Fria
A astúcia com uma pitada de sabedoria, no momento de aflição, é como um copo de água fria em um dia de calor.
ADVERSAMENTE
lua crescente
noite longa e fria
adormeço em leito
macio e quente
envolta em manto
de cetim...
antes
tu adormeces
ao relento
manto bordado
de orvalho e vento
turva o teu carmim...
amanheces
do teu sono
com um perfume
todo teu
e tu
rosa de outono
tu me pareces
mais radiante
do que eu.
Recordação
Na madrugada fria
Triste e vazia
Releio nossas conversas
Relembro suas palavras
Busco uma esperança
Em cada lembrança
Levo no coração
Momentos de paixão
Hoje uma recordação!
Como um barco à deriva, na imensidão do mar, ou em uma floresta escura e fria, assim me movo, não sei se estou certo, mas continuo cantando os Salmos, com esperança em um amanhã melhor.
Até na noite mais fria estarei ao seu lado
Até no medo mais forte estarei aqui com vc
Até quando o mundo virar as costas para você eu estarei bem aqui ao seu lado
sua presença é como um abraço caloroso no meio da chuva fria. Seus olhos são como o arco-íris do céu e suas palavras são como poesia escrita nas estrelas.
Seu coração gentil e bondoso é o que me faz querer ser uma pessoa melhor cada vez que vejo você
Serenata
Repara na canção tardia
que timidamente se eleva,
num arrulho de noite fria.
O orvalho treme sobre a treva
e o sonho da noite procura
a voz que o vento abraça e leva.
Repara a canção tardia
que oferece a um mundo desfeito
sua flor de melancolia.
É tão triste, mas tão perfeito,
o movimento em que murmura,
como o do coração no peito.
Repara na canção tardia
que por sobre o teu nome, apenas,
desenha a sua melodia.
E nessas letras tão pequenas
o universo inteiro perdura.
E o tempo suspira na altura
por eternidades serenas.
Eu não sei ser fofa.. também não sou fria ..sou realista... Pé no chão, precavida... Aprendi a levantar, me reerguer, me transformar, aprendi que chorar não vale a pena, mas se preciso desabar eu desabo e limpo meu choro e recomeço denovo do zero...sorriso no rosto e cabeça erguida ..ninguém precisa saber da minha dor, das minhas fraquezas e das minhas falhas... Sou eu por mim mesma.. a minha força vem de dentro.. sou fênix renascendo das cinzas... Sou lua nova, sou primavera...forte, viril, vitoriosa... Aprendi a não sofrer com os tombos..aprendi a recomeçar quando preciso..
Vikings
Era uma manhã fria e nebulosa na aldeia viking das Neves. O sol ainda estava escondido por trás das montanhas, mas Viking Branco, um guerreiro corajoso e destemido, estava pronto para mais um dia de aventuras. Ele era conhecido por sua força e coragem, bem como por sua armadura reluzente e espada afiada.
Por outro lado, Viking Soneca era o oposto de Viking Branco. Ele era um viking tranquilo, que preferia a calma da aldeia à melhoria das batalhas. Soneca era baixo, com cabelos escuros e olhos negros, mas o que mais o distinguia era sua habilidade de adormecer em qualquer lugar e a qualquer momento. Os outros vikings costumavam brincar que ele podia cochilar até mesmo em pleno campo de batalha.
Naquele dia, uma aldeia estava sob ameaça de invasão por um bando de guerreiros inimigos. Viking Branco estava ansioso por uma batalha e, com sua espada em punho, liderou a defesa da aldeia com coragem. Ele ergueu sua espada, defendendo sua terra natal com ferocidade e determinação. No entanto, os inimigos eram numerosos e a batalha estava ficando cada vez mais intensa.
Viking Soneca, por outro lado, estava tendo dificuldade em manter os olhos abertos. Ele se sentou em uma rocha, bocejando, enquanto a batalha rugia ao seu redor. Mas de repente, ele teve uma ideia. Com uma expressão sonora, ele pegou um tambor e começou a tocar um ritmo hipnotizante.
O som do tambor ecoou pela aldeia e, surpreendentemente, teve um efeito mágico. Os inimigos, confusos e atordoados pelo som, começaram a desacelerar e, eventualmente, caíram no sono profundo. A magia do tambor de Viking Soneca havia salvado o dia.
