História
Não pare, até que esteja orgulhoso de você, não desiste até que sua história motive, quem não tem esperança.
Nós somos parte um da história do outro, não seríamos os mesmos sem tudo que vivemos junto a outros.
Cada pessoa carrega sua história. O amor mal encarado, a confiança quebrada, um sonho destruído, uma estória por contar, uma ferida por curar, desafios por superar, lágrimas por limpar, promessas por cumprir, culpa por assumir, etc. E tudo é resultado do funcionamento do nosso processo mental. Furucuto 2022
MULHER É UM QUILOMBO!
A igualdade está na lida, fazemos parte da diversidade feminina. A história universo mulher nos ensina, temos lutas. Resistências, cumplicidades, violências, mortes, medos, anuências e convergências, coletivos contrapondo com vigor, forças, resiliência, poesia amor, beleza e competência. Nossas narrativas revolução! Nossa consciência é raiz ancestral, natureza com independência, objetivando emancipação humana, para existência. Toda mulher, traz na sua essência a representatividade, elas são a potência.
No balanço das maré me vi ariado e sem direção, nessa história de amor me vi engando e sem coração.
"-Minha história podem até ter sido escritas em vão mais são escritas com emoção e de todo o meu coração."
O passado não se julga pois é o que já passou-se
Passado vira história que gera um novo Ser
A plantar uma semente
No futuro bons frutos colher
O presente é o agora
Você deve decidir
pois ontem virou passado
O futuro construir
Conhecia a história de Lampião, contada pelo o meu a vô,
Lampião, foi cruel no sertão, muita gente ele matou,
se vingou dos fazendeiros, roubou Joias e dinheiro, matou coronel e doutor,
na cidade de Itiúba, Lampião tentou mais não entrou,
a cidade é protegida, dos dois lados tem serras, até parece uma avenida, tem uma entrada e uma saída até parece trincheira de guerra,
Lampião jurou, Itiúba abelha dourada eu não tenho medo de ferrão, por isso me chamo Lampião, nas minhas andanças, um dia você dança,
pode acreditar que vou voltar para me vigar, doto ouro que você tiver eu vou levar.
a vida passa pelo tempo
que carrega nossas malas,
e enterra nossa história!
e as marcas pelo caminho
foram nada,
além de nossas pernas,
agora consagradas vida que não tem retorno!
Uma Breve História Sobre Ana –
Naquela manhã chuvosa e fria, de uma quarta-feira de novembro, Ana, para não se atrasar, decidiu sair um pouco mais cedo, devido às condições meteorológicas.
Assim, precisou cumprir suas tarefas em menos tempo que o habitual.
Então, enquanto caminhava até o ponto de ônibus mais próximo, que ficava a cerca de duzentos metros de sua casa, percebeu, já próximo ao local, que havia esquecido a trava de segurança do botijão de gás aberta.
Meticulosa, às pressas, precisou voltar até sua casa para arrumar o descuido.
Ao chegar em frente à porta, enquanto enfiava a mão esquerda na bolsa à procura das chaves, ouviu, ao fundo, alguém chamando-a pelo nome.
— Dona Ana, bom dia!
Demorei um pouco, por conta desse mau tempo, mas cheguei para consertar aquele vazamento no banheiro.
— Bom dia!
Mas eu solicitei o trabalho de vocês há três dias, meu Senhor.
E alguém havia me dito que viriam naquele mesmo dia que, por sinal, foi este domingo agora e, portanto, eu estava o dia inteiro em casa.
Mas agora?!
Eu estou de saída, preciso trabalhar.
— Mas a gente avisou segunda-feira à tarde pelo número que a senhora entrou em contato,
que viríamos hoje, neste horário.
— Nossa!
Foi o número do meu filho e, provavelmente, ele esqueceu de avisar-me ou não viu a mensagem.
Bom, mas acontece que, neste momento, eu não posso estar em casa, estou indo trabalhar.
— Mas, senhora, como eu vou voltar metade da cidade sem ter feito meu
trabalho? — eu perderei meu dia.
— Então, o senhor quer que eu perca meu dia de trabalho para não perder o seu, é isso?
Desculpa, mas eu não posso sair para trabalhar e deixar uma pessoa que eu não conheço na minha casa.
E já estou me atrasando.
Mais dez minutos e eu perderei o ônibus que me levará a tempo até meu trabalho.
