Grito
Eu grito como se eles fossem me ouvir. Mas mesmo sabendo que eles não estão me escutando, eu continuo gritando, na esperança, de um dia, eles me notarem ali, no meio da multidão... (De Fã para ídolo)
O meu silêncio é o significado do que me inspira, no entanto o meu barulho é o grito da minha alma, acordando o coração...
O seu encanto me encanta!
O beijo me lava a alma e os labios.
Grito dentro de mim,pra todo ser escultar.
Quebro-me e refaço-me seguidas vezes,e o final transcede-me sempre ao mesmo inicio.
Sei que não sou tão forte,mas a força que tenho é forte o bastante para suportar.
Minha tristeza é feroz e o meu escudo pequeno.
Sou de mim,sei de mim e de mim desconheço.
Eu me nego,me entrego e logo esqueço.
Sou arvore,galho e tempestade.
Medo,desespero e coragem.
Eu não vejo,me vejo e te vejo.
Precisamos fazer com que muitas pessoas oução o grito do nosso silêncio, pois muitas das vezes ele se torna ensurdecedor.
Viagem ao centro de mim mesmo
O desbravar de minha dor lancinante
grito agudo e profundo
intempestiva derrota
lágrima que voa e a mim regressa novamente
loucura, simpática loucura
coberta de cores de primavera
ó como estou só – que solidão errante
nesse desconforto de me resumir
alheio a filosofias, ao céu, ao mundo – a tudo.
Você ficou em minha alma feito uma tempestade que nunca sé acalma, o teu nome é um grito prezo na minha garganta e aminha felicidade consistem em seu nome sem você não há felicidade para mim !!!
Sufoca-me a tua falta, um vazio que invade a alma...
Em silêncio grito teu nome, no intuito que o vento faça chegar até você a meu pensamento. Perturbada, calo e espero como se fosse possível ouvir o eco da tua voz.
Sem esperança ando, buscando encontrar em alguém o que um dia encontrei em você. E por fim percebe que sempre esteve aqui. AMOR.
Homem burro
Quando o grito nas bolsas falarem de outros valores
Pararmos de machucar nossos rios com tantos venenos
Deixarmos de falar e praticar ecologia apenas na política
Teremos um mundo vivo, um mundo melhor.
Quantos pássaros queriam voar como antes
Pois muitas espécies já nem existem mais...
Será que teremos que guardar ar puro em museus?
Quantas espécies de animais ficaram despercebidas
Sem que a gente percebesse?
Quantas culturas trocadas pela evolução?
Ficamos iludidos com a modernidade
E agora já não há como voltar atrás.
Já não mais existem tradições
Onde está a família, que foi extinta,
Pela ganancia da ilusória independência singular?
O homem quando deseja liberdade, pensa em si próprio
Não sabendo que a maior das liberdades é vivermos em comunhão.
Há dias em que o meu silêncio é eco mais alto
Do grito que a minha alma pode dar
É o meu tempo de reestruturação...
Nesse momento respiro fundo
Não penso...
Desligo-me temporamente
Fico ali, olhar fixo
Olhando para dentro
Do espaço cinzento...
O fulgor já me é passado
A felicidade?
Está em algum lugar onde haja sol.
Com um certo amargor na boca
Vejo que o tempo passou rápido demais.
Restaram-me as lembranças
Um instantâneo para meus dias nublados
Fotografias tão presentes na minha memória
É nesse momento que reescrevo minha história
As imagens vão chegando
De algo ou de alguém que ascendeu as minhas cores
E uma espécie de centelha
Rasga-me o cinza melancólico
Numa paisagem simples
Que me ultrapassa a alma em cores bucólicas
Então ouço o eco do meu silêncio...
Ainda há tempo!
O céu nunca tem as mesmas cores
E as nuvens jamais permanecem num mesmo lugar.
O silêncio é o grito da alma
É quando as palavras se calam
E o mistério cria falas...
Na brisa mansa da madrugada
Na indolência da dormência da noite
Na ternura das folhas do outono
Que jazem esquecidas no chão
Quando se ouve o som
Da árvore que bota no campo
Quando se ouve o balé sem som
Das estrelas riscando o céu
Quando se pode ouvir a magia
Dos brotos dando vida aos seus sonhos
Enfim...
O silêncio é a linguagem perfeita
O idioma falado
Somente pela alma dos poetas.
O grito da floresta
A revoada de pássaros se vê ao longe
Quando a moto-serra rasga o silêncio
A vida
Árvores e ninhos caem
Sangrando
O rei da selva já não é mais o dono
Do silêncio
A alegria dos macacos
Pulando de árvore em árvore
Agora é desespero, fuga
Pais, mães e filhos fogem sem rumo
Olhos assustados
Deixando seus lares destruídos para traz
Enquanto em seus escritórios
Homens contabilizam seus lucros
A natureza contabiliza seus órfãos
Seus mortos
A nação surda
Não escuta o que a floresta grita
Estão surdos em seus palanques
Fazendo tratados que não saem do papel
Promessas que escoam
No primeiro ralo
A natureza já sinaliza
Sua revolta, sua fúria
Com a força do mar, do sol e do vento
Mas os homens estão cegos
A ganância é maior que a razão
Então restará comer dinheiro
Morrermos coberto por ele
Abraçados num animal virtual
Ou com um robô
Tendo um fundo musical gravado em CD
De um lindo canto
De pássaro