Habito da Leitura

Quanta injustiça e quanta maldade não fazemos por hábito!

Quando o amante está distante, mais quente se faz o desejo; / o hábito deixa o amado fastidioso.

A vida é o último hábito que se deve perder, porque foi o primeiro que se tomou.

As cadeias do hábito são, em geral, pouco sólidas para serem sentidas, até que se tornem fortes demais para serem partidas.

O hábito é uma segunda natureza que anula a primeira.

O hábito cria a aparência de lei; o progresso não tem inimigo maior que o hábito.

A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê demais e usa o cérebro de menos adquire a preguiça de pensar.

A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede.

A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados.

A leitura engrandece a alma.

A leitura traz ao homem plenitude; o discurso, segurança; e a escrita, precisão.

A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde.

Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro.

A leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo.

Qual Ioga, qual nada! A melhor ginástica respiratória que existe é a leitura, em voz alta, dos Lusíadas.

Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento.

A maior parte do tempo de um escritor é passado na leitura, para depois escrever. Uma pessoa revira metade de uma biblioteca para fazer um só livro.

[Leitura]
Se é proibido escrever nos monumentos, também deveria haver uma lei que proibisse escrever sobre Shakespeare e Camões.

São necessários anos de leitura atenta e inteligente para se apreciar a prosa e a poesia que fizeram a glória das nossas civilizações. A cultura não se improvisa.

Leitura, antes de mais nada, é estímulo, é exemplo.