Sem esse, terei de pegar um outro que me atrasará, pelo menos, trinta minutos.
— Entendo, dona Ana.
Mas eu estou há menos de quinze dias nesse emprego, e se eu voltar sem ter feito o serviço, serei, certamente, despedido ao final do mês ou antes mesmo. E eu não posso ficar, outra vez, desempregado.
Pois moro de aluguel e tenho uma esposa e três filhos para sustentar, Senhora.
— Quanto tempo o senhor acha que levará para terminar o serviço?
— Bom, pelo o que a senhora nos passou, acho que não mais que quarenta minutos.
— Quarenta minutos é muito, meu senhor!
E olha lá meu ônibus indo... droga!
Pronto, agora o outro passa em dez minutos e eu não posso perder esse.
— A senhora não tem uma pessoa: um vizinho, um conhecido que possa ficar aqui enquanto eu faço o serviço?
— Neste horário não, meu senhor. — todos estão trabalhando.
Eu moro com meu filho, mas, neste momento, ele está viajando.
Olha, desculpa, meu senhor, se eu esperar mais, perderei o segundo ônibus que passa em menos de dez minutos.
E o terceiro só em quarenta e cinco minutos.
E como sei que o seu local de trabalho fica de um lado da cidade e o meu do outro, o senhor não poderá me dar uma carona.
Portanto, eu preciso ir.
Sinto muito!
Enquanto ela abria a porta e entrava em casa para baixar a trava do botijão e voltar, o quanto antes, até o ponto de ônibus para tentar alcançar o segundo, foi até a janela da sala para fechar as cortinas, quando avistou o senhor em passos lentos, desolado, voltando até seu veículo de trabalho.
E enquanto pensava em si mesma e seu filho, lembrava do conforto que, de certa forma, ainda tinha, mas que parecia faltar àquele homem e sua família.
Então, aos gritos, chamou-o, pedindo que fizesse o seu trabalho, enquanto servia-lhe uma xícara de café com torradas.
Enquanto ela sentava no sofá da sala e pegava seu celular para comunicar ao chefe sua ausência naquele dia, o telejornal local noticiava que, devido às fortes chuvas daquela madrugada, o congestionamento na via que dava acesso ao seu local de trabalho, ultrapassava os setenta quilômetros de lentidão.
E, assim, ela pôde entender que realmente havia feito a escolha certa.
Então, descansou os pés sobre uma almofada cinza, e a mente e o coração em um livro de poesia, ouvindo ao fundo, entre uma martelada e outra, Seu Régis assobiar sua canção favorita.
Dentro do contexto da história bíblica das irmãs, faz-se necessário que sejamos mais MARTA do que Maria em nossa vida, se não quisermos deixar de lado o que realmente é relevante em nossa existência ser vivenciado.
Encerrar uma história, um amor, é extremamente difícil. Deixar sentimentos, momentos, tudo o que se viveu junto de uma outra pessoa, independente do tempo em que se está junto, é terrível. Mas histórias acabam, chegam ao fim. Relacionamentos, pelos mais variados motivos, chegam a um ponto onde não é possível continuar. Seja por traição, falta de afeto, desrespeito ou, em alguns casos, por que simplesmente acabam. Por que o encanto, a paixão, a chama, se acabam.
E por mais que doa, essa dor passa.
Agora, deixar de viver um amor, ao meu ver, parece ser muito mais doloroso. Dar adeus a tudo que se viveu com alguém me parece, mesmo que difícil, mais fácil do que não poder se entregar a alguém totalmente, não poder saciar anseios e desejos, nem desfrutar do amor plenamente. Por mais que não se tenha garantias, que não se saiba se vai ser algo rápido ou longo, encontrar uma pessoa a qual desejamos nós entregar, amar, tirar sorrisos e suspiros, mas não poder viver esses desejos é desolador. Ainda mais quando tudo é recíproco. Isso se torna muito pior.
As espectativas de uma forte paixão que não pode ser vivida geram dores, maiores do que àquelas geradas por despedidas.
Cada Vida uma História, cada Vida um Universo. Vivemos em um mundo com vários mundos no seu interior.
A seca é um tanto voraz
quem passa tem cicatriz
quem parte deixa pra trás
história, sonho e raiz
nas voltas que o tempo faz
voltar ao nordeste é capaz
de eu ser novamente feliz.