Viking Branco, visto com a astúcia do seu amigo, olhou para ele com admiração. Juntos, eles defenderam a aldeia de uma maneira que ninguém poderia ter imaginado. A aldeia inteira comemorou a vitória, e Viking Branco finalmente reconheceu o valor de Viking Soneca, não apenas como um guerreiro corajoso, mas como um viking inteligente e criativo.
A partir desse dia, Viking Branco e Viking Soneca se tornaram uma equipe imbatível. Viking Branco protegia a aldeia com sua coragem e força, enquanto Viking Soneca, com seu tambor mágico, estava sempre pronto para salvar o dia de uma forma inesperada. Juntos, eles provaram que a força e a inteligência podem trabalhar em perfeita harmonia, e que a amizade é o maior tesouro de todos.
E assim, os vikings das neves viveram em paz e prosperidade, graças à coragem de Viking Branco e à astúcia de Viking Soneca, provando que heróis vêm em todas as formas e tamanhos.
É noite, fria escuridão em meu peito
À frente livros em pilha nada dizem
Em suas páginas palavras não há, são como telas
Telas brancas aonde desenho o sorriso quente de seus olhos
Perdendo-me dolorosamente na contemplação
As horas voam madrugada adentro e continuo amortecido
Ouço no fundo, débil, a voz da consciência
Ela protesta, impõe; mas, diante da minha impassibilidade, capitula
O sol desponta e nem assim sinto aquecer-me
Diria a obrigação: - outra madrugada perdida
Diz meu coração: - feliz estou, pois, ainda que em pensamento, de novo a tive do meu lado
O telefone, mudo, insiste em não tocar
Por mais que o mire, por mais que deseje, nega-me o direito de poder lhe falar
Tua lembrança, como uma febre, me acompanha em tudo que faço
A cada minuto, junto à batida do coração, sinto sua presença
Uma dor sólida trespassa todo meu ser
Sinto-a correndo nas veias, como se de mim fosse parte
As vezes chego a invocá-la, como um mantra
Receoso de que, sem ela, o sangue congele e a vida pare
Saudades, suspiro, são tantas que não consigo quantificar
Saudades de você, inteira e completa
De onde vem essa necessidade premente? Este reflexo meu que em ti vejo?
Não sei, não posso e não quero explicar
Só preciso sentir, isto me basta.
No limiar do quase, ecoa a melodia,
Promessas se dissipam, como a brisa fria.
Infelizmente, o não se impôs à canção,
Mas no lamento breve, há resilição.
Tudo bem, entre o quase e o não vivido,
Um coração aprende, mesmo ferido.
Na dança do talvez, um passo à frente,
Caminha a esperança, mesmo que ausente.
Não brinque com o coração de uma pessoa fria, o degelo dos sentimentos pode fazê-lo voltar a pulsar
Ela desembaraçou suas madeixas cor de cobre, ela se percebeu fogo em meio a fria multidão. Sobressaiu por suas cores intensas, qualidades raras e seus fios em chamas que deslizam por entre os dedos das mãos.
ABUNDANTE
Pensas tu, caro ledor, que os bardos
Vivem na sofrência, com a alma fria
Criando carência, fingindo a poesia
E tendo nos mistérios os seus fardos
Não creias que sejam tão solidários
Suspiros, agonia, os faz companhia
Traz prosa e a sensação, então, cria
Deixando coar da alma seus diários
Talvez encontre a dor com o amor
Nos versos daquele poeta pendente
Então, sinta e terás o olhar do autor
Eu, um pecante na dor e indigente
Na paixão... Sentimento a compor
Vivo abundante, que sonha, sente!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29/11/2021, 21’22” – Araguari, MG
Era uma madrugada fria quando senti o calor de sua boca em meu pescoço...
Quando o arrepio foi tão intenso que senti na alma, te olhei nos olhos negros e te disse que te amava, nós dois sabíamos que estávamos perto do fim mas não queríamos admitir.
"Acordo cedo.
Assumo outro eu.
Cansada, vamos lá;
Jogar água fria no sonho que
estava me queimando ontem
à noite.
Que eu botei fogo com vinho."