Fria
O sono não vem madrugada fria eu aqui nessa cama vazia...
Difícil ficar calma e esperar,o sono não veem... pensamentos voam...
Se perde no tempo no espaço só encontra o cansaço...
A natureza e som dela segue o pulsar do coração, num ritmo admirável...
Nessa noite fria no meu quarto vazio fazendo poesia... A pensamentos vão além...
Que saudade eu sinto dos sonhos distintos...
O cantar da natureza já desperta com certeza... O raiar do dia nessa cama vazia...
Licia Madeira
O que fazer?
Para onde ir?
Como agir ?
Os dias são lentos
A estação fria
O Lugar cinza e sem cor !
Me pergunto onde eu perdi você
Me pergunto o por que perdi você
Me pergunto como farei sem você!
Eu não aprendi a viver sem você
Eu aprendi a viver sem você
Eu não aprendi a te esquecer
Eu aprendi a esquece-lo
Nos dias acinzentados eu não aprendi a te esquecer
Nas minhas perguntas eu aprendi a te esquecer
Na Primavera eu não aprendi a te esquecer
Em todos os dias eu o amarei sem esquecer !
-Nayara Rosa
Olhando a lua
Numa madrugada fria
Você diz nada sentir
Oh! Quanto desamor
Deixei de lado a razão
Deixo cair no esquecimento
Lavo meu corpo com águas límpidas
Fica nítido as cicatrizes
Dor já não existe
Tempo amigo, não me deixe
O sol já vai raiar
Em um quarto que tampouco vivi,
Contornado pela brisa fria das sensações,
Caminho de um lado para o outro com a compenetrada alma
Esperando um novo piscar dos olhos.
Enquanto vejo o balançar vagaroso das cortinas,
Cultivo as letras que eclodem dos pensamentos
Em um desfile próprio de sonhos,
E, no extenso lençol do céu,
Seguindo a graciosa linha que vai a algum lugar
Em busca do pote de simplicidade no final das cores,
Quieto, como um campo vasto de flores,
Caminho um passo atrás do outro
Perplexo com o trecho e flutuante com o estar
Abraçando o sentir, caminho,
Quanto de horizonte há?
Pedras
Uma é pouco
Mil não basta
Droga fria
Depressiva
Que só arrasta
Cadeia
Clínica
Baque no coração
Caminho sem volta
Cemitério
Caixão.
Guerra
Doentia, fria,
calculista e egoísta,
passa por cima, arruína,
espera, mas nunca encerra,
vem por terra, mar, céu,
sempre retorna mais cruel,
causa imensa dor,
faz desacreditar o amor
Temperatura cai, madrugada fria
Espera pelo dia, como quem espera a vida
Se encolhe no quanto do quarto pra se esconder
Mas fugir como se a guerra é dentro de você?
Teme a escuridão e o silêncio fala alto
Te deixando no chão, tomando sua fé de assalto
Não vê a hora da luz entrar pela janela
Quando o sol nasce e a verdade se revela
CAFÉ COM POESIA
Numa manhã fria
Cinzenta, imensa e vazia
Um bom café com poesia
Pode salvar o seu dia !
DESAGUANDO
Você vê minha calmaria
Nem eu conheço minhas águas profundas
Ora quente, ora fria
Também deságuo
Também inundo
O porto é mais seguro
Caso tema naufragar
Mas que graça teria?!
Gostoso mesmo é navegar
Minhas ondas ninguém domina
Certo é se afogar
Lance fora as bagagens
Se permita flutuar
Após conhecer o Oceano
Terra firme enjoará.
Acho que preciso viver esse momento, fria, sem tanta empatia, viver o outro lado da moeda, saber como é, meus dons estão em mim ainda, no mundo espiritual sou uma enfermeira, curo as dores, e no momento, curo as minhas, muito devagar....muito, sinto falta da minha extrema positividade, eu acho a mais linda versão de mim, e a mais frágil...mas sinto falta, talvez eu consiga recuperar, ou não... tqlvez só essa minha versão fosse capaz de aprender o que é amor, tenho tanto orgulho dela....curar tanto o corpo quanto a mente, nossa é fantástico, estou afastada de mim nessa versão, mas bora lá, serácomo tiver que ser, e eu não paro, nao sou capaz, nem quero ser.
À Altura —
Gente fria me assusta, me desestimula,
me põe pra baixo.
