Gente Doida
É que loucos como eu só descobrem as coisas quando elas batem forte na sua cara, é quando ela esfrega no seu rosto o valor que tem, é quando você sente emoção em ver ou fazer, é quando a emoção vem aos olhos ao ouvir uma simples música.
Da euforia a inquietude, tudo se resume...
A calma dos serenos, a lógica dos loucos
Os certinhos, os errados, o gosto delicioso da adrenalina
A beleza do diferente, aquilo que não é santo, que é humano
A completa ausência do medo, o gosto singular do imoral
Tudo que vem e não vai, que foi e que não mais voltará
Os perigos da noite, a segurança do dia...
O fio da navalha, viver no limite de tudo!!
Dizemos que o Estado Islâmico, os nazistas, os comunistas, etc, são loucos. O que garante que nós não somos?
Só os invejosos e incapazes chamam os gênios de loucos, porque se chamá-los de brilhantes, terão a certeza de quanto insignificantes são.
Eu nunca soube o que falar, nesse mundo de lucidez, onde a loucura quase não habita, loucos pensam que a vida é perfeita e não ligam para cédulas, o mundo precisa de loucos, e não de pessoas que não sabem governar.
A loucura pode até ser um princípio de liberdade, mas isso não significa que os loucos sejam livres.
Os diferentes, os marginais e os loucos não nascem em arvores, são em sua maioria , filhos esquecidos e órfãos dos governos doentes, regimes hipócritas e das cativas sociedades.
Às vezes é preciso queimar as pontes para que os loucos não te alcacem, mas cuidado para não queimar aquelas que te ligam a quem realmente gosta de ti.
Deus abençoe aos loucos, delinquentes, carentes, pervertidos, queridos e as safadinhas com cara de santa!!
( _____)
Gostas de ler poesia?
Jabberwocky, uma quadrilha?
Entre loucos, uma menina
Num país de maravilhas
Papel e um tanto de tinta
Aquecem uma noite fria
Enchem a taça vazia
Pra solidão, há companhia
Uma igreja é minha vizinha
O pastor canta, prega, grita
Demônios que ele exorciza
É nisso que o povo acredita
(Deus é surdo: gritaria
Invadiu o que escrevia)
Musa que os versos inspira
Não te desapontes ainda
Teu nome com tudo combina
Jóia preciosa? Safira
Sou aquele metido a artista
Mas que não tem medo, arrisca
Que apostaria suas fichas
Quer outra pedra? Ametista
Rubro, fogo que ilumina
Perfeito, Perfeccionista
Vinho pra taça vazia
Chama a esquentar noites frias
Se estas distraída, uma dica
Na Sílaba, a vogal é a rima
Que é a espinha dorsal: poesia
Estás em todas as linhas
O verso abre uma caixinha( _____)
Um nome que não é “Maria”, (é _____)
Ajudo em te chamar de amiga? ( _____)
És tu quem terminas( _____)( _____)
Para funcionar: tem q ser ruiva, ter lido Alice, e o seu nome tem de ser algo como /aía/ Maria, Larissa, Camila, Lavínia, Regina, Letícia, etc. E também tem de prestar atenção na conjugação verbal...
“Você” rima com todas as linhas: Patrícia, Marina ou Melissa.
“O mundo é dos loucos, pois se não houvesse loucura como haveria ousadia? Se não houvesse ousadia como haveria inovação? Por meio disso, sem inovação como haverá graça na vida?”
Há uma lucidez nos loucos que me intriga
A realidade dele é nossa surrealidade
ou será que a nossa realidade é a surrealidade deles?
Há uma lucidez nos loucos que me intriga
Quando dizem
há uma convicção em todo o seu ser
muitos são contra
mas só corajosos contradizem
Há uma lucidez nos loucos que me intriga
A fala liberta, o corpo liberto, a moral liberta
Tudo bem
nós também somos livres!(?)
Há uma lucidez nos loucos que me intriga
Estrofes confusas numa vertente convicta
palavras jogadas, embaralhadas
Mas
como no emaranhado da fala
ouvimos tanta verdade?
A causa?
Fuga, medo, raiva...
podem procurar a origem do sentimento
mas a origem de tudo, somos nós mesmos
Há uma lucidez nos loucos que me intriga.