Frases sobre literatura que demonstram o poder das histórias
Há basicamente, dois tipos de escritores: Os arrogantes e os geniais.
Os primeiros fazem o leitor sentir-se um ignorante. Os segundos, mais humano.
Como é raro encontrar quem abra mão da comodidade das releituras e que se arrisque criando estórias.
Não são as características físicas algo determinante para a criação do Sentido através do personagem literário e sim a profundidade a ele aplicada. O que torna uma ave perita no voo não é o seu tamanho, mas como ela utiliza as correntes de ar.
Aquele que ao terminar um Romance destaca unicamente os possíveis erros ortográficos da obra, lembra de certa forma um Capitão que ao regressar da viagem inaugural de seu barco, relata ao Mestre Carpinteiro que há falhas na pintura.
Qualquer narrativa literária onde figure o ser humano, exige de quem a escreva algum domínio sobre a arte da ambiguidade.
Não esqueçamos que o Mainstream Editorial costuma dar ênfase a produtos livrescos, mas fazendo-os passar por Literatura.
Ninguém exige que o Médico seja um excelente Poeta, ou de um Químico o desempenho de um Romancista. Mas, pasmem, ainda há os que defendem que o Escritor domine a sua Arte e de lambuja, sane todas as mazelas do mundo.
A Arte é um ancoradouro instável e de difícil acesso, já a Cultura é um porto seguro: provido de mapas, farol e rotas pré-estabelecidas.
Aquele a quem costuma-se chamar de “Artista” é na verdade alguém dado as aparências que tem por objetivo alcançar e manter certa relevância no Mercado Cultural. O Gênio Artístico ocupa-se da Arte e isto lhe basta.
Quem abre um livro, físico ou digital, na solidão do transporte público, ou em casa, e que não sabe o que é “cronotopo” é mais digno da Literatura do que os mercadores literários e escreventes de teses “copia/cola” acadêmicas.
Para alguém ser reconhecido como um artista, trata-se mais de participar ou não de confrarias, do que de Arte.
Então chega o dia em que um descobre que não será lido. Daí que, longe dos seus, do público e da crítica, ele assume a responsabilidade de fazer arte.
Acreditem, por debaixo de um texto, qualquer texto, há sempre uma vida.
Os textos são vestimentas que os escritores usam para encobrir a nudez do existir.
"Existem três tipos de tolos supremos. O velho que acha que o jovem não sabe nada. O jovem que acha que sabe tudo e o tolo com dinheiro que acha que é melhor que todos."