Meus dedos querem dedos
e pele quentes.
Meus olhos querem olhos
admirados, devotos, sonhadores.
Meu coração, meu íntimo,
meu sentimento anseia,
implora por algo vivo, intenso,
desmedido — recíproco.
Nada menos.
Vai acabar logo (a gente
sabe),
vai acabar logo — não
há escapatória.
Então,
o que estamos fazendo,
afinal?
O que realmente importa?
Há um fluxo sanguíneo,
e neurônios, e sentimentos
vivos justificando vida.
E enquanto vivo, não suporto
gente fria demais, gente distante
demais, gente rasa (demais).
Toquem um cadáver!
Digo,
toquem um cadáver e entenderão
a necessidade de uma resposta
à altura do seu sentimento.
Uma longínqua,
noite de Natal
Certa noite serena, longa e fria
Velava firme, atento e vigilante!!
Oiço ao fundo da enfermaria
Um ruído, estranho
Desconcertante.
Fiquei apreensivo
Sem perceber…?
Os doentes dormiam
Tranquilamente.
Mas ,heis
Que junto Ao soalho
finalmente!
Estranha coisa se movia,
Num repente.
Pus-me a escutar
Bem, de perto
O rosto dos doentes
Um a um;
Verificando, finalmente;
Que decerto
O ruído, não provinha
De nenhum.
Esquisito ruído,
Qual trama?
Os doentes
Não me iriam
Fazer tal !?…
Olhei,
Para debaixo da cama
E desvendei A patranha
Afinal!…
Abanei o doente
brandamenete
Apontando;
Perguntei-lhe...
-"O que é isto"!?
Crispado ,Conivente.
Respondeu:
È para o chefe!...
São dois coelhos,
Boroas e chouriço! …
Ó seu patife …
Dê cá; já isso !!!
E puxei…Debruçando-me
De joelhos.
Pois que, fique Para o chefe
A broa e o chouriço
Exijo, para mim,
O cabaz;
Com os dois coelhos.
Desculpe! …
O Sr. Não tem razão…
E não me fale, por favor
nesse tom!
Porque tenho para Sr.
Salame,queijo e leitão
E um garrafão licor
Que é muito bom
Pareces ser bondoso
Tens voz amiga!...
Serás o Pai Nata l!? …
"Ó Que alegria"!..
Bebamos!
á tua saúde! ...
Desta Geropíga.
Que a noite,
já vai longa
E desperta o dia.
Valentim Casimiro
Meu coração
Manhã fria de inverno.
Vento forte a soprar
Não há o canto dos pássaros
Pra minha vida alegrar.
Um aroma firme de café.
O quarto gelado...
O espelho quebrado...
Com você foi embora minha fé.
Sórdido este presente em desarranjo.
Roupas espalhadas pelo chão.
O medo batendo à porta.
Dói com a dor mais doída do mundo meu coração.
Diante deste mundo sombrio...
Nuvens carregas no céu...
O sol que escondido está faz-me sentir um mais forte frio.
Quantas vezes o silêncio foi a opção de estar calado na caminhada da vida. Na estrada fria e sem rumo o medo expõe os sopros que nos da o sentimento de não viver mais.
As palavras sem sentidos e o momento sem futuro seguimos... sem parar.
Terá o momento qualquer , que o corpo desligará do espírito e ali finalizará uma história triste e dramática de um ser anônimo.
Noite fria e calor envolvente.
Voz tão linda que me deixa eloquente. Morena linda , branca e azul . Suas cores são tão magníficas que me deixam no deslumbre do céu azul. Busco em ti um futuro brilhante, aonde até o sujo se sente o mais limpo, a louca se sente mais sã e aventureiro embarcado no porto sem dor.
Nesta madrugada fria ,lembro -me de você,que apareceu em minha vida como o sol que nasce para iluminar o universo.
Contigo vieram as estrelas e a lua,que lá da imensidão dos céus brilhavam sobre a terra iluminando os meus passos cambaleantes.
O vento trazia consigo o aroma suave da primavera ,que se espalhava , e
e a atmosfera alegrava os pássaros e inebriava minha alma.
Mas o inverno chegou:o sol,as estrelas e a lua,que antes iluminavam,deixaram de iluminar,ocultando-se entre as nuvens levando você e deixando comigo somente as lembranças deleitáveis do passado.