Gotas
Ventos que discorrem
Nesta floresta homizia
Onde irruptem gotas
Frias, fugazes, mortais
Dilapidadas pela dor
Excruciadas pelo amor
Deste plissado coração
Pelas entranhas adentro
Onde reside o pensamento
No oblivio da razão
Desmembrada pelo passado
Assassinada por dentro
Na serendipidade da vida..
somos instantes
Somos barcos feitos de vento
balançando nas ondas do mar
somos gotas que caem do céu
molhando suavemente o eterno
somos instantes banhados de luz
pairando na memória do tempo...
Um dia fui alguém
certo dia também
muitas gotas correram e eu mudei
grandes frases se passaram, e eu voei.
Mais um amor que se vai…
Como gotas de orvalhos todas as manhas,
ele se foi mais uma vez, deixando pra trás lembranças…
Mais um amor que se vai…
Como o verão na adolescência,
ele se foi mais uma vez, deixando pra trás lembranças…
Mais um amor que se vai…
Me deixando assim, sem jeito para viver,
ele se foi mais uma vez…
Com sua licença deixa eu arrumar tudo mais uma vez.
Enfim mais um amor que vem…
Sejamos mar
Ao invés de navegar por
entre gotas de
espinhos !
Muitas vezes só precisamos
alimentar a nossa alma com
um pouco de carinho .
Os dias nem sempre vem
vestidos de vento e
nem de brisa .
As vezes a paz ausenta e
o que pulsa no momento ...
É a dor da ferida !
Inda bem que o dia
sempre renasce .
As nuvens se desfazem
apagando o que parece
que não finda !
Inda bem que Deus nos olha
lá de cima e
nos abençoa com sua paz
que em noss'Alma
sempre será
muito bem vinda !
VENDEDOR DE CHUVA
Comprem! Comprem! Comprem...
Comprem enquanto ainda a tempo!
Comprem gotas d’águas
eu vendo chuvas molhadas
com partículas de vida para viver.
eu? Eu vendo vida pra você.
Comprem! comprem!
Comprem gotas d’águas
junte-as forme enxurradas
nascentes de rios, ribeirão
e encha de vida
esse seu meigo coração.
Comprem... Comprem chuvas!
Molhem as sementes pra nascer
e o verde para assim crescer
o amor para brotar e florescer
e a flor, para amar você.
Comprem! Comprem!
Compre chuva com esplendor
para assim expor aos olhos
o amor que Deus criou.
Antonio Montes
Sonhos
são como gotas de orvalho,
em cada amanhecer
precisam estar presentes
para que a vida
seja um eterno recomeço
mel
Sorria mesmo que seja em conta gotas.
Não são as gotas do orvalho que revigoram as rosas?
mel ((*_*))
PALAVRAS
As palavras ,
antes de serem escritas,
são lertas...
gotas d'água
numa torneira mal fechada
procurando um veio
chamado verso...
mel - ((*_*))
Minhas orações vão até as nuvens e caem como gotas... nunca foram ouvidas por Deus.
Mesmo assim na esperança continuemos, de joelhos falando com nos mesmos.
Talvez um dia por bondade Ele nos ouç...
A esperança nunca morre dentro de mim, mas ela me mata aos poucos...
No que eu me tornei ?
E esse vazio que ousa me preencher e embaçar meus olhos.
Hoje minha alma é só mais um dejeto de um servo impuro.
Quando a Tua paz vira nos visitar ?
Quando nós não nos sentiremos mais aflitos ?
E quando vai nos ouvir ?
Mas eu vou sorrir quando amanhecer, pra mostrar a alegria da esperança que me sufoca cada dia mais.
E então... chove outra vez.
Cai a noite
Esfria o vento
absorve o claro,
surge o escuro
e o oportuno sereno
em que gotas geladas
mudam a paisagem,
que se escondem no horizonte
caindo na madrugada
numa beleza inocente
escancarando seus astros
no noturno brilhante,
reluzente na gestosa
criação infinita
da beleza da noite...
Foi ontem a noite
Bastaram algumas gotas de álcool.
Ele me disse "eu te amo"
E eu disse "eu também" "eu te amo"
Nós plantamos
E estamos regando todos os dias
Na maioria da vezes com coisas boas
Esta florescendo.
E te ver dormindo ao meu lado
A cada dia é um presente mais gratificante
Você, garoto, consegue fazer meu coração sorrir.
(Vestida em Flores)
Paralisada no brilho
deste teu olhar,
gotas de orvalho contemplo...
E na magia do arco-íris
que chega em mim em sonhos dourados,
como pingos do céu...
Desce sobre mim em chuva fina,
me faz sentir menina,
vestida em flores, com perfume de alfazema!...
***
Vem chuva!
Se a chuva bem soubesse
não faltava uma estação
ela dava a quem merece
as gotas do seu coração
mas as vezes ela esquece
e quando o sol aparece
aumenta a seca no sertão.
Gotas de inspiração
Abro minhas mãos para o mundo
Ofertando um feixe de luz.
As gotas da última chuva,
Incidindo sobre as palmas
Destas mãos em oferta,
Descerram pequenino arco-íris
Que, num arco sobre o mundo
Colore as paletas dos artistas.
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
O cerne e o rosto
Velho rosto
Vetusto cerne;
Há em ambos
Linhas do tempo.
Na vida vegetativa
O tempo sulca a inconsciência;
Na vida humana
Sulca o tempo a consciência.
Em cada face
As linhas contam anos:
No cerne resplandece a Terra;
No rosto resplandece Deus!
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
Revelação
Quis um dia palpar nuvens
Represar lágrimas do céu
Prender raios de sol;
As nuvens se desfizeram
As lágrimas o chão secou
Os raios a noite levou.
Quis um dia cantar a liberdade
Ensaiar o bailado dos pássaros
Voar o voo do condor;
A liberdade bailou com os pássaros
O condor voou com as nuvens.
Quis um dia sonhar com Deus;
Acordei e vi somente o homem,
Mas, vendo apenas o homem,
Vi também a mão de Deus!
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
ESTRADAS
Sou viajante peregrino
Em terra de todos
E de ninguém;
Viandante do pó
Andarilho da esperança
Caminheiro das estradas
Buscando...
Ao acalento do sol
Ao frescor das chuvas
Ao canto da natureza
Caminho entre hinos da vida.
Romeiro dos templos humanos
Contemplo maravilhas
E misérias,
Na confusa amálgama
Dos pensamentos.
As estradas as conquisto
Com minhas pegadas ocres.
Deixo em cada curva
Pedaços de histórias:
Planto cruzes
Colho dúvidas
Recolho restos
Junto fragmentos.
Sou viajante peregrino
Apoiado no bastão
De minha vivência.
Andante solitário,
Buscando...
DELIRANDO
Sílaba por sílaba
E letra por letra
Teu nome murmuro.
São gotas de mel
Adocicando a alma...
Murmuro e suspiro!...
Isento do mundo,
Regando a espera,
Refém dos desejos,
Tecendo poemas,
Imerso em anseios,
Sonhando, deliro!...