mais um dia
de chuva e solidão
perdido estou
Calor vai chegando —
vestido de ventos leves
Até parece meia estação,
Corpo andarilho —
nos becos da cidade que pulsa
Traços de Verão,
Silêncio na estação
Sobre o trem que parte
A chuva de outono.
Tão pequenininhos
Vidas sendo inauguradas
E Deus dá o chão...
Benditos os que dão
Alma àsua vida
e Vida aos seus sonhos.
Um rio calmo
Folhas caem na margem
Deixo-as passar.
Entre pétalas
Se dissolve ali o tempo
Breve eternidade
“” No escuro do céu
A sombra da noite
Se veste de véu...””
O entardecer
no auge em alto mar
a enveredar
Sopra o vento
beijando o Ipê
perto de você
Pétalas de flor
todas de Ipê-branco
para o amor
O teu mistério
de Ipê-amarelo
meu Universo
É Orabutã
florindo em ti aqui
sempre que sorri
Linda poesia
és Ibirapitanga
da minha vida
É Pau-Rosado
por aqui lindo em flor
com toda a cor
Ave poema
Sabiá-Laranjeira
és brasileira
Faz os teus bailes,
todos Caporales
_minha folia.
Dançando Tinku
tu insuperável
meu amor total
Solto no Salay
você não volta não,
Vaivém, vem e vai...