Habito da Leitura
"Faça o que ele manda, ouça o que ele diz, confie nele. Não o entregue tão facilmente mas coloque-o em tudo o que você faz! Deixe-o bater forte, mantenha quem você ama perto dele. Seja ele mole ou feito de pedra, cuide bem dele! Ele é a coisa mais importante que você possui!
Ame seu coração
Pessoas como você
Procuramos a cada dia encontrar pessoas que sejam compatíveis com os nossos anseios. É próprio do ser humano desejar conhecer quem possua as mesmas ideias ou tanto em comum, embora a diversidade, muitas vezes, enriqueça culturalmente.
Na jornada da vida caminhamos por sinuosas estradas que nos fazem conhecer pessoas com prazer de viver e as que infundem tristeza. Aquelas repletas de carinho ou carentes. Obstinadas, autênticas, amigas, amantes. Porém, ainda que muitas cruzem nosso trajeto, não nos privam do afã de encontrar pessoas como você. Essa extraordinária mulher que consegue reunir tantos adjetivos sem pedir licença. És linda, audaz, inteligente, amiga, carinhosa; apenas como sumário de uma tese enciclopédica cujo fim desconheço. Fonte inesgotável de magia, encanto e mistério! São incontáveis as fantásticas sensações de encontrar pessoas como você! Incrível, mas consegues resumir todas em apenas dez letras: f-e-l-i-c-i-d-a-d-e!
Agradeço a Deus por conhecer a cada dia um pouco mais a seu respeito. Pessoas como você deveriam existir na vida de todos! Aliás, obrigatório no currículo escolar desde a alfabetização: conhecer pessoas geniais! Complexo, não? Talvez porque sejam como diamantes, minerais preciosos difíceis de encontrar cujo brilho inigualável nos remete a um oásis ou, ainda, quem sabe, sejam como pérolas, protegidas pela concha fascinante da vida. É você! Um carinho, uma força, imagem da perseverança. É você! Um louco desejo de deixar fluir o amor existente dentro de si permeando a vida daqueles que a cercam de êxtase infindo. Sim, assim é você! Uma pessoa que merece todo o respeito e admiração que o Universo pode oferecer. Linda mulher cujas palavras pronunciadas mais parecem notas harmonizadas de uma doce melodia, suave, daquelas que fazem suspirar. Delicada dama que faz até mesmo o sol invejar-se com a luz que você irradia. Pintura-mor dos sentimentos mais louváveis. É você, pessoa encantadora e encantada que faz feliz a mim e todos que estão ao seu redor, simplesmente por ser um sonho!
OS PECADOS MORTAIS
I
SOBERBA
Soberba, orgulho, vaidade,
(chamam-lhe alguns presunção)
é cheia de magestade,
vazia de coração.
Soberba tem grande pança,
cara carrancuda e torta,
Soberba, cheia de chança,
de si apenas se importa.
II
AVAREZA
Avareza tudo quer,
se tem muito mais quer ter;
Com a vista arregalada,
Avareza não vê nada;
Põe-se a ouvir, a escutar,
e só ouve blasfemar;
Arrecada noite e dia
e acha sempre a arca vazia.
III
LUXÚRIA
Luxúria desvergonhada,
em impudica atitude,
maneira a língua acerada
a difamar a Virtude.
Com rastejada paciência,
e o seu fito principal
é cativar a inocência,
conduzi-la para o mal.
Luxúria, filha infecunda
da Mentira e do Pecado,
saboreia a nódoa imunda,
ama o chão enlameado.
Pelas vielas impuras
a Luxúria se conduz,
mas sempre a horas escuras,
sempre a escapar-se da luz.
IV
IRA
Ira é atolada,
tem um focinho ferino,
grita por tudo e por nada,
fala sem jeito e sem tino.
O senso dela é um vime,
a sua agulha um punhal
afiado para o crime;
tem cadastro criminal.
V
GULA
Gula come, come, come,
mas por vício, não por fome;
de mastigar não descansa,
nem que tenha cheia a pança;
quando trata de entornar,
então bebe até tombar;
a mastigar e beber
é que ela sabe viver;
os seus dentes são os malhos
e as digestões seus trabalhos;
de seus feitos alardeia
se se senta à mesa alheia;
para comer do que gosta,
sempre a comer vence a aposta;
da Gula (cano de esgoto)
é a palavra o arroto.
