralelamente infinito, para todos os caminhos, até mesmo para os mais recônditos.
Procura a inocência primeira, a leveza do Ser de todas as coisas, animadas e inanimadas, terrestres e celestes, no seio dos dois lados da quadratura perfeita: os Homens, a Terra; os Deuses, o Céu.
Busca o infinito, na esperança de encontrar um mundo novo, perfeito. Este já está gasto, saturado, desgovernado, demasiadamente costumeiro para quem deseja ver mais longe, para além das ilusórias aparências que ofuscam o olhar primogénito.
A minha alma procura, sem cessar, a liberdade, esse espaço aberto de expansão total do Tudo, onde não há o acaso, nem o vazio, nem o nada.
Quer percorrer os círculos viscerais de todos os entes. Ama a Totalidade, na sua grandeza, que foge aos estreitos limites do Tempo, do Espaço, do Destino.
Vagueia por todos os lugares. Não cabe dentro de si mesma. Procura o Aberto, onde Tudo se funde, em perpétua comunhão com o Ser, o Estar e o Pensar.
A minha alma pensa o Mundo. Esmorece perante o caótico cenário da miséria humana. Quer mudar o Mundo, a mente das gentes agrilhoadas à mesquinhez do mero sobreviver. Quer ultrapassar as barreiras do tempo e do espaço. Quer ser eterna.
Não é narcísica. Vê-se ao espelho. Reconhece a sua própria identidade. Sofre com todos os “Epimeteus”…Deseja todos os “Prometeus”…
Sente-se só. Desamparada, neste espaço cósmico “des-humanizado”, que não suporta a disparidade da alteridade.
Quer renascer num mundo novo, com a hierarquia axiológica adequada…. sem rótulos, sem rebanhos, sem congeminações forçadas e infundadas. Quer crescer no topos infinito de todos os oceanos…
Personalidade todo mundo tem, identidade a maioria consegue uma, mas caráter, poucos conseguem desenvolver. Essa é a falha humana, não se constrói um homem protegendo-o de sua própria raça, mas apresentando-a a ele. Ter valores não é da natureza humana, por isso introjete-os quando ele ainda não constituiu uma personalidade, não identificou-se com uma identidade já existente e, sobretudo, quando não experienciou a satisfação de trapacear os outros.
"O homem se veste sisudo de preto e branco, identidade de autoridade, contudo a mulher uma aquarela frondosa, um jardim que dá o toque de sensibilidade, o homem se comove, envolvido pelo perfume ímpar, ela corajosa e imponente, põe preto e branco e enfrenta o batente, valente, mãe fervorosa, armada até os dentes, que o homem reconhece e alcance sua alma decente, ambos pela virtude, mulher não mude, coragem, tua sensibilidade é força, ainda que muita idade, aspecto formosa de juventude, ser mulher é uma virtude."
Giovane Silva Santos
A identidade do anjo
Vou contar lhes um fato
Que mistura prazer e medo,
É a identidade do meu anjo
Que até agora era segredo.
O fato é verídico
Acredite quem quiser
Uma parte do anjo é menina
E a outra metade é mulher.
Como menina é pirracenta,
"Irritante" e chora atoa.
Porém igual a toda criança
Essa menina fascinante
Tem um coração gigante.
Mas esse anjo me surpreende
Toda vez que vem mulher,
Quando fala é com firmeza,
Se diz é por que tem certeza.
Pois sabe bem o que quer.
(PLUR)IDENTIDADE
Sou o rosto do outro
e o outro sem rosto...
Sou a cara e a coroa
duma moeda não cunhada...
Sou o lado de cá
e a margem de lá...
Sou a escada que sobe
e a rua que desce a pique...
Sou o nada de tudo
e o tudo de nada...
Sou a sede que ferve
e a cheia gelada...
Sou o outro sem rosto
e o rosto do outro...
Sou um...
Sou dois...
Sou tantos...
Sou (PLUR)IDENTIDADE!...
📜 © Pedro Abreu Simões ✍
facebook.com/pedro.abreu.simoes
Que da passagem dos dias saberei um pouco mais sobre minha identidade que nasceu em tempos muito vivos, não mortos. Que o engodo das mesmices afugentem-se do claro eterno que permeia meus quereres aflorados e a noite continue sendo segura com suas madrugadas onde a ancestralidade de hoje possa ser ainda mais compreendida e dessa forma eu em forma tão errônea diante multidões siga as estrelas no encalce dos meus próprios passos. Nesse ciclo de vida hoje eu e todo fatalismo mergulhamos terra adentro para saber mais do pó, tocar raízes um pouco mais profundas e nesse manancial beber de mais verdades nessa construção de poder ser e existir como humano que somos, e no encontro dessas profundidades subterrâneas também possa regenerar minhas composições como tais realidades que são. Meu aceitar humano entoa milhares de coisas que vez ou outra podem não ser aceitas, mas nada importa sobre esse fantástico de observação, atento-me ao fato de ser unicamente sobre minha própria identidade num transmudar de história a cada novo dia, cada novo ciclo. E hoje estar grato à vida que diante momentos tão difíceis que já assolaram a humanidade e nosso planeta encontro-me vivo e com muita saúde para seguir o próximo passo.
