Éramos donos do tempo
Sempre escurecia
Para brincarmos de Pique esconde
Breves folhas secas,
maduras, quase a cair —
Caminho do templo
verter poesia
é, em certa medida,
uma forma de terapia.
Céu azul invernal —
Pra cerejeira despida
também chega a idade
Na branca Izushi
Toris sangram a neve —
Marcas no caminho
A Chuva termina
e a tarde também tem fim —
Flores cintilam
Chego ao templo
pro retiro de verão —
Amigos reunidos
Manhã de neblina —
Ah, o cheiro de palha úmida
paira pela casa
Lanternas acesas
brilham no Bon odori —
Parentes queridos
Vento frio sopra —
Ah, pão no forno compete
com o café fresco
Frente fria chega —
Roupas ainda molhadas
secam no varal
Os ventos do inverno
chegam por baixo da porta —
Esquento o café
Sois circos virtuais!
Vós, nos picadeiros das:
Redes sociais.
- A quintessência:
Aonde fui me meter?
Fito o éter...
Felicidade —
nem sempre plenitude.
Às vezes, ilusão.
pintassilgo!
o céu pinta consigo
a cor da manhã.
Noite de silêncio
uma moça na janela
contempla a neblina
tarde de outono
o cãozinho esparrama
folhas na varanda
a chuva sobe
a neve caí
mas continua o frio
a tempestade
junto com as nuvens
cobre a luz do Sol