VI
INVEJA
A Inveja é maldizente,
a todos chama canalha;
sua língua impenitente
é verdadeira navalha;
como nasceu torta e feia,
tem rancor à Formosura,
mas toda se pavoneia
e sobrepô-la procura;
até o próprio Talento
ela despreza e odeia,
porque todo o seu tormento
é não achar uma ideia.
VII
PREGUIÇA
Doença gera indolência
e a indolência a doença;
são da mesma parecença
e são a mesma na essência.
A preguiça não se lava,
na porcaria vegeta;
como o tempo a envergonhava,
espatifou a ampulheta;
é a viscosa minhoca,
que se arrasta e mal caminha,
para meter-se na toca
ou no papo da galinha.
Um dia, diz-lhe alma forte:
- «Preguiça, qual o teu mal?»
e ela, trágica e fatal,
responde-lhe: - «pouca sorte».
Nenhum organismo vivo pode continuar existindo por muito tempo, com sanidade, em condições de realidade absoluta; algumas pessoas acham que até as cotovias e os insetos sonham.
Ode ao Gato
Bichos polêmicos sem o querer, porque sábios, mas inquietantes, talvez por isso. Nada é mais incômodo que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece. O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência. O gato não satisfaz as necessidades doentias do amor. Só as saudáveis. Lembrei, então, de dizer, dos gatos, o que a observação de alguns anos me deu. Quem sabe, talvez,ocorra o milagre de iluminar um coração a eles fechado? Quem sabe, entendendo-os melhor, estabelece-se um grau de compreensão, uma possibilidade de luz e vida onde há ódio e temor? Quem sabe São Francisco de Assis não está por trás do Mago Merlin, soprando-me o artigo?
Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança a valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula. Gato não. Ele só aceita uma relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de arrogante, egoísta, safado, espertalhão ou falso. "Falso", porque não aceita a nossa falsidade com ele e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser.
O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio, é espelho. O gato é zen. O gato é Tao. Ele conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer. Exigente com quem ama, mas só depois de muito certificar-se. Não pede amor, mas se lhe dá, então ele exige. Sim, o gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito. Discretamente, porém sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano mas se comporta como um lorde inglês.Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado.
É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.
O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós). Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluidos, ele se afasta. Nada diz, não reclama. Afasta-se. Quem não o sabe "ler" pensa que "ele não está ali". Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir. O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluidos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério. O gato é um monge portátil à disposição de quem o saiba perceber.
Monge, sim, refinado, silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado. O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as coisas. O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precise de promoção ou explicação, quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato!
Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo.
O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual ama e preserva como a um templo.
Lição de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones. Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências. O gato é uma chance de interiorização e sabedoria posta pelo mistério à disposição do homem.
Por que alguém nos deve fazer felizes?
Se não nos fizermos felizes, ninguém mais no mundo poderá fazê-lo.
O que as más linguás falam de mim não me importa, me caluniam, me tacam pedras, inventam coisas a meu respeito na tentativa de me derrubar... Enquanto essas pessoas infelizes fazem isso, a vida delas vai cada vez mais pra trás, e a minha cada vez mais pra frente
Ninguém melhor que o psicopata para convencer os desequilibrados de que tudo está sob equilíbrio, ainda que todos estejam ao chão.
Essa sintonia que de tão legítima cura, é certa e mágica. É, só você mesma pra saber a sintonia certa dessa paixão pra dar aquela sintonizada nesse meu coração. Você entende sempre o que digo e fez o meu avesso parecer bonito. Esse meu queixo vive no chão por você. Esse amor é muito mimado, isso sim. Ele sabe que você sempre vem querendo mais. Ele sabe que eu sempre venho querendo mais. E quando o amor é bem amado ele sabe recompensar. E a gente sempre é recompensado por fazer do amor o que ele sempre quis ser, vivido intensamente e sentido pra valer. Você é a minha sensação mais vivida intensamente. Você é o meu amor mais sentido pra valer.
Jota Cê
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Eu aceitaria até o inferno por você, mas não por sua solidão e sim por não suportar ficar sem ter você por perto.
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