Identidade
Sou poema
Sou instante
Sou de lua
Mar marcante
Sou mulher
Sou menina
Sou esposa
Sou mãe
Sou filha
Sou rima
Sou remo
Sou rumo
Sou ventania
Ecoando canto
Sou o pulo do gato
Telhado quebrado
Céu da boca
Acende o sol
Dessa vida louca!
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 06/11/2021 às 12:00 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Deus quer ao seu lado os bascos bons. Mas cabe a nós a missão cristã de defender nossa identidade, e portanto, nossa cultura, e acima de tudo, nossa língua. Porque se ela desaparecer, me diga, quem rezará a Deus em basco? Quem cantará em basco? Eu respondo. Ninguém.
Identidade**Poesia
O que é ser?
Eis uma questão?
Cada um numa caixinha, com sua redoma de vidro, com muitos filtros?
Onde está a essência do ser?
Em estereótipos e estigmas?
A identidade é construída durante toda a vida.
Com suas perdas e ganhos, promessas e dívidas.
Identidade é muito além de etnia ou gênero, tem a ver com história, com vivência, experiências..
Então, não venha me rotular ou me encaixar, afirmando que tenho que casar ou que o inferno é o meu lugar.
Meu lugar é onde eu quiser, é escolha e conquista minha!
Que faz parte da minha identidade, em que identidade significa quem sou, Quem sou? Eu decido, problema meu e não seu!
Não me aceite, não preciso disso, mas me respeite, porque independente da minha identidade, sou humana!
Cadê sua humanidade?Está numa caixa?Abra!
"Ser um verdadeiro CRISTÃO é mesmo na Realeza ter identidade de Cristo: Mente de príncipe, porém com coração de servo."
─By Coelhinha
Saber-se negra é viver a experiência de ter sido massacrada em sua identidade, confundida em suas expectativas, submetida a exigências, compelida a expectativas alienadas.
Homens que perderam a sua identidade.
Vivemos em um tempo em que os homens perderam a sua identidade, perderam a postura de homem. São cheios de traumas emocionais presos por correntes de emoções, traumatizados, não conseguem avançar e ficam paralisados com medo dos seus traumas.
Homens fracos, homens medíocres, homens que não são mais dominadores, mas que são dominados por toda espécie de vício: fisiológico, psíquico e emocionai.
São homens que se entregam aos deleites e as emoções maléficas deste mundo que só tem a oferecer-lhes migalhas ao invés de palavras sólidas.
Homens covardes, que não conseguem enfrentar uma batalha, homens afeminados. Homens! Onde estão os homens que vão morrer por seus ideais? Que vão morrer mas, vão deixar seus nomes escritos na galeria dos heróis da fé? Onde estão os homens dessa época? Homens! A terra clama por homens de caráter que não se entregam, que morrem, lutam vencem e não são dominados.
Já foi lançada uma palavra onde o homem seria o dominador sobre todas as coisas na terra e hoje, infelizmente, o que vemos são homens dominados e escravizados, presos sem conseguir avançar e chegar na terra que mana leite e mel. A terra da conquista, a terra dos seus sonhos, famílias abandonadas, traumatizadas porque os homens dessa época não conseguem se colocar no seu lugar que é de dominador, provedor e conquistador.
Onde estão os Pedros, os Paulos, os Tiagos? Onde estão John Wesley, Martinho Lutero, John bunyan? Onde estão aqueles que morrem para que outros possam viver? Onde estão os que entregam seus corpos para serem queimados em favor de outras vidas? homens!
Onde estão os homens que eu não consigo vê-los.?
O Samba significa a identidade
Somos parte dessa arte que expressa infinita possibilidade
De manifestações que compõe a história
Da nossa história, dentro da história
Da formação de papel transformador na sociedade
Do protagonismo que dá tal liberdade.
Dedicamos ao samba essa homenagem
Pra que não seja esquecida nossa gratidão
Pois foi nos tambores que encontramos razão
Viva o samba hoje e sempre, batucado!