Gente Doida
Loucos e poetas, vivem num mundo diferente, tudo é visto e entendido de ponta-cabeça, na contra-mão.
Rezo e peço perdão pelos meus sonhos loucos
Que não escutem meus devaneios,
Nem saibam dos meus segredos
Imploro misericórdia, clemencia...
Oro pra não ser julgada, condenada,
Por esconder em mim uma paixão
Desvairada, sem medidas, alucinada.
Me ajoelho e ergo os olhos aos céus
Pedindo cura para esse amor doente.
Tudo em mim tem um quê de loucura, uma dose de insensatez. Os loucos tem pedaços de mim, e eu, partes deles!
"Em tempos loucos, salva-se quem faz do silêncio uma catedral cujas rosáceas são o estudo e a solidão".
Não se enganem com as verdades recebidas dos sábios, pois são os loucos que nos fazem refletir de verdade
Não tenho medo dos loucos e agitados, mas temo os silenciosos contidos, pois destes surgem verdadeiros atos de fúria e desespero
Triste mundo este, onde os seres humanos estão a ficar cada vez mais loucos, por causa de uma pandemia de intolerância e de ódio.
Prefiro ficar ao lado daqueles considerados loucos sem padrão, do que caminhar de mãos dadas com a hipocrisia e falsidade.
Minha loucura mais sã
No grunhir dos meus pensamentos mais loucos
Vem a essência para a sabedoria
Com perguntas sem respostas
Traz conceitos que ainda não via
Nas minhas mais loucas loucuras
Eu consigo ter a percepção
Que na loucura fico lúcida
E que sã não tenho a mesma visão
De enxergar por outro ângulo
Me mostrando vários caminhos
Que enxergo nos meus momentos
Que rebato em meus conflitos
Conflitar mostra a lição
De que nem um lado só é certo
Que existe outra possibilidade
Então é melhor analisar de perto
Só assim enxergo lados
Que sem enlouquecer não entenderia
Que é melhor escolher o lado certo
Para melhor enxergar a vida.
A grandeza dos esquisitos, loucos e estranhos é que eles são os únicos a não ter medo das coisas que todos os que são considerados ''comum'', costumam ter medo
"Os loucos que te atraem pela loucura,
São os mesmos que lhe tiram da amargura,
Eu sou um desses, pois quando precisar, você me procura,
Derrepentemente posso até ser a sua cura.''
EXTREMOS
O barulho, o som
Sussurros de loucos
O silêncio absoluto
Para ouvidos moucos
A opressão do clarão
Pela lente externa
Supressão da visão
A escuridão eterna
Para o manjar insosso
O paladar exigente
Para o gosto sem rosto
Sabor sempre ausente
Nos pequenos frascos
O aroma importado
O cheiro amordaçado
Jamais inalado
Um aperto de mão
O abraço negado
O afagar consciente
Nunca experimentado
Sentidos no extremo
Opção e carência
De um lado exigência
Do outro a ausência
Somos loucos por vivermos em um país,
onde a realidade não existe
e a ilusão satisfaz o espírito. (Do livro: Vícios e Ideais)
AS MÁSCARAS DOS LOUCOS
Só os loucos esquecem suas máscaras
Quando vão sair.
Só os loucos!
Porque há muito se despiram delas,
preferindo enlouquecer em paz.
Despindo-se das máscaras do tédio,
Das pessoas “normais”;
As máscaras do “riso” que têm que representar.
Só os loucos ignoram tais máscaras...
Porque é melhor sentir a brisa na epiderme das faces
E olhar frente a frente no seu espelho...
“Espelho mágico”, espelho insano!
Onde o “outro” se pode verdadeiramente enxergar,
Reconhecer a fragilidade da essência que habita-lhe o corpo;
Mas tocá-la com o olhar, o que há de mais belo, sem disfarçar.
Só os loucos esquecem suas máscaras...
Bem no começo da estrada...
E nos ventos, em vez de poeira... as máscaras dos louc...
Junho de 2013
