Grito de Protesto
Alheios ao Vento
Se encha de revolta
Um grito contido
Sinta a leveza
De um sonho florido
Enlouqueça de vez
Solte a razão
Descubra que lucidez
É pura ilusão
Contradição viva
Em cada compasso
Sinta a leveza
De um breve regresso
A vida em nós pulsa
Em ondas que vão
A calmaria busca
Na próxima estação
Dialética humana
Um eterno dançar
Entre a dor que emana
E o novo encontrar
O Silêncio da Noite e o Grito do Universo
A escuridão que cobre o céu noturno nunca me pareceu banal. Sempre vi nela um sinal, um código cósmico a ser decifrado. O paradoxo de Olbers, formulado há séculos, perguntava: se existem infinitas estrelas, por que a noite não é uma explosão de luz? A resposta, que parecia escapar aos antigos, hoje grita diante de nós: a noite é escura porque o universo é jovem, finito e está em expansão.
A luz de muitas estrelas ainda não chegou até nós. Estamos cercados por bilhões de sóis, mas a distância e o tempo nos separam de suas histórias. A radiação cósmica de fundo — o eco do nascimento do cosmos — ainda reverbera, lembrando-nos que houve um início, e que estamos em movimento.
O universo se expande como nossos sonhos: sempre além, sempre além...
Que sinfonia é essa?
Ó voz que não cala
Palavras distorcidas
Grito no silêncio
Desapego
Por quê ainda
não acontece?
Teimosia...
Desalento...
Vai deixe eu passar
Não me arraste
para esse saltério.
O tempo passa
Não vês que não
quero essa Relíquia
Fúria
Hoje sou vento de tempestade,
um grito sufocado na escuridão.
O sangue ferve em minha carne,
feito lava queimada no chão.
Trago no peito um nó impossível,
um peso que o tempo não leva.
Mágoa afunda como âncora fria,
e a raiva, feroz, me envenena.
Queria rasgar o silêncio com fogo,
destruir as mentiras e a dor,
mas só me resta o gosto amargo
do que se quebrou sem remorso, sem cor.
O passado grita em ecos distantes,
um nome que já não posso tocar.
A saudade me afoga sem trégua,
me mata sem me deixar sangrar.
E no fim, sou só cinzas e vento,
um vulto perdido na escuridão.
Com ódio, com raiva, com tudo,
mas sem ter de volta meu coração.
No meu eu, há um encontro de almas, de sorrisos e de amores.
No meu eu, repousa um grito de alegria embrulhado num restinho de amor.
No meu eu de muitas moradas, ensaio o desvendar das faces dispostas no espelho.
No meu eu, as vezes trago interrogações, exclamações e reticências, jamais um ponto final.
No meu eu, jazem todas as dúvidas e algumas poucas descobertas.
No meu eu, repousam os sonhos quase impossíveis.
O sorriso gigante esconde um grito calado pela força das circunstâncias. Embora as palavras não possam ser pronunciadas, o amor e a esperança estrelados no peito anunciam dias melhores.
Valnia Véras
MÃE
Em três letras cabe o mundo
Um leque de sorrisos
Um olhar de amor
Um grito de alerta
Uma lágrima de dor...
Mãe
Mãezinha
Mainha
Mamy
Mão que a todos sustenta e conduz...
Mãe amor
Mãe devoção
Mãe saudade
Mãe coração
batendo fora do peito.
É festejo e oração.
IGACI
nos teus seios amada terra
as tuas águas e tua história
fazem de mim um brado forte
um grito amigo pela paz
um cidadão ativo e perspicaz
os teus caminhos e fortes
as tuas emblemáticas lutas
as tuas luzes de vitória
fazem de mim um vencedor
rico em humildade e memória
tuas estradas mostram um povo
uma gente sofredora
um coletivo de valor
trazem a tona um grande homem
João de Lima Acioli um português sonhador
sonhou uma Igaci para todos
trouxe o pouco para que o muito viesse
deu de si o suor
deixou em campo suas armas
partiu deixando sua gente muito melhor amparada
Situada no agreste
Uma boa terra alagoana
Filha do Nordeste
e cheia de gente bacana
Com suas poucas milhas
Sampaio, Torres e Santos Silva
São algumas das famílias
Que aqui iniciaram a vida
Vila e distrito ficaram na memória
tornou-se Igaci uma cidade majestosa
tendo em 1957 uma nova história
Sua emancipação como um brado de vitória
Seu nome é de origem indígena
Significa olho D'água
era seu nome anterior
Quando à vila foi elevada
As primeiras famílias que apareceram
Formaram o centro urbano
Logo chegou a linha férrea
Ajudando o ser humano
Quem mora em Igaci
Tem o gentílico Igaciense
Os primeiros daqui
Eram gente valente
Sua bandeira tem um brasão
Tem o amarelo dos minerais
Traz o verde da vegetação
E outras cores com belas histórias por trás
em Igaci temos outro nome que não podemos esquecer
o do grandioso Padre Luís Farias Torres
que nos ajudou até morrer
deixou um grande legado que hoje todos podem ver
Uma terra de garra e fé
Tem como padroeira Nossa Senhora da Saúde
tem ainda bons artistas
e estradas cheias de açude
A Serra do Cruzeiro e o rio Jacuípe
A festa da padroeira e a emancipação
São as grandes emoções
Que o nosso povo vive
Sua população
É de quase 26 mil
Igaci, virtuosa
pedaço desse imenso Brasil
§§§em edição§§§§
Democracia é o eco do grito coletivo de um povo, ressoando em cada decisão justa que molda o destino de uma nação próspera.
Quando se educa com grito e não diálogo
o máximo que o educador consegue mediar
é a construção da heteronomia,
pois o educando se condiciona a obedecer.
E a saudade também é uma forma de se despedir aos poucos do que se ama, o grito vai diminuindo até que um dia resta apenas o buraco com ecos quase silenciosos.
Tem silêncio que grita mais alto do que qualquer discussão. E é nesse grito mudo que a gente se encontra ou se perde.
Meu Grande e Único Amor
Eu não te amo em silêncio,
te amo com grito, com alma, com pele,
com a urgência de quem espera
uma vida inteira por um toque teu.
És meu começo, meu meio, meu fim.
Não existe outro, nunca existiu.
Desde que te vi, o mundo mudou de cor,
e tudo em mim passou a ser… teu.
És meu desejo mais sincero,
minha saudade preferida,
a razão dos meus olhos brilharem
e do meu coração bater em poesia.
Sei que amores vêm e vão,
mas o teu... o teu ficou.
Cravou-se em mim feito chama,
e incendiou tudo o que sou.
Não quero metade, não quero talvez.
Quero teu corpo colado no meu,
tua alma dançando na minha,
teu nome sendo o único que faz sentido.
Te declaro agora, sem medo algum:
És meu grande e único amor,
meu tudo, meu para sempre,
meu destino e meu lar.